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Teu cabelo enrolado na minha mão

Sexta-feira | Rio de Janeiro
Arielly Almeida.

Point of view.

Ele parou de frente á uma boate, totalmente movimentada.

— Você pode frequentar aqui? — perguntei baixo entregando meu capacete pra ele.

— Uhum. — ele murmurou. Renato conversou com um homem e entregou a chave da moto e se virou para mim sério. — ninguém conhece a gente aqui.

— Eu sei. — respondi óbvia e ele riu baixo.

— Você pode ser quem você quiser lá dentro. — ele esticou o braço e eu olhei para sua mão tatuada sentindo um frio percorrer meu corpo, e pela primeira vez, sentir meu estômago revirar. — Bora, Ariel?

Engoli seco, pegando na sua mão e sentindo o frio passar e meu corpo tranquilizar.

Entramos e eu sorri quando ouvi uma música em espanhol completamente nostálgica me fazendo dar pulinhos de alegria.

— Qué bien se ve me trae loco su figura — cantei alto no ritmo da música fazendo o Rw dar risada da minha cara. — Ese trajecito corto le queda bien
combinado con su lipstick color café...

Ele fez sinal de silêncio com o dedo, e estranhei porque eu queria continuar com a minha belíssima performance.

— Qué bien se ve me hipnotiza su cintura... — ele começa a cantar e eu arregalo os olhos totalmente surpresa. —  Cuando baila hasta los dioses la quieren ver ya no perderé más tiempo, me acercaré. — primeiro traficante que ouço cantar Cncoo.

Soltei sua mão, começando a cantar com ele e dançando no ritmo da música.

Nunca, que eu imaginaria uma cena dessa acontecendo.

Renato grudou seu corpo no meu, e começamos a dançar juntos, era mais risadas do que dança, mas era uma desconcentração extremamente boa.

— Quero muito beber. — olhei pra ele que me puxou, paramos no balcão do bar. — quatro copos de vodka. — pedi e eu ouvi a risada do Rw mas ignorei. — dois meus. — assim que o barmen colocou os quatro copinhos em cima do balcão e virou a garrafa de vodka enchendo cada um, eu separei. — dois seus. — empurrei fraco para o lado dele.

Peguei um em cada mão, e virei um de uma vez, sentindo o gosto forte arder minha garganta, e quando virei o segundo, a garganta fechou secando me fazendo sorrir. — Tá animada. — Renato me olhou divertido e virou o seu segundo copo, molhando os lábios em seguida me fazendo acompanhar o movimento da sua língua.

Me virei de costas para ele, e caminhei mais para frente, me virei vendo ele encostado no balcão e comecei a dançar "Dale Don Dale.

Ainda dançando, eu podia apressiar seu olhar para cima de mim, não me incomodava, eu gostava da forma como ele me comia com os olhos, era bom, se sentir desejada por Renato Cardoso.

O chamei com a mão, e ele se desencostou caminhando de forma lenta até mim, me entregou um copão e dei um gole sentindo o gosto forte de whisky na boca.

— Tá curtindo? — minha respiração se desregulou quando ele ficou atrás de mim, com seu corpo colado no meu, suas mãos pararam na minha cintura, que se mexia aproveitando o ritmo da música.

— Aham. — suspirei baixinho me negando a admitir o que eu estava querendo. Me virei de frente pra ele, ficando mais próxima, e desfazendo nossa aproximidade levei o copo na boca, me afastando.

Quase não acreditei quando olhei o copo seco na mão, joguei no chão já sem saber assimilar as coisas que eu estava sentindo nesse momento.

— El mundo es grande pero lo tengo en mi' manos... — fiz a leitura labial da boca dele, assim que ele cantou olhando pra mim. Senti o fogo do meu corpo queimar minha pele.

Rw saiu do meu ponto de vista, me fazendo parar de dançar, respirei fundo e me virei dando de cara com ele na minha frente. Ele levantou uma garrafa de tequila na minha direção e eu fiquei animada.

— Quer? — sua voz rouca me perguntou baixinho.

— Uhum.

Ele tirou a tampa jogando no chão, e me puxou para a parte mais escura da boate, fazendo meu coração acelerar. Rw segurou meu rosto, virando ele devagar e com cuidado, fazendo meu pescoço ficar esticado. Ele derramou a bebida, fazendo escorrer até meus seios, que subiam e desciam de forma descontrolada por conta do tesao que eu estava sentido. Sua língua quente entrou em contato com a minha, chupando cada gosta de álcool que havia no meu corpo. Fechei os olhos, tombando a cabeça pra trás, e segurando minha enorme vontade de sentir a língua dele em outro lugar.

E só aí, entendi a sua belíssima referência.

"ninguém conhece a gente aqui. Você pode ser quem você quiser lá dentro. "

Sua língua parou nos meus seios, e eu voltei a cabeça pra frente abrindo os olhos, vendo ele olhar no fundo das minhas íris. Balancei a cabeça em confirmação e ele abaixou meu decote, e voltou a chupar, me fazendo suspirar, ele chegou no bico do meu peito, onde deu uma mortida leve e chupou.

Assim que ele terminou, ele levantou a cabeça, passando a língua nos lábios e arrumando meu vestido, me deixando completamente paralisada.

— Ce eu matar minha vontade, é pecado? — meu corpo se esquentou completamente ouvindo sua voz rouca e exitada.

— Depende muito da sua vontade, meu amor. Qual seria ela? — no calor do momento e com álcool na mente, o meu amor saiu de forma rápida e natural. Mas eu não me importei.

— Você, minha Ariel.

Renato meteu a mão no meu cabelo fazendo uma volta e puxando pra trás. Sua outra mão, desceu para a minha bunda, apertando.

Sua língua entrou em contato com a minha boca, fazendo as duas se entrelaçarem de forma calma e gostosa.

Enfiei minha mão por dentro da sua camiseta, arranhando suas costas tatuadas, enquanto a outra fazia carinho na sua nuca e orelha.

Que homem é esse meu Senhor?

×××

Uau.

M.

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