AMORA SERAFIM, a filha do meio de cinco irmãos. Amora sempre foi a quietinha, engraçada, risonha, mas que nunca recebeu a devida atenção, nem mesmo para ser escutada em relação aos seus sonhos. Então, surpreendeu todos quando decidiu ingressar em um...
🎌 CAPÍTULO TREZE: "minha princesa, vem ser minha."
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SÃO PAULO, BRASIL.
AMORA HAVIA COMEÇADO o dia preguiçosamente, se levantou, se arrumou para o trabalho e quando chegou foi direcionada para o centro psiquiátrico, onde ela deu por encerrado seu dia.
A mulher sabia que seu mental estava uma grande bagunça, mas, ter a confirmação foi um grande choque para ela. Seus pensamentos estavam desordenados enquanto andava a pé até a sua casa, o seu prontuário já tendo sido entregue e seu afastamento postado no boletim. Uma cópia estava em suas mãos, o dia de seu aniversário estando marcado no local de por a data.
Seu coração estava acelerado e pesado, sua ficha ainda não caindo.
"— Você deve apresentar essa ficha para o coronel, seu afastamento deve se iniciar hoje. — Disse a psicóloga, a entregando uma ficha grande.
Ela franziu o cenho, tentando ler mas não tendo nem mesmo cabeça para aquilo.
— O que eu tenho, doutora? É muito sério? — Perguntou, seu semblante evidenciando sua preocupação.
— Você foi diagnosticada com síndrome do pânico, e uma possível síndrome de burnout. Os remédios já foram prescritos para você, só deve voltar ao trabalho quando apresentar melhorias nas próximas sessões."
Amora estava atordoada, não entendendo como havia chegado naquele ponto. Estava tão perdida em seus pensamentos que nem mesmo notou que já estava na frente de seu prédio, a moto de Apollo estacionada em frente ao mesmo.
Ela entrou relutantemente no prédio, subiu as escadas demoradamente e abriu a porta de seu apartamento devagar, adiando as possíveis menções em relação ao seu aniversário e a consulta.
Rogério estava saindo do quarto, vestindo a mesma roupa da noite anterior, ele rodava a chave de sua moto no dedo e tinha uma feição despreocupada, mas isso mudou quando encontrou a militar parada com um olhar opaco.
— Amora? — Chamou o homem, confuso.
A mulher olhou para ele.
— Eu, olha só. — Entregou o papel para ele, não conseguindo colocar em palavras o que estava sentindo e nem mesmo o que havia acontecido.
O japonês lia tudo rapidamente, se assustando ao ver o prontuário longo de mulher, e ficando preocupado ao notar o pedido de afastamento por danos psicológicos. O homem largou o papel e a puxou para um abraço, sentindo o aperto dela envolta de si.
