Benjamin Scott é o bispo da badalada Catedral de São Patrício, que apenas com trinta e nove anos é cotado para se tornar Cardeal após a morte do antecessor. Mas o que esse servo de Deus não esperava é que durante a cerimônia de um casamento o Diabo...
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Ben e a sua Diabinha!
Benjamin Scott
Participar de toda a farsa desse velório estava apenas me irritando e me deixando confuso. Uma vez que passei mais de vinte anos no clero, sendo ensinado a controlar cada um dos meus sentimentos.
E a irá, era o sentimento que Antony mais tentou me ensinar a controlar. Mas desde que conheci aquela diabinha, a única coisa que venho pensando é uma forma de mantê-la em segurança e de preferência ao meu lado.
— O que pretende fazer Bispo? — A senhora Carolina pergunta.
Volto a olhar em sua direção, ela bebia um chá com um aroma delicioso. Estava tão nervoso que acabei não aceitando quando me ofereceu.
Já havia andando de um lado para o outro naquela ante-sala, sabia que tanto ela como Gavin tentavam controlar o desejo de rir da minha situação. Até mesmo Victor já tinha perdido a paciência comigo e ficava apenas com os outros soldados.
Ainda não sei o que estou sentindo por Camilla, mas me sinto responsável por tirar a sua virgindade, sabendo que ela já era compromissada. Não faço ideia se o que estou sentindo por ela é apenas atração ou realmente estou começando a me apaixonar pela garota que nesse momento está enterrada dentro de um caixão.
— Tenho que estar em Roma no fim dessa semana para o velório de meu preceptor! — Digo e a vejo franzir o cenho.
— Quem era o seu preceptor? — Ela me pergunta.
— Bispo Antony! — Digo e meu olhar vai para a grande janela que fica de frente para o cemitério.
— Posso fazer uma pergunta? — Volto a olhar para a senhora que estava ali me acompanhando.
— Claro! — Digo e vejo Gavin demonstrando o seu interesse.
— Quando passei a minha responsabilidade para a Laís, houve um assunto que ouvi falar e acredito que a ordem para quem Antony devia obediência, é sobre isso! — Mantenho os olhos sobre ela esperando que ela diga o que começo a suspeitar. — Ouvi que há seres místicos em nosso meio!
Estreito os olhos com um sorriso de canto, tentando não demonstrar a ela a verdade sobre o que disse.
— Sinto lhe decepcionar, mas até onde sei não existe essa coisa de magia, seres encantados e tudo mais! — Falo e vejo um sorriso surgindo em seu rosto.
— Ainda verei algo do tipo antes de fazer a minha passagem! — Ela diz antes de bebericar o seu chá.
Com os olhos fixos na mulher que mesmo em dúvida é a pessoa que chegou mais perto em saber o que é escondido de toda a humanidade. Eu mesmo nunca estive perto de um ser místico e mesmo sendo preparado para caçar esses seres acredito que se possamos viver em comunhão.
