Ninja Furtivo

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O jogo de pega-pega de Jocelyn e Leila virou pega-pega depois de um tempo, as meninas perseguindo uma à outra só para colocar a mão na outra. Era exaustivo, mas incrível, enchendo Jo com uma sensação de euforia — tanto pela adrenalina quanto pelo simples conhecimento de que ela estava brincando com sua prima!

Ela poderia ter gritado. Em vez disso, ela decidiu ocasionalmente derrubar Leila na areia.

Pelo menos, até que a brincadeira foi interrompida por um grito alto e aterrorizado. Assustadas, as duas meninas pararam suas palhaçadas para identificar a causa; Jake já estava correndo na direção do som enquanto Kelly pegava as crianças com gestos frenéticos.

Jo foi atrás de Jake sem pensar, um fio de pânico a estimulando apesar de como seu jogo com Leila tinha começado a cansá-la. Ela não conseguia evitar; aquele grito significava que alguém em sua nova família estava com problemas de alguma forma, e ela usaria muito bem os dons de seu namorado para protegê-los.

Ela logo alcançou Jake. Ele estava agachado, Nari e Safina freneticamente retransmitindo algo em havaiano para ele. Lasalo, Aleki e Tataio estavam de guarda no lado oposto das meninas, parecendo abalados, mas mantendo-se firmes.

“O que está acontecendo?” Jo perguntou, um pouco sem fôlego por causa da corrida.

Leila a alcançou logo depois, ofegando e imediatamente se agarrando ao braço de Jo.

Jake respondeu: “N-não tenho certeza, eles estão indo rápido demais...”

Leila inclinou a cabeça para as meninas, confusa, enquanto começava a traduzir, “Elas viram, hum... kupua?” Ao olhar perplexo de Jo, ela explicou, “Significa, tipo... um tipo de metamorfo ou semideus. Um tipo sobrenatural de herói.”

De imediato, Jo teve uma sensação muito intensa, como se soubesse exatamente o que o "kupua" realmente era.

Ela olhou para as crianças — que finalmente estavam se acalmando, graças a Deus — e se agachou até o nível delas, pressionando: “Isso... kupua, como era? O que você viu?”

As crianças, ela logo descobriu, não estavam na mesma página. Todas as cinco começaram a falar umas sobre as outras em uma confusão de frases parciais mal captadas.

“Era -- era grande, tipo, muito grande--”

“--alto! Como uma árvore--”

“--era um pássaro vermelho brilhante!”

“--pensei que fosse um cróton--”

“--pequeno, mas grande, como uma pedra--”

“--marrom escuro e irregular--”

“--tudo verde e escuro--”

Sim, agora ela tinha certeza de duas coisas: primeiro, todas as crianças viram algo diferente.

Segundo...ela não estava tão sozinha quanto pensava.

Aquele filho da puta sorrateiro, ela pensou, mesmo enquanto dizia em voz alta, "Tenho certeza de que não é nada. Vou dar uma olhada, ok?"

Jake — claramente não acreditando nas crianças — concordou, dizendo: “Boa ideia. Enxote isso. Eu levo as crianças de volta.”

A Dançarina (Raphael Hamato) - | TRADUÇÃO |Onde histórias criam vida. Descubra agora