XXIII. Tranquilidade.

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ANA JÚLIA COSTA

Depois de alguns dias de descanso e recuperação na casa dos meus pais, era hora de dar o próximo passo e conhecer a família de Flávia. Eu sabia o quanto isso significava para ela, e, para ser honesta, estava um pouco nervosa. Mas Flávia estava ao meu lado, segurando minha mão, e isso me dava a confiança necessária.

Naquele dia, nos arrumamos com calma, e logo estávamos a caminho da casa de Fábia, mãe de Flávia. No carro, Flávia me tranquilizou, dizendo que sua mãe e seu irmão estavam animados para me conhecer.

Quando chegamos, fui recebida com um abraço caloroso de Fábia. Ela era uma mulher de presença forte, mas seu abraço era reconfortante e cheio de carinho, o que me fez sentir imediatamente bem-vinda.

- Ana Júlia, é um prazer finalmente te conhecer! - disse ela, me puxando para dentro da casa com um sorriso. - Flávia fala tanto de você que já sinto que somos amigas.

- O prazer é meu, dona Fábia. A Flávia também fala muito da senhora - respondi, sentindo o nervosismo diminuir enquanto ela me conduzia pela casa.

Fábia nos apresentou ao restante da família, que incluía o irmão mais novo de Flávia, o João. Todos foram muito acolhedores, e em pouco tempo, estávamos todos sentados na sala, conversando e rindo como se nos conhecêssemos há anos.

A dinâmica familiar era animada, cheia de risos e conversas animadas. Flávia, que estava mais reservada, estava completamente à vontade, rindo com seu irmão e compartilhando histórias comigo. Eu me sentia cada vez mais integrada, especialmente com o carinho que Fábia demonstrava.

Depois de um almoço delicioso preparado por Fábia, ficamos na sala conversando sobre os planos para o futuro. Fábia, sendo uma mãe orgulhosa, não perdeu a chance de me mostrar álbuns de fotos de Flávia quando era criança, o que rendeu muitas risadas e comentários divertidos.

- Mentira que você usava aparelho, princesa! - eu sorrio com a fofura que era Flávia criança. 

- Usava - ela diz.

- Nossa, mas você tinha quanto de altura? - pergunto curiosa.

- 1,33 - ela diz com vergonha.

- E hoje em dia tem 1,47 de pura beleza - eu digo e ela ri me abraçando.

Enquanto olhávamos as fotos, Fábia me puxou de lado por um momento.

- Ana Júlia, sei que minha filha é bem carismática, mas vejo como você a faz feliz. Ela é tudo para mim, e fico tranquila sabendo que ela tem alguém como você ao lado dela - disse ela, com um olhar de sinceridade.

Fiquei tocada com as palavras dela, e segurei sua mão, querendo expressar o quanto aquilo significava para mim.

- Dona Fábia, eu prometo cuidar dela e fazer o possível para que ela continue feliz. Ela também significa tudo para mim - respondi, sentindo a verdade em cada palavra. - Eu definitivamente a amo.

Depois de mais algumas horas de conversa e risadas, nos despedimos da família de Flávia, prometendo voltar em breve.

No caminho de volta, no carro, Flávia apertou minha mão, sorrindo de maneira tranquila.

- Eles adoraram você - disse ela, como se já soubesse a resposta.

- E eu adorei eles. Sua mãe é incrível - respondi, olhando para ela com carinho.

- Obrigada por isso, Ana. Significa muito para mim que você tenha se dado tão bem com eles - ela disse, inclinando-se para me dar um beijo rápido.

𝐏𝐀𝐑𝐈𝐒, ᶠˡᵃᵛⁱᵃ ˢᵃʳᵃⁱᵛᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora