Miranda: — Como a gente chegou cedo e ainda falta um tempinho até o sinal tocar, não vamos chegar atrasadas — digo, rindo.
Ashley: — Que bom, então vai dar tempo pra conversar um pouco — diz, surgindo ao nosso lado, com a Fernanda logo atrás.
Flâvia: — Não sabia que você também escutava a conversa dos outros, Ashley — fala, com um olhar divertido. — Vocês duas não têm nada melhor para fazer?
Ashley: — A gente só veio conversar, relaxa, priminha.
Fernanda: — Sim — me encara, com um olhar estranho. — Tá tudo bem, Miranda?
Sua pergunta me pega de surpresa, não é normal ela demonstrar interesse com os outros, muito menos comigo.
Flâvia: — Eu que pergunto, você tá bem, Fernanda?
Fernanda: — Por quê? — pergunta, olhando para ela.
Flâvia: — Pra perguntar se alguém está bem, você só pode tá passando muito mal — responde, rindo alto.
Fernanda: — Tão engraçada, tô morrendo de rir — diz, com sarcasmo e fulminando a Flâvia com o olhar.
Ashley: — Credo, priminha, você é sempre tão chata — suspira. — Por isso o Augusto prefere conversar comigo.
Fernanda: — Claro, imagina ficar mais de dois minutos com elas duas — murmura, nos olhando de forma desinteressada.
Ashley: — Seria um pesadelo de tão horrível — concorda, rindo junto com a Fernanda.
Flâvia: — O verdadeiro pesadelo é ter que escutar essa risada de hiena de vocês — responde, séria. Um clima tenso se forma e vejo Artur se aproximando.
Artur: — Oi... Miranda e Flâvia, certo? — diz ele, sorrindo para nós.
Flâvia: — Isso mesmo, oi Artur.
Miranda: — Oi — respondo, acenando.
Artur: — Ah... oi, Fernanda, oi Ashley — ele se vira para elas.
Ashley: — Você conhece elas?
Fernanda: — Com tanta gente legal para fazer amizade — revira os olhos.
Flâvia: — Como se vocês duas fossem um excelente exemplo para ser amigas de alguém.
Artur: — Tô percebendo que vocês não se dão tão bem — sorri sem graça.
Fernanda: — Vamos, Ashley — as duas se afastam.
Flâvia: — Foi interessante, né? — ri.
Artur: — Foi — ele ri também. — Desculpa se apareci num mal momento e aumentei essa confusão.
Miranda: — Não é culpa sua, isso acontece desde que a gente era pequena.
Artur: — Complicado — ele coça a cabeça. — Na verdade, eu também não me dou muito bem com elas, mas elas são minhas colegas, então temos que conviver.
(...)
Natália: — Tirem os cadernos das mochilas — pede a professora, colocando sua bolsa sobre a mesa. — Menino Smith.
Augusto: — Sim, professora? — responde, levantando.
Natália: — Pode, por favor, ler sobre o que falamos na aula anterior?
Augusto: — Claro — ele começa a ler.
Flâvia: — A professora, pedindo por favor? Estranho — sussura.
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Vivendo além do MEDO
Teen FictionUma garota bastante calma, isolada e controlada pela mãe, que enfrenta bullying devido ao abandono do pai, vê a sua vida mudar completamente quando um novo rapaz considerado problemático chega à escola trazendo muitas emoções, e mostrando que pode v...