Querer ser seu

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KAILLAN CONNER

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KAILLAN CONNER

Eu sinto seus olhos em mim e quando tiro a atenção do corpo do idiota em minha frente, não me surpreendo em encontrar a coisinha traiçoeira, no meio dos porcos e bêbados em plena manhã.

Meu corpo suado tensiona, pronto para ir em sua direção e jogá-la em meus ombros, para logo depois despejar meus descontentamentos em cima da mesma.

Essa loira maldita está dificultando minha vida, eu não sei como, mas a aquela mulher linda conseguiu intimidar quase todos os parceiro de Chase, donos de clubes também. Ela ordenou que ninguém me deixasse lutar, ela não estava mesmo brincando com aquela boca esperta.

Forço meus dentes para não gritar com a coisinha inconsequente. Eu estou puto pela mesma estar atrapalhando minha vida, mas esse não é motivo que me faz quase abandonar a luta, seu corpo perfeito em suas roupas apertas e provocativas no meio da multidão nojenta, sim.

Não estou preparado quando meu rosto vira brutalmente, com o golpe do meu adversário. Minha bochecha esquerda queima, me fazendo sentir o efeito do seu punho.

Merda, eu tinha me esquecido de como era levar um soco e aquela coisinha deliciosa, me distraiu ao ponto de me fazer lembrar.

A multidão grita, emocionados pelo acerto do homem negro. Eles gostaram de me ver apanhar, é algo inédito e estão mais do que felizes de presenciar.

Meu olhos procuram os seus, não ligando para meu adversário. Eu não sei o que a filha da puta está fazendo com minha cabeça, mas isso não é normal. Porra, com toda certeza não é normal.

Seus verdes frios me encaram curiosos, sua sobrancelha perfeita se arqueia, como se estivesse me perguntando se é isso que sou capaz. Sua mão pequena e habilidosa abre seu batom, aproximando de seus lábios tentadores e espalhando o vermelho, como se me ver lutar fosse tedioso.

Em seguida seus braços se cruzam esperando por algo meu, querendo algo meu. Meu peito se acelera com a percepção que loira quer o meu lado ruim, seus olhos me dizem isso. O verde frio me mostra que se eu não for sujo o suficiente, eu não sirvo mais para ter sua atenção.

O segundo soco me atinge mais forte desta vez, tirando sangue do meu nariz e me trazendo de volta para ringue e para o homem negro que me olha convencido.

As pessoas estão mais barulhentas, gritando meu nome e do meu adversário. Seus focos estão em nós, prestando atenção em cada movimento e piscar de olhos. Mas meu corpo sente um em específico, um par de verdes que sei que me encara avaliador.

Não espero pra ir em cima do homem barbudo, ele me socou duas vezes e com certeza ficarei com alguns hematomas, ele merece a merda dentro de mim. Esse maldito me socou, enquanto eu estava distraído com minha linda traiçoeira.

Acerto seu rosto sorridente e não espero para lhe direcionar o segundo soco, nem o terceiro que vem logo em seguida. Seu urro de dor, me tira uma risada espontânea, meu sangue ferve e meu punho procura ansioso sua pele, ansioso por mais dor e por mais emoção.

Aprendendo a ser seuOnde histórias criam vida. Descubra agora