O que começou como uma festinha inofensiva tomou um rumo inesperado quando, após algumas doses de tequila, Emma teve um caso com uma gângster, o que resultou em uma gravidez indesejada e inesperada. Agora, Jenna decidiu que não apenas o bebê é dela...
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No ano passado eu fui pra uma festa com as minhas amigas, eu acabei ficando com carinha e perdi elas de vista.
Quando eu voltei pra casa Olyvia tava se pegando um carinha na sala, foi o mais perto de que eu cheguei de ver alguém transando.
Ah não ser agora. Já que tem uma ruiva pagando um boquete na mãe do meu filho.
Jenna está me encarando de olhos arregalados. A ruiva não tá nem aí pra mim, ela continua a todo vapor.
Ai gente, definitivamente não foi por isso eu pedi.
É meio-dia, a mina tá ganhando um boquete como refeição. Mas eu eu que sou a promíscua, vai entender.
Ela que fique no mundinho cor de rosa dela achando que vai ficar transando por aí enquanto eu faço greve.
Mantenho meus olhos fixos no casalzinho que está na minha frente mesmo que isso me cause enjoou
— Eu tentei impedir ela chefa, mas a mulher chegou como um furacão.
Sério que ela vai continuar como se eu não estivesse aqui? Bom eu não vou sair.
Para bem dos meus olhos ela manda ela parar, ela não parece nada satisfeita.
Assim que a garota sai da sala eu vou direto ao assunto.
— Manda seu motorista parar de me seguir.
— Como você entra assim sem bater?
— Ah me poupe, não tem nada aí que eu não tenha visto- bufo.
Na verdade vê-la sem roupa foi o que me meteu nessa enrascada...
— Ridícula. O Ander fica e ponto final. É pra segurança do meu filho.
— A que bonitinho, ela quer cuidar do filho. Me poupe, quer cuidar dele? Espera ele nascer.
— Deixa de ser infantil. O que você vai fazer de tão errado que o Ander não pode ver ?
— Será que você não enxerga? - pergunto incrédula- errado é você mandar alguém me seguir.
— Não é errado é por precaução, isso vai se espalhar em algum momento. É melhor previnir.
— Previnir? Garota de que porra você tá falando? Aí meu Deus, eu engravidei de uma insana. Não é possível.
— Custa deixar a porra do carro te seguir? Porque ele vai continuar te seguindo, você queira ou não.
— Eu posso muito bem denunciar.
— Claro, aí o Ander vai preso. Você vai ser o motivo de um homem que só tá fazendo o seu trabalho ser preso. E não vai dar em nada, porque logo depois vai ter outra pessoa na sua cola.
Muitas mães criam os filhos sem o pai, então por quê não socar essa imbecil até a morte?
É melhor ela não ficar perto de mim na escada, ou não vou conseguir me controlar.
— Qual o seu problema?
— O meu problema? Você que é uma maluca estranha.
— Ótimo. Claro que entre nós duas eu sou a maluca- ela concorda - volta pro seu boquete que eu vou embora.
— Você já acabou com o clima mesmo - ela resmunga.
Queria era ter acabado com a sua vida sua ordinária.
[...]
Eu só queria poder encher a cara. Mas como estou grávida, o que me resta é ver meus amigos beberem por mim.
Olyvia já está impossibilitada de formar uma frase coerente, a coitada bebeu tanto que tá dormido com cabeça encostada no ombro do Dean.
— Pelo menos ela é gostosa - Isabel tenta melhorar a situação- você pode ter uma boas recaídas durante a gravidez.
— Não, eu passo essa opção.
— O que? vai dizer que não acha ela uma gostosa? Se não achasse não teria dado pra ela - ela tem um ponto
— O que ela tem de gostosa tem de babaca.
— É por isso que ela é gostosa amiga. É algum tipo de equilíbrio do universo, se for muito gostosa vai ser muito babaca.
— Ei - Dean exclama - eu sou muito babaca ou não sou muito gostoso?
— Você é uma exceção- pisco pra ele - super gostoso e nada babaca.
— Obrigado Emma - ele sorri animado- é por isso que eu seria um padrasto incrível
— Acho que se você conhecesse a mãe do meu bebê não estaria tão animado para ser padrasto. A mulher é um horror - o garçom nos serve, para meus amigos mais tequila e para mim mais suco- tão arrogante e estúpida...
Sinceramente, fico me perguntando. Quais as chances dela ser uma boa mãe? Do meu ponto de vista as chances são baixas.
— Tenho consulta amanhã. Mandei uma mensagem avisando. Ela visualizou e nem respondeu, certeza que nem vai aparecer - forço um sorriso - mas tudo bem, eu posso fazer isso sozinha.
O interesse do Jenna em relação ao bebê é confuso. Ela quer ou não quer? Ela odeia? Ela curte a ideia? Sei que não foi algo planejado, mas não gosto da ideia do meu filho ser tratado como um negócio qualquer. O bebê não tem culpa.
— Você claramente pode- Dean segura minha mão - você pode tudo, porque é muito foda. Mas se quiser uma companhia no exame, sabe que pode contar comigo. Sei que a Oly tem estágio amanhã.
— Obrigado pelo apoio Dean. É muito importante pra mim. Já são três pessoas apoiado minha gravidez.
— Ei - Isabel interrompe a nossa conversa- não é que eu não apoie você. Só quero que tenha certeza do que quer, você tá se metendo em algo que não tem saída. E pelo que parece vai ter que fazer papel de pai e mãe.
— Talvez. Mas tenho apoio de pessoas que se importam comigo e com o bebê, e isso já é o começo.
— Ok- ela vira uma dose de tequila - sua vida, sua escolha.
Vai dar tudo certo. Sei que um bebê é uma grande responsabilidade. E óbvio que tudo seria mais fácil se eu tivesse o apoio do meu pai e da mãe do bebê, mas não tudo é do jeito que desejamos.
Amor não vai faltar pra essa criança, não dá minha parte, não dá parte da Aliyah, não dá parte da Olyvia e pelo que posso ver não dá parte do Dean.
Nem toda família é composta pelo laço sanguíneo. As vezes um amigo pode ser mais sua família do que seus pais ...
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