𝟬𝟭. livre & triste

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🎖️ CAPÍTULO UM:
"não me aponte o dedo,
só eu sei do meu valor."

São Paulo, Brasil

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São Paulo, Brasil.

AMORA SEMPRE SE forçou a acreditar que deveria fazer tudo certo. Com um tempo, deixou de se "forçar" a acreditar, até realmente acreditar. Não é atoa, que subiu de patente rapidamente, mesmo sendo um caminho com muitos buracos e pensamentos como "vou desistir". Mas, uma militar não desiste, ninguém desiste. E Amora ia provar que merece todo o reconhecimento que não recebeu de sua mãe e família, como provou se mostrando forte o suficiente para sobreviver a essa caminhada carregada de traumas.

Havia se passado meses em que voltou para São Paulo, após passar alguns meses em Goiás, trabalhando em um dos batalhões de operações especiais da grande cidade.

Sua cabeça estava a mil, seu coração acelerado e ela se perguntava quando o medo de andar na rua iria passar. Quando se entra pra carreira militar, você descobre uma coisa, a qualquer hora, você vai estar na mira de um fuzil. Foi quando ela aprendeu que se deve valorizar cada segundo da sua vida. Mesmo não conseguindo.

Ela foi convidada por uma colega de trabalho a ir em uma batalha de rima, aparentemente se chamava Batalha da Aldeia. Nome patético em sua visão, mas o seu próprio nome era patético.

É o que se ganha quando sua mãe é louca.

Amora se aproximou da multidão, se sentindo deslocada. Ela tentou se vestir como todos ali, mas, sua calça branca colada no corpo e o top tomara que caia rosa não ajudou no seu look, ainda mais com suas joias douradas.

— Ei, tava te procurando! — Sophia, sua colega de trabalha estava ali ao seu lado, suas roupas sendo bem destintas da dela.

— Mulher, acho que vou embora, eu não sirvo pra isso não. — Murmurou, ouvindo gritos por todo o lado, parecia até mesmo que estava em uma missão.

— Para com isso, bora ali pra perto do meu tio. — Pediu, e a guiou no meio da multidão em direção ao palco.

Amora engoliu em seco, ela realmente não estava querendo estar ali. Mas Sophia é tão legal, e se prometeu fazer e conhecer coisas novas.

— Tio Bob! Essa é a minha amiga lá, que me salvou, Amora! — Gritou para o mais velho, Serafim sorriu para o homem e acenou.

O tal homem de roupas diferentes foi até lá e abraçou cada uma. Bom, até que não tá sendo tão ruim, pensou Amora.

— Um prazer conhecer você, minha sobrinha fala muito da senhora! Fico feliz que tenha vindo conhecer meu trabalho. — Cumprimentou animado, e a garota permaneceu com um sorriso grande no rosto.

𝐂𝐎𝐁𝐄𝐑𝐓𝐎𝐑 - 𝗮𝗽𝗼𝗹𝗹𝗼 𝗺𝗰. Onde histórias criam vida. Descubra agora