03 - Benjamin Scott

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Benjamin Scott

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Benjamin Scott

Antes que pudesse me afastar e ir em direção ao Cardeal Antony e se tiver sorte depois de ter cometido o pecado que está fazendo com que a minha pele nesse momento queime como se já fosse um cativo do inferno.

— Bispo Scott? — Ouço a mãe do noivo me chamando!

Viro em sua direção sem muita vontade de ter que conversar com qualquer um deles naquele momento, quero ir apenas até onde o homem que me criou estar.

— Senhora Carter! — Tento ser sucinto para perceber a pressa que estou.

— Gostaria que estivesse no salão de festas mais tarde, minha mãe deseja trocar algumas palavras com o senhor, vou deixar um carro a sua disposição... — Ela diz e começo a negar com a cabeça. — Acho que não é sensato negar a um pedido de Carolina Alcântara Al-Makki.

Ela diz e sinto um arrepio ao ouvir aquele nome, o mesmo que atormentou a minha vida por muitos anos.

— Estarei lá, preciso apenas me despedir de meu pai, agora se me der licença, espero ainda o encontrar com vida. — Sem medo dou as costas para senhora Carter e sigo pelos corredores.

O caminho tranquilo e repleto de paz, mas por dentro de mim estava um turbilhão de sensações. Ainda podia sentir o sabor adocicado que havia nos lábios de Camilla, talvez ela tenha engerido champanhe ou apenas um suco bem adocicado. O pensamento intrusivo é o suficiente para uma nova ereção começar a surgir.

Suspiro frustrado antes de entrar na ala médica, encosto a minha cabeça na porta pedindo perdão a Deus.

— Tenha misericórdia de mim, me perdoe por meus pecados...

Entro na sala que mais parece uma enfermaria e caminho até onde está Antony. O homem a quem meu tio confio para me proteger da mulher que matou o meu pai por invadir sua casa. Todos achavam que era perigoso me ter em casa, então fui enviado para Nova York e cresci na igreja aprendendo tudo e foi inevitável não seguir o chamado de Deus.

Ao entrar no pequeno reservado do Cardeal que me criou como filho o vejo deitado de peito para cima, com suas mãos segurando um terço e pela graça divina ele estava ainda forçando sua respiração.

— Oi, pai! — Falo baixinho e me sento na cadeira ao seu lado.

O vejo virar o rosto e sorrir para mim.

— Está na minha hora, continue sendo o bom filho que criei para ser. Um servo bom e leal, algo que aprendeu na sua antiga vida. — Seguro em sua mão e confirmo com a cabeça. — Me dê a extrema-unção e vá, não quero que me veja partir, eu estou pronto, mas sei que você não está.

E como um filho obediente faço o que meu pai me pediu, olho mais uma vez para ele e me afasto um pouco, vejo as freiras cuidando dele com todo o carinho que elas têm. Suspiro e saio dali.

Penitência no AltarOnde histórias criam vida. Descubra agora