-- Filho? Essa é a Mariana, a nossa vizinha. Ela somente veio me desejar boas vindas e estava me ajudando a arrumar as coisas. Somente isso. – Diz olhando em meus olhos, mostrando que era verdade.
-- Mas a outra você conheceu assim também. – Dou de ombro. – Só estou deixando claro que antes de qualquer coisa, quero saber se ela é boa mesmo para o senhor, se não, pode ir embora já. – Ela me encara surpresa, enquanto papai entra na minha frente, segura meu rosto e me encarando.
-- Lucas! Ela não é minha namorada, somente a vizinha que teve um bom gesto para me ajudar. Não fique falando essas coisas, não foi essa educação que eu te dei. – Me dá bronca.
-- Nem estão namorando e já está brigando com eu por causa dela. – Me afasto dele e cruzo novamente os braços. – Eu sei que não é por causa dela, sou eu mesmo. Mas não pode bligar comigo. – Viro a cara.
Ouço uma risada bonita, bonitinha na verdade e assim que olho para a mulher em minha frente, ela se aproxima de mim e toca meu rosto com carinho.
-- Não pode ficar me tocando assim! Somente meu pai e minha mamãe, vocês não é ela e também não vai ficar me tocando como ela. – Antes de meu pai for falar algo, ela toma a frente.
-- Eu não estava tendo essa intenção de ficar tomando o lugar da sua mãe, ela sempre será a sua mamãe. Ela te teve com .... –
-- Não estou falando dessa. – Faço careta. – Ela não é nada para eu. Estava falando da minha lay. – Confirmo balançando a cabeça.
-- Lay? A sua chefe? – Meu pai pergunta. – Estão tão assim? – Sorri de lado se aproximado.
-- Claro. Fizemos amor também, sexo como se chama, né? – Os dois ficam envergonhados. – Por que estão com vergonha? Papai sempre me disse que isso era normal e que um dia iria fazer com a pessoa que me amasse do jeitinho que eu sou. –
-- Sim, meu amor. Somente não fique falando isso tão .... Abertamente. – Olha para a mulher de relance, coçando a nuca.
-- Mas o senhor que me ensinou. – Falo confuso.
-- Sim, só .... Ah, esquece. – Nega.
-- O que tem para comer, pai? Estou com fome. – Pergunto indo na direção da cozinha, mas ouço meu pai pedindo desculpa para a mulher baixinho. – Eu escutei. – Informo ainda não olhando para eles.
-- É claro que escutou. –
-- Então, lucas. Eu ... – A corto.
-- Vitor. – Deixo claro que não é para me chamar de Lucas. Somente a minha lay me chama assim.
-- Ah, ok. Vitor. Então, eu trouxe um bolo de cenoura. – Fala sorrindo.
-- Não gosto de bolo de cenoura. – Meu pai me encara.
-- Que mentira, é o seu preferido, logo depois do de limão. – Cruza os braços.
Não o respondo, somente me sento na cadeira e olho para tudo em minha volta. A nova casa do papai é bem grande, sendo em tons claros, entre cinza e branco, tendo a cozinha americana, sala ampla com uma entrada e janelas grandes de vidro.
Tem uma escada bem no canto, ao lado de uma sala frechada com duas portas, que pelo jeito deve ser um escritório.
-- Aqui está, querido. – Ela estica um prato branco com um pedaço de bolo generoso de cenoura.
Para, se não começo a parar de tentar te afastar!
Começo a comer, só primeiro pedaço já não queria que ela fosse embora, de tão bom que estava aquele pedaço de bolo. Tá bom, ela pode ficar mais um pouquinho.
-- Vai voltar para casa, ou vai ficar com a lay? – O encaro emburrado.
-- É layane, pai. – Digo, vendo ele começar a rir.
-- Não lembro de você ser tão ciumento. – Comenta.
-- Isso mostra que ele gosta dela. – Olho para ela, que me encarava sorrido.
Seu rosto não dói de tanto sorrir não?
-- Mas respondendo a sua pergunta, pai. Eu quero ficar aqui com o senhor e com a lay também. Acho que mis com ela do que com o senhor. – Dou de ombro. – Vai ficar bravo? – O encaro com receio.
-- Claro que não, querido. – Se senta ao meu lado. – Você já é bem grandinho, tem que construir sua história. Se você acha que a sua vida é com ela, vai fundo. Sempre estarei aqui para você. – Sorrio e beijo á bochecha dele.
-- Sim. – Confirmo.
-- Quem sabe não me dá um netinho? – Sugere.
-- Não. Não quero bebê. – Faço careta. – Se eu tiver, vou dividir a lay com ele e não quero. –
-- Você sempre quis uma família. – Diz confuso.
-- Não quero mais. Somente eu e a lay está bom. – Confirmo.
-- Sei que vai mudar de ideia. – Dá de ombro.
Antes de falar algo, ouço meu celular tocando e assim que vejo, me levando e vou para a sala.
-- Está brava? – Pergunto assim atendo.
-- Claro quer não ... Um pouco talvez. – Responde. – Por que não me acordou? –
-- Parecia cansada. – Dou de ombro, mesmo sabendo que não poderia ver.
-- Aonde está? – Ouço barulho de chuveiro ligando.
-- Na casa do meu pai. – Mordo os lábios. – Sabia que ele tem uma namorada? Ele está querendo mentir dizendo que não é namorada dele, mas não estou acreditando muito. – Me sento no sofá e cruzo as pernas, ficando de perna de índio.
-- Ah, é? E por que você acha que eles são namorados, sendo que ele mesmo disse que não são? –
-- Pelo jeito que eles se olham. – Falo.
-- E como eles se olham? – Sorrio.
-- Do mesmo jeito que a gente se olha. – A linha fica muda por alguns minutos, tendo somente o chuveiro como barulho. – Lay? – A chamo.
-- Oi? Eu .... Somente. – Fica em silencio. – Vai ficar aí até tarde? – Muda de assunto.
-- Acho que sim. – Penso melhor. – Queria ficar com ele um pouco. Posso ficar até ... – Me corta.
-- Lucas? Você não tem que pedir permissão para mim. Não mando em você. – Dá risada.
-- Mas é a minha namorada e também .... – Fico envergonhado. – Enfim, vou voltar amanhã. Tudo bem? – Acabo perguntando.
-- Tudo bem. – Dá risadinha. – Fique bem, coma direito. – Sorrio por ela está me tratando feito uma criancinha.
Não que eu não seja um totalmente.
-- Está bem. Tchua, te amo muitão. — Vou pata desligar, mas ouço dizer que me amava também. – PAI? – O chamo e corro para a cozinha. – Vamos comigo comprar uma aliança? Quero dá amanhã mesmo para ela. – Confirma. -- Eu até pegaria aquela que o senhor tem aqui. Mas pode dá azar para nós. -- Faz careta e me encara indignado.
-- Não deveria ter te ensinado a ser tão sincero. – Se levanta.
Ué?
🌟.....
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Meu querido baby
FanfictionDuas pessoas, dois propósitos.. Os opostos se atraím mesmo?