MICAEL:
Assim que chego na minha casa, saio do meu carro quando o deixo na garagem, vou até o porta malas, me abaixo e tiro a fita preta que coloquei para ninguém ver a minha placa.
Vou até a porta dos bancos de trás e pego o Bruno com cuidado, mas acabo batendo a cabeça dele na porta da garagem.
-- Porra! – Penso em subir com ele, mas o mesmo é bem pesado, então deixo ele na sala mesmo.
O rosto dele está bem ferido, aquele cara não teve nenhuma piedade com ele. Mas é um idiota também.
Subo correndo para o meu quarto, entro no mesmo e vou até o banheiro, pegando o kit de primeiro socorro e saio do quarto, descendo as escadas novamente e vejo a minha prima na frente do Bruno, alisando o seu rosto.
-- O que você está fazendo? – Pergunto bravo.
-- O que aconteceu com ele? – Me olha preocupada.
Jaqueline é a minha prima por parte de pai, eu e ela nunca nos damos bem. Ela é uma puta de carteirinha e se faz de santa na frente dos pais e do meu pai, esse que a mesma tem a cara de pau de ficar andando com tragues curtos.
Minha mãe já avisou a ela para parar com isso, mas não adianta muito. Graças a deus meu pai é um homem com H maiúsculo, como minha mãe diz, e nunca caiu na lábia dela.
Ele e minha mãe estão juntos a 20 anos, se conheceram desde criança, ele confia na minha mãe, tanto quanto minha mãe confia nele.
Essa bosta está aqui somente pelo meu tio foi viajar e a mulher dele deixou a menina e foi atrás do marido. A vaca ainda é de menor.
-- Não interessa. – Passo por ela e a afasto, foda- se se for bruto e acabar machucando a mesma.
Me ajoelho ao lado dele e pego o que iria usar no mesmo. Pego álcool no mini bar do meu pai e passo pelo rosto dele com ajuda de um pano.
-- O que aconteceu com ele? – Volta a pergunta.
-- Foi atropelado por um caminhão. – Zombo.
Jaqueline é apaixonado pelo Bruno, mas o mesmo nunca deu a mínima para ela, ou até mesmo com nenhuma garota. Ele só pega e vasa, nem mais e nem menos.
Bobão mesmo.
Assim que termino de cuidar dos ferimentos em seu rosto, jogo fora tudo que usei e o levo para o meu quarto, deixando na cama. Iria até deixa-lo por lá, mas com a Jaqueline no pé, será impossível dele descansar.
Vou para o banheiro, tiro a minha rouba e entro embaixo do chuveiro. Solto um suspiro cansado, querendo que finalmente possa descansar.
Era para eu ter ido no cinema com a gatinha, mas ela queria assistir filme de romance e eu detesto esse tipo de filme. Foi aí que um mano me chamou para poder assistir a luta do famoso Samuel Vasconcelos, o cara é pica de mais.
Só que eu não contava que o idiota do Bruno, iria aparecer por lá, o que me deixou desanimado também fez a gata brigar comigo.
Ela me chamou de cada nome. Prefiro nem pronunciar para não ficar mal falado.
Conheço o bruno desde sempre me entendo por gente, nos conhecemos na creche. Ele sempre foi uma pessoa que se mete em confusão, nunca ficava longe de briga e na minoria se ferrava.
Eu que sempre o ajudava, sabia que se eu falasse para irmã dele, ela iria brigar e ficar chateada, uma coisa que ele gostou de vê-la. Mas de um tempo para cá, ele começou a mudar de comportamento, não sei o que está acontecendo e isso me deixa preocupado.
Felipe não é flor que se cheire, um vagabundo desgraçado que se aproveita dos idiotas, e essa foi a vez do Bruno. Um boco que está se perdendo cada vez mais por uma bobagem.
Assim que termino o meu banho, me enrolo na toalha e saio do banheiro e vou até o meu closet, pego uma bermuda moletom e a visto, passando desodorante.
Vou para sair do quarto, mas vejo o bruno de olhos abertos olhando para o teto, sua bochecha estava avermelhada, me aproximo para ver e o mesmo estava com febre.
-- O que você está fazendo? – Pergunta tirando minha mão dele.
-- Você está vermelho. Estou vendo se estava com febre. – Explico revirando os olhos.
-- Eu estou bem. Somente .... Pensei em algo. – Fala, mas noto que o mesmo não queria falar sobre isso.
-- Beleza. – Me sento na cama. – Está sentindo dor provavelmente, vou pegar um remédio para você. –
-- Não estou. Estou de boa. – Falo.
-- Na sua venta, está todo arrebentado. -- Me levanto já ficando nervoso.
Sou o cara mais calmo do mundo, mas bruno tem a capacidade de me tirar do sério e me irritar, fico nervoso no mesmo momento.
-- Estou bem. – Repete.
-- Para de repetir essa merda! Você está tudo, menos bem, Bruno. Você está se afogando nessa sua própria amargura, ou seja, lá o que você tem. Já conversamos sobre isso, cara. Eu te ajudo, a sua irmã te ajuda, porra, para de ficar se enfiando nas confusões. –
-- ..... – Fica em silencio olhando para o nada.
-- Estou falando sério, Bruno. Não é a primeira vez que eu entro em alguma confusão para te ajudar, mas você sempre voltava e fazia a mesma coisa. Eu juro, eu estou cansado disso. – Pela primeira vez, ele me olha. – Sabe que sou leal, sempre fui. Sua amizade para mim sempre foi tudo, mas .... Eu realmente estou cansado. Olha o seu estado. – Aponto para si.
-- Eu já fali que eu estou bem e .... –
-- PARA DE REPEDIR ISSO, PORRA! VAI TOMAR NO CU, BRUNO! – Me descontrolo por uns minutos. – As pessoas tem razão, você não sabe conviver com os outros, não sabe ouvir, os outros. – Nego e sorrio de lado. – Não sei o porquê eu ainda tento. – Suspiro.
-- Eu vou parar, ok? Eu vou parar. – Diz me encarando.
-- O mais engraçado, é que eu já ouvi isso. – Abaixa o olhar. – Você não me deve nada, apesar de sermos amigos a muito tempo, não me deve nada, mas sim a sua irmã. Ela você deve. –
-- Não fala dela. – Manda.
-- Você sempre mostra que ela é o seu ponto fraco, mas nunca faz nada para melhorar por ela. Ela está tentando te ajudar de qualquer jeito, mas você dificultando. Uma hora ela também vai cansar também. –
-- Eu estou tanto, tá legal! –
-- Entrando em mais lutas? Estou vendo. – Reviro os olhos com ironia.
-- Para de ficar fazendo isso, micael. –
-- O que? Falando as verdades? – Cruzo os braços.
-- Deveria ter continuado no seu encontro. – Reclama.
-- É, e você morrer nas mãos daqueles caras. – Bufo já estressado. – Pode ficar até você melhorar e voltar para casa. Layane não precisa de mais uma decepção. – Dou as costas para ele e vou para a porta, mas paro e o olho por cima do ombro. – Quando foi embora .... É melhor nos mantermos afastado por um tempo. –
-- Micael .... – O corto.
-- Vou fazer algo para comermos, já trago para você. Pode dormir aqui no meu quarto, vou ficar no de hospede. – Saio sem deixa-lo falar algo a mais.
🌟....
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Meu querido baby
FanfictionDuas pessoas, dois propósitos.. Os opostos se atraím mesmo?