12 - Camilla Coppola

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Camilla Coppola

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Camilla Coppola

Se minha irmã está disposta a me ajudar, talvez consiga sua ajuda para avisar ao Ben que estou indo embora e contar a ele o que aconteceu agora pela manhã. Respiro fundo quando começo a sentir o meu corpo reagindo com as lembranças eróticas pelo meu breve encontro com o Bispo, que ficarão para sempre dentro de mim.

Observo o rosto de minha irmã e a vejo negar com a cabeça.

— Esqueça o que aconteceu, não se aproxime desse homem ou fará com que o nosso pai o persiga... — Olho para Fabrizio e nosso motoristas que se mantém calados.

Mas sei que, o que a minha irmã está dizendo é apenas, para nenhuma vida ser retirada pelo erro que causei.

— Ele precisa saber que não estou mais aqui! — Insisto.

Observo Fabrizio ficar tenso e ele tenta não virar em minha direção.

— Por que essa necessidade? — Ele pergunta e decido confiar nas pessoas dentro deste carro.

— Ele me pediu dois dias, disse que faria o impossível para me tirar dessa aliança de casamento! — Falo com um sorriso e olho para Letícia.

— Camille, esse homem faz parte da máfia? — Ela me pergunta e nesse momento decido mentir para proteger o Bispo.

— Sim, o conheci durante aquela festa no mês passado e por um acaso o encontrei na Catedral! — Digo e mordo o cantinho da minha boca.

Mesmo me recriminando por mentir, sei que é o melhor a se fazer, tanto para a minha irmã, como para os dois homens que estão na minha frente, assim como para o próprio Bispo.

Vejo minha irmã estreitar os olhos e pela graça divina ela não me enche de perguntas tentando encontrar uma mentira.

— Fabrizio tenta localizar esse homem e diga a ele o que está acontecendo! — Minha irmã pede.

Sorrio agradecida por Letícia estar tentando fazer algo para me ajudar em relação ao Ben, quando o Fabrizio passa o celular dele para mim, olho para o aparelho sem saber o que fazer. Então me dou conta que não conseguirei falar com o Bispo, a não ser que decida falar a verdade.

Algo que não farei...

Não colocarei nenhum deles em perigo, porque sei que meu pai manterá os olhos fixos nos três, na esperança que algum deles dê informações sobre o que possa ter dito durante o percurso para o aeroporto.

— Estamos chegando no aeroporto! — O nosso motorista anuncia.

Respiro fundo e decido entregar o telefone para Fabrizio. Não colocarei Benjamin em risco. Ele é um homem inteligente e tenho certeza que perceberá que se não estou mais na cidade é por que meu pai descobriu tudo e voltamos para Roma.

Fixo o meu olhar para fora do carro e posso ver a via que dá acesso ao aeroporto, começava a sentir o peso de mãos em meu pescoço, como se alguém estivesse me enforcando. As lágrimas se formam e as seco antes que elas escorram pelo meu rosto.

Penitência no AltarOnde histórias criam vida. Descubra agora