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៚ Alice Trindade

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Alice Trindade

No dia seguinte, assim que passei pela entrada, Gabriela levantou do banquinho que ficava no pátio e veio correndo até mim.

— Ei! Vai me explicar o porquê de nada de shopping?

— Dois motivos — falei, enquanto continuávamos andando no corredor em direção a nossa sala de aula — Primeiro, minha mãe provavelmente não vai permitir. Em segundo lugar, eu nem gosto de shopping.

— Como assim não gosta? Todo mundo gosta de shopping!

Balancei a cabeça negativamente.

— É um ambiente pesado e cheio.

— Mas quanto a sua mãe, você não se incomoda com ela ser tão controladora?

— Nunca foi um problema — fui sincera — E é melhor não começar a tentar rebater isso nessa altura do campeonato.

Gabriela se calou, sei que provavelmente ela discorda completamente de mim, mas não há o que fazer.

A nossa conversa cessou quando entramos na sala de aula. A primeira aula era a de biologia, a professora chegou poucos minutos depois e chamou por ordem de chamada para entregarmos nossos trabalhos. Meu nome era o primeiro, assim que ela me chamou, eu e Gabriela levantamos para levar.

A professora passou os olhos pelas páginas do trabalho de forma superficial, apenas analisando se tudo estava como ela pediu, se seguimos os tópicos e não fugimos do assunto. Quando terminou, sorriu para nós duas.

— Aparentemente está excelente, meninas. Me garantem que as duas participaram igualmente?

— Sim! As duas — afirmei com convicção, ela pareceu gostar da minha resposta.

— Muito bem. Darei a nota completa para as duas — ela anunciou e Gabriela comemorou me abraçando.

O resto da manhã se arrastou de forma bem lenta, mas quando finalmente largamos. Fiz meu trajeto de volta pra casa. Dessa vez a rotina tinha mudado, hoje o Murilo não vai na aula porque a professora dele está doente, então preparei pipoca pra nós dois e ficamos na sala assistindo a um filme de super-herói.

Quando uma batida na porta soou, passei o olho no relatório, ainda eram quatro e sete da tarde, a mãe não chegaria agora. Pausei o filme e fui até lá, quando abri, era a Gabriela cheia de sacolas de compras.

— Oi amiga! Você não quis ir ao shopping então eu trouxe ele até você.

Eu reconhecia as marcas daquelas sacolas, eram coisas de marcas caras. Quase surtei ao ver isso, eu prefiro ir em lojinhas baratas para comprar minhas roupas, no centrinho ou no bazar. Era loucura demais gastar tanto só pra vestir uma roupa que tem um nome famoso.

No Morro do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora