Ferdinando

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Quando Raphael acordou, foi com o som de metal batendo e pancadas carnudas. Ele acordou sobressaltado, um braço instintivamente agarrando seu amante adormecido contra seu peito enquanto o outro procurava seu sai, pronto para lutar.

“Uau, somos só nós, mano!”

O Mike?

Mais um segundo foi o suficiente para relaxar novamente, percebendo que o barulho era apenas seus irmãos chegando até ele. Donny foi o último a escalar o corrimão, sua aterrissagem um pouco menos barulhenta que a de Mikey e Leo. Raph esfregou os olhos, agarrando-se às suas memórias enquanto lutava contra a letargia.

Isso mesmo – depois que Jocelyn o importunou para cantar para ela, ela se aninhou nele e adormeceu. Ele não conseguiu (e não quis) reunir forças para acordá-la, então ele apenas a abraçou, eventualmente adormecendo, ele mesmo.

Estava amanhecendo agora, o céu se tornando um laranja brilhante a leste. Merda.

Ele se esticou em seu lugar, ainda relutante em acordar Jocelyn, mas sabendo que precisava. Já tinha passado da hora de levá-la de volta para casa; ele apostava que Cecilia iria esfolá-lo e pendurá-lo na parede quando ele chegasse lá.

E ele achou estranho que todos os três irmãos tivessem vindo aqui. Olhando entre eles, ele perguntou: "O que vocês estão fazendo aqui?"

“Você não estava respondendo”, Leo disse a ele.

Isso fez Raph parar. Ele enfiou a mão no cinto para pegar o telefone — quatro chamadas perdidas de Donny. Ótimo, ele tinha esquecido de tirar o som do telefone. Acenando com o telefone, um pouco envergonhado, ele explicou: "Vai vibrar."

E ele deixou seu rádio CB para trás, imaginando que não precisaria dele agora que tinha um telefone. Além disso, era mais fácil carregar o celular do que amarrar o rádio nas costas. Ele preferia não tê-lo — o peso não era muito, mas era o suficiente para derrubá-lo às vezes.

Agora ele notou que Mikey estava olhando para Jocelyn com uma expressão triste e apertada. Ciúmes. Ótimo, agora Raph se sentia mal por ter tirado um cochilo com a namorada.

“Paciência”, ele disse, e Mikey olhou para ele, surpreso. “Você encontrará a sua.”

Mikey desviou o olhar, com o maxilar tenso.

Melhor deixar isso para lá, ele pensou. Concentrando-se em Jocelyn, ele começou a tarefa (demorada) de acordá-la. Ele acariciou seu pescoço e bochecha, chamando, “Jocelyn, acorde... vamos, querida.”

Quando ela não respondeu nada além de dar um grunhido irritado (ele riu disso), ele se moveu para se sentar, forçando-a a se mover. Com as sobrancelhas franzidas, ela empurrou as mãos dele para longe dela, embora ela tenha se sentado–

Apenas para gritar e recuar quando descobriu que o cabelo dela tinha ficado emaranhado em seu plastrão. Ele estremeceu, imediatamente tentando desembaraçar os cachos.

Ela bateu nas mãos dele, dizendo (arrastando as palavras): "P-pare... deixe o mestre cuidar disso..." Ela teve que piscar com força no começo, então seus dedos hábeis começaram a funcionar.

“Desculpe”, ele se desculpou.

“E é sua culpa,” ela respondeu. “É só um dos perigos de ter cabelo cacheado...” Ela fez uma pausa, meio que percebendo que não estava fazendo sentido, então corrigiu, “ Ter cabelo cacheado.”

A Dançarina (Raphael Hamato) - | TRADUÇÃO |Onde histórias criam vida. Descubra agora