✦ 32!

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៚ Alice Trindade

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Alice Trindade

— É Ballena, talvez goste — Gabriela me entregou o copo com a bebida rosa — Não sei. Me sinto uma má influência! Você quer mesmo isso?

— Anda, me dá logo — bufei, quase arrancando o copo da sua mão.

Nós ainda estávamos no camarote, porém, pegando bebida, longe da mesa. Eu fazia um esforço enorme pra tentar não olhar para trás, bem onde ele estava.

— Tudo bem. Só tenta não saborear muito o gosto, bebe de uma vez — instruiu.

Fiz o que Gabriela disse. Não tenho ideia do tamanho do gole que passou pela minha garganta, mas um queimor surgiu imediatamente. O gosto do álcool é quase amargo, simplesmente não sei explicar. A bebida em si tem um toque bom, mas o ardor é tão forte que sinto vontade de vomitar.

— Meu Deus! — cubro a boca com a mão, impedindo que a bebida volte pelo mesmo lugar que desceu.

— É tão ruim assim? — questionou, nervosa.

Balancei a cabeça negativamente. De fato, não era. Apenas não estava esperando algo tão forte.

Respirei fundo e voltei a beber o resto do líquido que estava no copo. Quando me dei conta, já havia tomado tudo.

— Beleza, enche mais — a devolvi o copo, esperando que fizesse isso. Gabriela não conseguiu conter o ânimo.

Não voltamos para a mesa. Gabriela me levou lá para baixo, onde todos dançavam. A batida do funk de repente deixou de ser tão insuportável e um ânimo incomum se espalhou pelo meu corpo. Quente e impulsivo, que me fazia querer me movimentar.

A batida parecia ecoar dentro de mim, cada grave pulsando no mesmo ritmo do meu coração. Gabriela já estava mexendo o corpo de forma solta, como se estivesse em casa, e aos poucos eu a acompanhei.

Os sons, as luzes, o calor — tudo parecia me envolver, me puxando para aquela atmosfera de intensidade que eu sempre quis evitar, mas que agora parecia irresistível.

Por um instante, me perdi ali. Esqueci de tudo e me deixei levar pela sensação de liberdade, pela dança, pelo fluxo do momento. Gabriela riu e me puxou para mais perto, girando e levantando os braços. Eu ri junto, sentindo o efeito da bebida tornar tudo mais leve, as preocupações se dissipando por um momento.

— Tá vendo? Não é tão ruim, né? — Ela gritou, me fazendo rir ainda mais.

— Pois é! — respondi, sem acreditar no quanto eu realmente estava gostando.

No Morro do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora