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៚ Alice Trindade

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Alice Trindade

Passei a noite conversando com Gabriela. Ela também precisava de mim nesse dia, e juntas, conseguimos dar boas risadas. Fizemos pipoca doce e assistimos um filme de comédia romântica, quando a madrugada chegou e o sono veio junto, nos despedimos.

No meu quarto, tomei um banho quente e vesti o meu pijama, dessa vez era do bob esponja e patrick. Sim, minhas roupas de dormir eram ridículas, mas eu criei apego por cada uma delas.

Pronta para dormir, abri o meu edredom. Mas duas batidas na porta do quarto me fizeram dar meia-volta para abrir.

— Gabriela, não me diga que vai querer dormir comigo e... — quando abri a porta, interrompi minha própria frase. Não era a Gabriela, era o Gv.

— Esqueci de te entregar mais cedo — Gv estendeu a mão que segurava um tipo de envelope — É teu pagamento.

— Certo, obrigada — peguei da mão dele, sem enrolação — Achei que estivesse no seu compromisso hoje.

Gv não respondeu, mas não foi embora. Nós nós encaramos pelo que parece uma eternidade, e então, de repente, ele suspirou.

O ambiente gélido e escuro me arrepiava por inteira. A única coisa que possibilitava a minha visão do seu corpo inteiro era a iluminação dos postes de luz que atravessavam o vidro da janela. Gv estava molhado, como se tivesse acabado de sair do banho, seu cabelo chegava a pingar. Eu juro que poderia ver os pingos escorrendo pelo seu corpo e sumindo na sua entradinha abaixo do abdômen, que estava coberto apenas com uma toalha branca. O clima estava tenso entre nós dois e eu estava reunindo todas as minhas forças para não olhar pra baixo.

O meu foco excessivo em seus olhos deve ter despertado uma desconfiança em Gv. Mas afinal, que tipo de idiota bate na porta do quarto de outra pessoa no meio da madrugada, molhado e quase sem roupa?

— Me responde uma coisa — sua voz soou de repente, baixa e rouca como costumava ser. Não o respondi, então ele tomou liberdade para continuar — Já beijou ele?

— Por quê? — rebati rápido.

— Beijou?

— Por que isso te importa?

O suspiro que saiu dos lábios dele foi de impaciência.

— Beijou? — novamente.

Tá legal.

— Você tem algum problema? Caramba, sério — eu dei uma risada entrecortada, exalando toda minha confusão com sua personalidade extremamente enigmática.

No Morro do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora