AMORA SERAFIM, a filha do meio de cinco irmãos. Amora sempre foi a quietinha, engraçada, risonha, mas que nunca recebeu a devida atenção, nem mesmo para ser escutada em relação aos seus sonhos. Então, surpreendeu todos quando decidiu ingressar em um...
🎌 CAPÍTULO DOZE: "seu olhar me intimida, seu cheiro, seu jeito simpático."
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SÃO PAULO, BRASIL.
APOLLO SE SENTOU na beirada da cama, passou as mãos pelos seus cabelos e os bagunçou, soltou um suspiro irritada e sentiu alguém passar as mãos pelos seus ombros, alguém entrava no meio de suas pernas e o dava um beijo casto no topo da sua cabeça.
— Você tá bem? — Perguntou Amora, colocando a mão no seu queixo e o erguendo para cima, afim de encontrar seus olhos.
— Tô. — Resmungou, tentando se esquivar do assunto.
Hoje havia sido um dia tenebroso para o homem, ele queria somente deitar e esquecer de tudo, mas, quem estava na frente dele era a mulher mais linda do mundo, seria um pecado não contar nada.
Mas, estava com um pé atrás. A última discussão foi esclarecedora, no entanto, Rogério se sentia numa grande neblina, não entendendo boa parte do porquê das suas ações em relação à ela, nunca foi de brigar, muito menos por mulher, mas de repente, aquilo se tornou tão frequente que é algo que já faz parte de si, assim como Amora, que frequentava a casa dele quase todos os dias, e quando ela não estava lá, ele estava na casa dela, aquela relação já era parte da sua vida, e pra ele era muito mais que uma ficada boba.
— Certeza? — Riu Amora, sentindo ele apertar sua cintura.
— Ai cara, lembra daquela batalha que eu te falei? — Perguntou Apollo, escolhendo se abrir.
E Amora não demonstrou, mas ficou feliz com aquilo.
— Aquela do aniversário? — O homem assentiu. — Sei, continua.
Ele piscou e olhou para cima.
— Eu to nervoso, queria ganhar mas tô com medo, queria ter pelo menos garantia de que iria conseguir, mas, eu posso não tá num dia bom, não sei, eu só, só queria vencer, sabe? Posso já ter uma batalha dessa, mas, ai... você me entende né? — Murmurou Rogério, sentindo um cafuné gostoso em sua cabeça.
— Sei sim, você não tá errado de sentir isso, só não se entregue a isso. Você é muito mais que qualquer "mas", que qualquer sentimento ruim que esteja sentindo, confie em você mesmo, vai dar tudo certo, e se não der, segue em frente, a vida não para por um erro seu, sem contar que vai ter outras oportunidades. — Aconselhou a mais velha, vendo ele a escutar pacientemente enquanto observava cada pequeno milímetro do seu rosto.
Apollo não disse nada, somente a abraçou forte e a jogou na cama, a mulher riu enquanto sentia ele beijar seu rosto inteiro, ela se debatia para que ele saísse de cima dela já que o ato fazia cócegas nela, mas o garoto não saiu e permaneceu ali, até calar a risada dela com um selinho demorado.
