Capítulo 34

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Solto um gemido de dor, coloco a mão na cabeça e sinto molhar meus dedos, e assim que os olho, noto sangue nas pontas

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Solto um gemido de dor, coloco a mão na cabeça e sinto molhar meus dedos, e assim que os olho, noto sangue nas pontas.

Vou desmaiar. Odeio sangue.

Olho para lay, ela estava olhando ainda para frente e sai lentamente do carro e assim que viro na direção que ela estava olhando, vejo um menino de cortas para nós se tremendo.

Saio do carro tonto ainda, me aproximo aos poucos também para não o assustar. Mas paro quando vejo as pernas dele toda roxa e sangrando, com alguns cortes aparecendo.

Ele estava com uma espécie de short de dormir ou samba canção, a mesma coisa. Seus braços tinham corte também, assim como o roxo.

-- Ei? Menino? – Lay o chama.

-- Qǐ-ng bùyào shān-ghài w-ǒmen .... – Diz gaguejando e tremendo, não sei de frio, ou medo. Os dois provavelmente.

( Por favor, não nos machuque)

Que língua é essa? Coreano? Japonês? Chinês? Quando vou dizer algo, lay se aproxima mais um pouco e diz ....

-- Yīqiè dōu hěn hǎo. Méiyǒu rén huì shānghài nǐ. – Fala calma e toca no ombro dele.

( Está tudo bem, ninguém vai machucar você. )

Fica tão .... Gostoso de ouvi-la falando nessa língua. Deve ser chinês.

Assim que o menino vira, vejo um bebê em seu coloco, ela estava com uma blusa de frio, que pelo tamanho não é do menino, enrolado em seu pequeno corpo.

Diferente do garoto, ela era negra, e estava com os lábios um pouco roxos, ela deve ter um a dois anos, mas dava para ver que era bem magrinha e pequena. Estava dormindo.

-- Meu deus. – Olha para a neném. -- Fāshēngle shénme? – O garoto somente fica a olhando e apertando a neném em si. -- Lái ba, wǒ dài nǐ bǎituō hánlěng --

( O que aconteceu? Vem, vou te tirar desse frio. )

Ele a olha por uns segundos, mas mesmo assim vai andando até o carro, mas evitando o toque dela. Tiro o meu palitó e entrego a ele, colocando em volta de si. Abro a porta para ele e o mesmo entra e se senta.

Entramos em seguida, ligo o ar no quente e fecho as janelas para ele se aquecer. Olho para a lay ao meu lado e a mesma estava olhando pelo retrovisor o menino, mas logo liga o carro.

A conversa que eu tive com aquele homem vem em meus pensamentos, será que as duas aqui são as que ele estava falando que o homem mal está traficando. Layane pega o celular e começa a ligar para alguém, mas não consegui ver quem.

(....)

Assim que chegamos em casa, lay estaciona na garagem e saio abrindo a porta do menino que desce, mas fraqueja e quase caí no chão se eu não o segurasse. Mesmo ele sendo grande, o pego, no colo estilo noiva e o mesmo me olha assustado.

-- Tā bù huì shānghài nǐ --- Ela fala olhando para ele.

( Ele não vai te machucar. )

Entro na casa e suspiro por sentir aqui quentinho, ouço o Rodolfo na cozinha cantando suas músicas mexicanas. Mas no momento eu subo para o andar de cima e lá vai junto, entro no nosso quarto e o coloco na cama.

-- Nǐ xūyào ràng tā shàngchuáng shuìjiào, wǒmen xūyào jiǎnchá tāmen liǎ de zhuàngkuàng. – Ele nega.

(Você precisa colocar ela na cama, a gente precisa ver o estado dos dois.)

Soltando um suspiro, lay se senta ao lado dele e abre um pouco a blusa de frio da neném, o menino seguia cada passo dela.

-- Ela parece não ter ferimento nenhum. – Fala e pega o celular de novo, mas dessa vez digitando. O menino vê isso e tenta se levantar, mas ela o segura. -- Yīqiè dōu hěn hǎo. Wǒ zhǐshì qǐng yī wèi yīshēng péngyǒu gěi tā ná yīfú.

( Está tudo bem. Somente estou pedindo um amigo medico trazer roupa para ela.) 

-- Ele tem que tomar um banho. – Falo olhando para ela, mas ele que me olha confuso.

Ela levanta as mãos, aproxima dele devagar e passa pela sua costa, mas nada ele faz, mas quando passa pelo seu peito e vai descendo pela barriga, ele se encolhe e solta um choramingo.

-- Nàme shénme tòng ne? – Ele confirma.

( Aí, que doí?)

Ela se levanta, para na frente dele e aos poucos pega a neném. Se aproxima da cama e a coloca deitado.

-- Amor? Pode ajuda-lo no banho? – Se vira para mim. – Eu vou pegar o kit para limpar o seu ferimento. – Somente confirmo.

Me dando um selinho, ela sai do quarto antes de sorri para o menino. Vou até ele que dá alguns passos para trás, mas aponto para o banheiro e coloco a mão na sua costa o levando.

-- Tira. – Mando apontando para o short.

Ele se encolhe e noto seus olhos se encherem de lagrimas. Arregalo os olhos e nego.

-- É para você tomar banho. – Cada frase que dizia, fazia um gesto. Ligo somente o chuveiro e olho para ele. – Eu vou tampar os olhos e virar de costas, ok? – Falo através dos gestos.

Aponto para o short novamente, chuveiro, tampo meus olhos e viro de costa, sentando na privada. Ouço suas fungadas e ouço quando entra em baixo do chuveiro. Aponto na direção que estava o sabonete.

-- Para te limpar. – Falo, mesmo sabendo que ele não me entende.

Sentia ele me molhando, solto um resmungo, mas não falo nada, até porque, ele não vai entender mesmo.

Depois de uns minutos, sinto ele me cutucar, me molhando mais, me levanto e fecho o chuveiro ainda com os olhos fechados.  Pego uma toalha para ele e estico, e assim que ele pega, saio do banheiro e o mesmo vem atrás.

Na cama, tinha uma calça moletom e uma blusa pequena de menino. Lay estava com a neném no colo, ela já estava acordada e olhava para tudo. Seus olhos eram negros e estava com uma toalha enrolava no corpo.

Tinha um homem parado na porta e nos encarava, mas sendo o menino. O levo até as roupas e o mesmo pega e aponto para o banheiro.

-- Quem é? – Pergunto baixo para ela.

-- Amor. Esse aqui é doutor Matheus, um vejo amigo. – Fala.

-- Não tão vejo assim. – Sorri. – Muito prazer de conhece-lo. – Aperta minha mão.

(....)

-- Ele está desnutrido, tem cortes superficial. Já limpei, coloquei os curativos e anoitei as vitaminas que ele precisa. – Fala e termina de coloca a blusa de volta do menino.

-- Obrigada, Mat. – Agradece.

-- Daqui a quatro semanas leve ele no hospital. Conversamos depois. – Fala e ela confirma.

Coloco o menino direito na cama e cubro ele, deixando a menina também e quando vou tocar para tirar o cabelo do rosto, ele a puxa para si e me encara. Mostro a língua para ele e me afasto, deixando eles descansar.

🌟....

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Meu querido babyOnde histórias criam vida. Descubra agora