LISSE ROSSI
Kaillan Conner.
26 anos, órfão aos 15, passagem na fundação para o bem estar do menor, aonde aumentou sua ficha criminal, evoluindo sua má conduta e indo direto para prisão. O homem não brincou por lá, manchando suas mãos com sangue e se tornando sujo.
Depois de alguns anos atrás das grades, foi apresentado para Chase, dono de um prédio que se parece mais com um armazém abandonado. Chase não foi bobo e fez com que o mesmo participasse de suas lutas clandestinas. Kaillan é o melhor dele e é quem o faz faturar.
Eu não gostei disso, não gostei de saber que tem um idiota conseguindo dinheiro em suas costas e não dividindo de forma justa. Eu não gosto de muita coisa sobre Chase e estarei indo direto para aquela coisa caindo aos pedaços hoje mesmo. Assim que fosse liberada do inferno que é Yeshiva, iria direto para o homem mais velho e estabeleceria minhas regras.
Ele não irá continuar traficando com as drogas de outra pessoa, não comigo por aqui.
Talvez hoje a sorte esteja ao meu lado, me fazendo ver novamente os olhos azuis quentes. Eu sei que ele esteve todos esses dias ocupado, aproveitando sua nova casa, mas espero que pense diferente e saia um pouco para se enturmar e treinar.
Dizer que tive apenas toda sua vida resumida nos papéis em cima da minha mesa, é uma grande mentira. Eu entrei naquela sua antiga casa nojenta, vasculhei tudo e por pouco não à queimei junto com os ratos. Aquilo não deveria nem mesmo ser chamada de casa, precisei de uma hora me esfregando debaixo do chuveiro, para que finalmente a sensação de ratos em minha pele, fosse embora junto com a espuma.
A atual é algo melhor. Simples, porém decente. Eu andei o vigiando e sei que o mesmo é meio que um homem das cavernas, solitário e isolado. Eu não vi mulheres indo até lá nesses dias e isso encheu meu peito, me deixando estranhamente animada.
Eu não gosto de competição e por mais que não volte para uma segunda rodada, não compartilho até estar satisfeita com a primeira. É assim que funciono, sou egoísta e não aceito dividir a boca que está em minha mira. Ela me pertence ou não serve nem mesmo para limpar as solas dos meus saltos altos.
Ver que o homem é comportado, me fez querer aprisiona-lo em minha casa para brincar um pouco mais com seu corpo.
Saindo dos meus devaneios, olho para o relógio em meu pulso fino. A paciência de aguardar para ser liberada, se esvai do meu corpo quando vejo que ainda faltam malditos 40 minutos.
Sem esperar por mais nem um segundo, me levanto juntando em seguida meus pertences. Alguns olhares me acompanham, enquanto caminho em direção a porta, eu não me importo, enviando logo depois um aceno educado para a professora gentil.
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Aprendendo a ser seu
RomanceA minha vida inteira foi um fingimento e você não estava muito diferente de mim. Achávamos que tudo era preto e branco, bem e mal, mocinhos e vilões, até nos encontrarmos. Sempre fomos o lado feio, o lado ruim, assustador e rejeitado, então por que...