Benjamin Scott é o bispo da badalada Catedral de São Patrício, que apenas com trinta e nove anos é cotado para se tornar Cardeal após a morte do antecessor. Mas o que esse servo de Deus não esperava é que durante a cerimônia de um casamento o Diabo...
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Benjamin a viu!
Benjamin Scott
Consigo sair do carro com certa dificuldade, ouço o meu tio murmurando alguma coisa sobre se tivesse voltado para casa, quando o Fritz foi morto pela própria esposa, não seria fraco para bebida.
Quando já estou fora do carro sinto uma tontura, mas me apoio na porta, que estava aberta ainda.
— Vamos subir, tenho certeza que assim que deitar no sofá apagará! — Meu tio diz.
Quando dou um passo a frente percebo que realmente não tenho condições de chegar até a casa paroquial, pelo menos não hoje. Eles perceberão que fiz alguma merda tão grande, que precisei encher a cara para esquecer.
Mas a verdade, é que bebi por estar me sentindo como se minhas mãos estivessem atadas. Algo faz com que meus pensamentos imaginem que aquele homem deve querer alguma coisa dos russos, por isso sentenciou a filha a essa união.
Meu tio se põe ao meu lado e passa o meu braço por seu pescoço e me ajuda a entrar no hotel. E quando olho para a fachada sorrio.
— Minha diabinha está nesse hotel, me leve para o quarto, duzentos e tri-nta e quatro! — Digo e soluço no fim da frase.
— Claro que levarei você até lá! — Sorrio quando ouço o meu tio dizer isso.
— Hum, vou então dormir abraçadinho com ela! — O pensamento de concretizar o sonho que tive ainda pouco faz o meu corpo esquentar pelo desejo de tê-la aos meus braços novamente.
— Benjamin? — Meu tio me chama ao entrarmos no elevador.
— Diga... — Forço os olhos e me apoio nas paredes espelhadas daquela caixa metálica.
— Tem certeza que deseja essa menina, ela é nova e você já está com quase quarenta... — Ele começa a dizer. — Além dela ser nova demais, tirá-la desse casamento com o Oleg fará com que comece uma guerra e alianças sejam cobradas.
O ouço e não me importo com a nossa diferença de idade, mas o fato dele falar sobre guerra entre as diversas casas mafiosas é algo que me deixa preocupado. Eu não tenho nenhum treinamento para essas coisas, a não ser a extrema-unção.
E existe uma que terei o prazer em fazer. Ninguém machuca o que desejo para mim.
— Largo a batina hoje e início o meu treinamento amanhã se for necessário, mas ela não ficará um minuto se quer perto daquele homem que marcou a sua pele. — Mesmo com a voz embargada, consigo ser claro.
— Tudo bem, passarei a semana aqui com você, chamarei os seus primos e iremos pensar em como fazer para tirá-la daqui do hotel! — Sorrio ao ver que Sebastian aceitou me ajudar.
Ouço o sinal sonoro que chegamos ao andar onde ele está hospedado, mas assim que saio vejo estarmos num andar acima. Tento voltar para o elevador, mas sou impedido pelo soldado que estava com o nariz fora do lugar.
