Me aproximo do Lucas e toco na testa dele que tinha machucado um pouco, estava avermelhado e com um leve calombo. Solto um suspiro e me levanto, colocando a minha bolsa no sofá.
-- Vem. – Estico a mão na direção dele, o mesmo somente fica olhando.
-- Ele está mais para uma criança do que tudo. – Rodolfo diz.
-- Nunca nessa vida vou conseguir leva-lo para cima. – Bufo por estar um pouco cansada.
-- Bruno leva ele. – Diz batendo de leve no ombro do mesmo.
-- O que? Não sou burro de carroça não. – Cruza os braços, mas desfaz com o puxão de ouvido que leva. – Ai, caralho! – Resmunga.
-- Leva logo o menino para a sua irmã. – Manda.
Bruno para um pouco, ficando olhando para o chão, mas logo suspira e se abaixa, pegando o Lucas no colo e começa a subir as escadas com cuidado.
-- Tome um banho, menina. Descanse um pouco. – Somente concordo e subo as escadas.
Vou prendendo o meu cabelo, ao chegar perto do meu quarto, vejo o Bruno dando leves empurradas no menino para ficar na cama, o xingando baixinho por querer sair da mesma.
-- Fica aí, caramba. Para de ser um bebêzão! – Dou uma leve risada ao ver Lucas fazer bico e cara de choro.
Entro, fazendo os dois me notarem e me encarar, me aproximo da cama e me sento nela, passando a mão no cabelo do loiro.
-- Obrigada. Pode ir. – Falo ainda sem o olhar.
Lucas engatinha na minha direção e começa a puxar a minha blusa para baixo, tento segurar, mas ele acaba conseguindo arrancar e deixar o meu seio direito exposto.
-- Lucas! – Falo brava. Mas ele somente ignora e coloca na boca, começando a sugar.
Ele se senta, quase ficando no meu colo, feche os olhos e coloca a mão no outro seio, começando a fazer massagem e puxando de leve o bico.
Olho para o bruno de relance, vendo ele de cabeça baixa e mordendo os lábios. Faz umas semanas que ele não toma o leite. É uma coisa que o mantem ‘’calmo’’ e dorme bem.
Sem dizer nada, ele se vira e sai do quarto. Suspiro e olho para baixo, vendo Lucas de olhos fechados.
-- Você é muito folgado. – Beijo a cabeça dele.
Com um pouco de dificuldade, por não querer soltar o meu seio, ele se levanta um pouco e se senta no meu colo, deitando a cabeça no meu ombro.
-- Você é pesado, sabia? – Abrindo os olhos, ele me encara. – Você tem que deitar ali, quero tomar um banho. – Continua me olhando.
Seus olhos estavam dilatados, seus lábios rosados e suas bochechas enchidas com o leite que estava sugando.
Seus olhinhos vão se fechando, mostrando que estava cansado já. Afasto ele um pouco e o coloco deitado na cama, o que faz ele me olhar bravo. Vou até o banheiro e pego um remédio que uso para dor de cabeça.
Volto para o quarto e dou trinta gotas para o Lucas, dando risada quando ele faz careta pelo remédio, guardo o mesmo e o vejo fechar os olhos aos poucos.
Beijo sua cabeça e deixo a luz fraca, deito do lado dele e o mesmo coloca o seio na boca, voltando a fechar os olhos e apertar de leve o bico do outro. Começo a cantar baixinho para ele, passando a mão em seu rosto.
(...)
Assim que Lucas dormiu, me levanto da cama e vou para banheiro, pego a bombinha e coloco no peito que ele não sugou. Saio do banheiro e não vejo ninguém no corredor. Desço as escadas e vou para a cozinha, não vendo ninguém na mesma.
No armário, pego a mamadeira azul da mesma e encho com a bombinha que estava no meu seio. Saio da cozinha novamente, subindo as escadas, indo para o quarto do Bruno, ao estrar não vejo ele no mesmo, mas sei que ele está no banheiro pelo barulho do chuveiro.
Deixo a mamadeira na cômoda e saio do quarto, voltando para o meu e indo direto para o banheiro, tirando a minha roupa e ligo o chuveiro, entrando embaixo do mesmo. Evito molhar o meu cabelo.
Hoje foi cansativo, o projeto está em andamento e creio que não demorara para o sócio ir embora e isso tenho certeza que deixará o Lucas mais tranquilo, fora que ele está doido para voltar a trabalhar.
O pai dele me ligou, pedindo para ficar com ele por um pequeno tempo, tem algo a ver com a ex mulher dele, consegui ouvir ela dizer algo ao fundo, parecia furiosa.
Fora que tive quase uma ameaça, sendo do Felipe, o cara que tem o clube de luta ilegal que Bruno vai. Pelo que parece, Bruno está devendo uma quantia de dinheiro a ele.
Ele me disse que Bruno não vai a dois semanas e que na última luta dele, o mesmo perdeu e ficou devendo.
Assim que termino o meu banho, saio do mesmo enrolada em uma das toalhas e saio do banheiro, vendo o Bruno sentado na minha cama com a mamadeira na mão e cabeça baixa.
Vou para o meu closet, fecho a porta e pego um pijama um pouco curto para dormir, passo desodorante e saio.
-- Me desculpa. – Olho na direção dele. – Não quis falar tudo aquilo, eu somente estava com raiva, medo e ciúmes. Não quero que aconteça o que aconteceu da última vez, me desculpa, madre. Eu considero a senhora a minha madre, sempre considerei .... Mas ... Eu também tenho um pouco de medo que você me esqueça tendo ele. –
Diz tudo rapido, estando desesperado, sem olhar em meus olhos e apertando de leve a mamadeira em suas mãos.
-- Me desculpa. – Pede novamente.
Solto um suspiro e me deito ao lado do Lucas, fecho por um tempo os olhos, mas logo os abro e olho para o menino a minha frente.
-- Eu entendo você, Bruno. – Se vira para mim. – Era somente e você, depois chegou o Rodolfo e agora o Lucas. Sou ciumenta e possessiva, mas .... Você, tem que aprender que mesmo tudo aquilo que aconteceu comigo e tu, não podemos deixar afeitar o nosso futuro. Sei e me lembro muito bem que o Camillo fazia com a gente, ele nos fez muito mal e sempre me afastava de você. – Me sento. – A questão, é que você tem que ter em mente que sempre estará comigo. –
-- Mas ... – O calo, puxando para perto de mim.
-- Você sempre vai ser o meu menino loirinho, o meu pequeno. Não é só porque o Lucas chegou, que irei me afastar de você. – Sinto uma lacrima dele e o mesmo sorri. – Vem, deita aqui do outro lado. –
Deitando direto, ele fica do meu outro lado e fica vendo Lucas já indo para o peito. Esse menino deve sentir quando o seio está perto dele, não é possível.
-- Boa noite. – Beijo a cabeça dos dois. Solto um suspiro e deixo a luz acesa até ele tomar o leite.
-- Boa noite, madre. – Coloca a mamadeira na cômoda e me abraça de lado, assim como o Lucas estava fazendo.
Esses dois ... Vão me dá muita dor de cabeça ainda.
🌟....
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