O que começou como uma festinha inofensiva tomou um rumo inesperado quando, após algumas doses de tequila, Emma teve um caso com uma gângster, o que resultou em uma gravidez indesejada e inesperada. Agora, Jenna decidiu que não apenas o bebê é dela...
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Emma acordou cedo hoje, vai almoçar na casa do pai.
Ela me convidou pra ir junto, eu não quero ir, mas claro que vou. Tenho certeza que o maldito do Myers chamou o babaca do Dean pra esse tal almoço.
Se ele gosta tanto do Dean porque não chupa logo o pau dele e deixa a Emma fora disso?
— Vou passar o resto do dia fora, Emma vai comigo. Pode tirar o dia de folga.
— Não voltam nem pro jantar?
— Não, Elizabeth.- viro as costas e saio da cozinha indo pra área externa onde a Emma já me espera no carro.
A barriga dela já está bem visível, da pra notar de longe que ela está grávida.
A cada centímetro que aquela barriga cresce eu fico mais perto de endoidar.
Emma tá usando um vestido bem justo que realça a barriga de 6 meses. Ela tá toda arrumada, maquiada, perfumada ... quanta produção só pra ver o pai ....
— Quero falar com você - ela vira o rosto pra mim.
— Lá vem, não gosto disso.
— Meu aniversário é em poucas semanas. Queria saber se posso comemorar na boate.
— Vai comemorar seu aniversário na boate?
— Se você me ceder o camarote.
— É todo seu, só me avisa pra eu deixar ele vazio. Mas você tá grávida, não vai poder beber e vai cansar logo. Vai passar a maior parte do tempo sentada.
— O que quer que eu faça ?
— Sei lá, é o seu aniversário. Que tal fazer algo que você vai aproveitar?
Ela me ignora e o resto do trajeto até a casa do pai dela é feito em silêncio. Não é um silêncio desconfortável, é só silêncio.
Assim que eu estaciono o carro nós começamos a andar na direção da grande porta marrom.
— Por favor, não implique com meu pai.
— Ele que implica comigo, amor.
— Já falei pra ele também não fazer isso.
Assim que chegamos a governanta abre a porta, entrego pra ela o vinho que a Emma me obrigou a trazer.
Somos direcionados a sala de estar e adivinhem só, o cara de rato tá aqui.
Nossa, eu odeio tanto o pai da Emma.
Ela abraça o pai e a ratazana em forma de cumprimento. Eu apenas aceno com a cabeça.
Me sento do lado da Emma e fico ouvindo o pai dela questionar ela sobre absolutamente tudo.
A governanta trás suco para a Emma e vinho para o restante de nós.
— Já escolherem os padrinhos? - o mais velho pergunta.
— Estamos trabalhando nisso, óbvio que a Olyvia já faz parte disso.- ela sorri. Emma parece gostar muito dessa tal Olyvia Maria. Ela parece gostar dois outros dois amigos idiotas também, mas da Olyvia ela gosta muito mais.
—Hmm.... E vai ser Anna Ortega mesmo ?
— Sim. Optamos por deixar só o sobrenome da Jenna.
— Ficou um nome bonito - o rato se intromete- ao mesmo tempo que é simples é refinado- Emma sorri animada com o comentário.
É tão bizarro pensar que a 6 meses atrás eu só queria transar com a garota dos olhos cor de mel que estava dançando e mesmo sem querer chamando atenção de todos na boate. E agora eu estou aqui, almoçando com o pai dela e falando sobre a minha filha.
Isso me faz pensar que talvez que a gente não tenha controle nenhum sobre a nossa vida.
— Ela já começou a chutar? - não sei se o senhor Myers está realmente interessado ou só quer fingir que está.
— Já. Mas ela é uma puxa saco, costuma a chutar quando recebe atenção da mãe dela.
Eu não sei o que tem demais nessa frase mas me causa uma sensação estranha. É bom saber que mesmo antes de nascer Anna e eu já temos um tipo de ligação.
— Uma pena- murmura o rato - queria senti-la chutar - ele sorri olhando pra barriga da Emma- deve ser uma sensação incrível.
Tem algo nele que em irrita de um jeito absurdo. Nele e naquela idiota da Isabel. Eu ainda sonho com o dia que a Emma vai se livrar desses dois imbecis.
Tive que ficar escutando o pai da Emma e o rato falarem da faculdade de direito até a hora do almoço.
Me sentei ao lado da Emma e me obriguei a almoçar e tomar vinho como se não odiasse duas pessoas dessa mesa.
Durante o almoço olhei confusa pra Emma quando ela pegou minha mão. Ela pôs a mão sobre a barriga dela e eu senti a Anna mexer, isso me tirou um sorriso.
Me chamem de egoísta se quiserem, mas eu amo saber que isso é algo só nosso, que a Anna só chuta para nós duas.
Depois do almoço a Emma decidiu que queria ficar mais um pouco.
— Se você quiser pode ir. Tenho certeza que o JL não tá muito longe, ele me leva pra casa depois.
E deixar você aqui com o seu pai que ter bancar o casamenteiro e com o cara de rato que te quer? Coitada.
— Não, eu fico com você - ela deixa um beijo na minha bochecha e se aproxima do pai dela.
Ela falou toda animada sobre a nossa filha e sobre o quarto dela. Emma vai ser uma mãe e tanto.
Saímos da casa do juiz por volta das 14:00. Emma insistiu que queria tomar sorvete, e que tinha que ser na praia.
Tive que dirigir até a praia e comprar sorvete para as meninas.
— Às vezes me assusta com o fato de que vou fazer 20 anos e já tenho uma filha. É tão louco, tudo aconteceu tão rápido.
— Fico feliz que tenha sido com você ....
— Como assim?
— A camisinha podia ter estourado com qualquer uma, ainda bem que estourou com você.
Imaginou se tivesse estourado com a outra garota que eu transei naquela noite...
— É, eu já me acostumei com você - ela diz- com o seu jeito bruto e com o seu trabalho sujo. Mesmo com as desvantagens, fico feliz em saber que minha filha vai ter uma boa mãe.
" ter uma boa mãe "
— Vou fazer o possível pra deixar ela bem. Na verdade não deixar vocês duas bem.
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