Capítulo 16

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Miranda: — Como a gente chegou cedo e ainda falta um tempinho até o sinal tocar, não vamos chegar atrasadas — digo, rindo.

Ashley: — Que bom, então vai dar tempo pra conversar um pouco — diz, surgindo ao nosso lado, com a Fernanda logo atrás.

Flâvia: — Não sabia que você também escutava a conversa dos outros, Ashley — fala, com um olhar divertido. — Vocês duas não têm nada melhor para fazer?

Ashley: — A gente só veio conversar, relaxa, priminha.

Fernanda: — Sim — me encara, com um olhar estranho. — Tá tudo bem, Miranda?

Sua pergunta me pega de surpresa, não é normal ela demonstrar interesse com os outros, muito menos comigo.

Flâvia: — Eu que pergunto, você tá bem, Fernanda?

Fernanda: — Por quê? — pergunta, olhando para ela.

Flâvia: — Pra perguntar se alguém está bem, você só pode tá passando muito mal — responde, rindo alto.

Fernanda: — Tão engraçada, tô morrendo de rir — diz, com sarcasmo e fulminando a Flâvia com o olhar.

Ashley: — Credo, priminha, você é sempre tão chata — suspira. — Por isso o Augusto prefere conversar comigo.

Fernanda: — Claro, imagina ficar mais de dois minutos com elas duas — murmura, nos olhando de forma desinteressada.

Ashley: — Seria um pesadelo de tão horrível — concorda, rindo junto com a Fernanda.

Flâvia: — O verdadeiro pesadelo é ter que escutar essa risada de hiena de vocês — responde, séria. Um clima tenso se forma e vejo Artur se aproximando.

Artur: — Oi... Miranda e Flâvia, certo? — diz ele, sorrindo para nós.

Flâvia: — Isso mesmo, oi Artur.

Miranda: — Oi — respondo, acenando.

Artur: — Ah... oi, Fernanda, oi Ashley — ele se vira para elas.

Ashley: — Você conhece elas?

Fernanda: — Com tanta gente legal para fazer amizade — revira os olhos.

Flâvia: — Como se vocês duas fossem um excelente exemplo para ser amigas de alguém.

Artur: — Tô percebendo que vocês não se dão tão bem — sorri sem graça.

Fernanda: — Vamos, Ashley — as duas se afastam.

Flâvia: — Foi interessante, né? —  ri.

Artur: — Foi —  ele ri também. — Desculpa se apareci num mal momento e aumentei essa confusão.

Miranda: — Não é culpa sua, isso acontece desde que a gente era pequena.

Artur: — Complicado — ele coça a cabeça. — Na verdade, eu também não me dou muito bem com elas, mas elas são minhas colegas, então temos que conviver.

(...)

Natália: — Tirem os cadernos das mochilas — pede a professora, colocando sua bolsa sobre a mesa. — Menino Smith.

Augusto: — Sim, professora? — responde, levantando.

Natália: — Pode, por favor, ler sobre o que falamos na aula anterior?

Augusto: — Claro — ele começa a ler.

Flâvia: — A professora, pedindo por favor? Estranho — sussura.

Vivendo além do MEDOOnde histórias criam vida. Descubra agora