Me transformando em um monstro

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LISSE ROSSI

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LISSE ROSSI

— Princesa da máfia é o caralho — solto, apertando o gatilho da minha arma encostada em sua cabeça.

O som do disparo faz meus pelos se arrepiarem, mostrando como aprecio essa emoção. O corpo do homem caído é uma cena engraçada aos meus olhos, me obrigando a mordiscar meu lábio inferior afim de evitar uma gargalhada alta.

Babaca, você não é tão grande assim quando está sendo ameaçado pela minha arma, não é? Como disse mesmo? Que gostaria de ter a honra em ter minha boca em volta do seu pau?

Olho para o cadáver, esperando que responda todas as perguntas sarcásticas que se passam pela minha cabeça.

Ele não vai.
Menos uma vida no mundo e mais uma em minha lista.

Chuto suas pernas moles sem nem um pingo de remorso, cuspindo em seu corpo morto em seguida.

— Leno — digo o nome de um dos meus companheiros — Mande a limpeza, não quero muita especulação — Olho em seus olhos pretos e me sinto amolecer um pouco.

Maldito cão de guarda, eu nunca vou admitir a você, mas chegou longe demais para o nosso bem.

Eu tenho muitas pessoas acompanhando cada passo meu, mas Leno, Leno é o meu braço direito, eu posso dizer que é meu melhor amigo. Não, meu único amigo, talvez seja até como um irmão. Sim, eu acho que é isso.

Crescemos juntos e enquanto eu aguentava a pressão de seguir com legado, sendo a herdeira da porra da máfia italiana, Leno sofria o peso de se tornar o melhor. Ele foi destinado a ser meu braço direito desde que me entendo por gente e não vou mentir dizendo que não odiei isso. Eu odiei saber que o idiota estava preso a mim como uma obrigação, odiei saber que ele estava cumprindo um juramento e não estava ali por mim, por me querer por perto de verdade.

Você era tão ingênua, Lisse. Agindo como se o mundo fosse uma maravilha, quando a podridão sempre esteve debaixo do seu nariz, fedendo a enxofre.

Me lembro como se fosse ontem das minhas mãos pequenas e desajeitadas segurando a faca em seu pescoço, o forçando a recuar e desistir dessa ideia maluca de ser meu protetor. Eu estava cansada de todos me rodearem e bajularem pelo meu sobrenome e ele, ele era o principal motivo da minha irritação.

11 ANOS ATRÁS

Eu sei que esse idiota está me seguindo de novo. Consigo sentir seus olhos em minhas costas, como se eu fosse desaparecer a qualquer momento e isso está me dando vontade de testar algumas das manobras que andei praticando.

Finjo fuxicar em meu celular enquanto caminho mais depressa, colocando o mesmo em meu ouvido em seguida, procurando aumentar o meu nível de persuasão, assim como mamãe me ensinou.

— Sim madre — começo, deixando as mentiras deslizarem fácil demais — Eu posso passar na biblioteca primeiro? — continuo — Será rápido, papa não me verá por lá.

Aprendendo a ser seuOnde histórias criam vida. Descubra agora