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៚ Alice Trindade

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Alice Trindade

Eu não iria para lugar algum. Joguei aquelas palavras apenas para não permitir que ele saísse por cima mais uma vez. Mas o dia chegou muito rápido e, algo no fundo da minha mente insistia que eu deveria ir.

Gabriela já estava se arrumando, ela escolhia uma roupa no closet dela enquanto eu estava deitada em sua cama, mexendo nos meus próprios dedos, pensando e pensando, com medo de tomar uma decisão arriscada e me arrepender.

— Gabi — a chamei, ela respondeu com um "hum?" baixo. Fiz uma breve pausa e então, levantei meu corpo da cama — Me empresta uma roupa para ir ao baile com você?

Os olhos castanhos de Gabriela se arregalaram e me encontraram com pressa. Ela estava tão surpresa quanto eu, porque eu não acreditava que aquela frase tinha acabado de sair da minha boca.

 Ela estava tão surpresa quanto eu, porque eu não acreditava que aquela frase tinha acabado de sair da minha boca

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Isso parecia surreal. Sim, eu tinha acabado de ultrapassar a entrada do baile do complexo, usando um vestido colado e vermelho, não tem decote extravagante, mas é totalmente aberto nas costas.

Era a primeira vez que eu pisava nesse lugar. Sempre ouvi as músicas soando de longe e me incomodava com o barulho, agora estou dentro desse lugar, com a música quase estourando meus tímpanos.

— Vamos para o camarote, amiga — Gabriela falou alto o suficiente para sobressair a voz naquele barulho.

Camarote. Nem sequer sabia que tinha isso aqui.

— Quanto custa? — perguntei.

Gabriela sorriu e segurou a minha mão, me puxando para a escada. Os homens que estavam ali simplesmente deixaram ela passar.

Analisei cada uma das pessoas presentes durante o caminho. Mulheres estavam quase peladas, homens com armas para cima, outras mulheres rebolavam ao som do funk em cima dos traficantes, jesus, esse lugar era assustador.

No Morro do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora