Camilla Coppola
Caminhar pelos corredores do hotel estava me dando uma sensação estranha é como se meu corpo sentisse que estava indo para a morte. Tudo dentro de mim, estava em um estado de alerta e desejava que fugisse dali.
Que eu fosse para qualquer lugar, mas que não ficasse perto do meu pai. Tenho certeza que ele me fará pagar por minha escolha de uma forma que não gostarei.
Fecho os olhos entrando no elevador sentindo a mão de Letícia apertando os meus dedos, sei muito bem que assim que chegarmos em casa, minha convivência com ela será diminuída, Denaro não permitirá que ela fique ao meu lado acalentando a dor que sentirei.
Quando o elevador chega ao térreo, puxo o capuz sobre a cabeça e escondo os hematomas em meu rosto com óculos escuros.
— Tenta ficar calada, não discuta com o papai... — Ouço minha irmã dizendo.
— Lê, não é preciso dizer qualquer coisa para que ele me puna! — Digo caminhando ao lado dela e vendo os soldados que nos aguardavam nos acompanhando.
— Tenho certeza que ele não fará nada contra você! — Olho para minha irmã e sorrio.
Mas é um sorriso nenhum pouco convincente sobre o que ela acabou de dizer. Sei que Denaro cobrará a perda da aliança que ele estava fazendo com Oleg Volkov.
Caminhando pelo saguão sentindo raiva por meu pai não ter pensando pelo menos em me unir com um dos herdeiros Stepanov, pelo menos saberia que seria tratada como uma rainha e seria bem recebida na casa russa que comanda a máfia e o governo do país.
— Senhoritas naquele carro! — Fabrizio diz e aponta para o último carro.
Confirmo com a cabeça e entro no banco de trás sendo seguida por Letícia que se acomoda ao meu lado e segura a minha mão. Nesse momento só posso agradecer por ter a minha irmã como minha melhor amiga e por tê-la me confortando nesse momento.
— Temos que ir! — O motorista diz e vejo em seus olhos o quanto ele estava triste por me ver tão machucada. — Existe um engarrafamento enorme, pode descansar um pouco.
Olho do motorista para o Fabrizio que estava sentado na frente e se vira em nossa direção.
— Vamos pegar o maior caminho para poder descansar um pouco depois do que passou, mas não mais que o suficiente! — Ele diz e sinto as lágrimas escorrendo.
— Obrigada... — Minha irmã sussurra e me abraça com carinho. — Vamos descobrir juntas o que meu pai fará com você.
— Ele vai me matar assim que tiver uma oportunidade! — Digo conformada com a minha sina. — Mas não me importo, apenas por saber que Oleg jamais tocará em mim aceito o meu destino.
Aperto o óculos em minhas mãos e sinto o carro começar a se mover lentamente pelas ruas caóticas de um dia de semana em Nova York. Noto que os homens que nos levavam, falaram a verdade e todos os quatro carros estava no caminho com mais engarrafamento.
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Penitência no Altar
RomanceBenjamin Scott é o bispo da badalada Catedral de São Patrício, que apenas com trinta e nove anos é cotado para se tornar Cardeal após a morte do antecessor. Mas o que esse servo de Deus não esperava é que durante a cerimônia de um casamento o Diabo...