Harry saiu da enfermaria e passou em seu quarto deixando tudo pronto para o outro dia, sabia que tinha de ser perfeito. O emprego poderia ser horrível mas ele precisava sair dali o quanto antes. Quando finalizou suas papeladas entrou no chuveiro para se limpar, estava exausto, mentalmente cansado, só queria chorar e então assim fez.
Ficou uns bons 20 minutos embaixo do chuveiro se acalmando, quando conseguiu controlar suas emoções se vestiu e foi ao refeitório comer.
-Harry, sua mãe está te chamando lá na sala dela, ela pediu pra avisar. - Um dos funcionários que recém tinham chego no refeitório avisou Harry.
-Ah, obrigado. Já vou lá. - Era a última coisa que Harry queria agora, falar com sua mãe.
Levantou seu corpo que parecia pesar cem quilos a mais e despejou o resto de sua comida no lixo, largando a bandeja no local indicado e seguindo para o sucursal do inferno que era a sala da mãe dele.
Três batidas na porta.
-Entra.- Anne falou lá de dentro, arrancando um suspiro pesado do cacheado.
-Oi mãe, me avisaram que você chamou.
-Senta Harry, tenho umas perguntas pra fazer pra você. - Harry se sentou na cadeira já esperando vir a bomba que sua mãe tinha pra falar. - Você fez seu TCC baseado no caso do Louis não fez? Eu queria saber quais foram suas conclusões.
-Olha mãe, diferentes das do advogado dele da época. Mas porque?
-O amigo dele, Niall, entrou em contato com o hospital, disse que queria um laudo médico do psicólogo dele daqui para entrar na justiça. Achei que você deveria estar metido nisso.
-Mãe, todos tem esse direito, você sabe disso. Porque acha que eu estou metido nisso? E também se eu tivesse, qual seria o problema? Quer manter uma pessoa sem necessidade aqui?
-Harry querido, isso não é só sobre as pessoas que estão aqui e sim sobre todos que perderam alguém por causa dele e também pela verba que o governo manda por ele estar aqui, precisamos desse dinheiro. - Harry ficou chocado.
Sua mãe acabará de falar que só mantem ele aqui por causa do dinheiro que o governo manda, Harry começou a se levantar para sair da sala, sua cabeça rodava quando virou para trás e perguntou.
-Quantas pessoas você só mantém aqui por causa do dinheiro?
-Harry, isso é política, você deveria saber que cada cabeça aqui vale mais de 5 mil por mês, esses que a mídia dá mais ênfase valem mais.
Harry vomitou. Sua cara de nojo para sua mãe era o suficiente para ela confirmar o que suspeitava, que Harry realmente estava metido nisso.
-Olha Harry, você é meu filho e tudo mais, mas se mantenha longe do meu caminho aqui dentro. Você ainda não é ninguém então se contenha ao seu papel aqui e não se intrometa.
-Você é pior do que eu pensava, sinceramente.- Harry apenas deu as costas para sua mãe e foi ao seu quarto.
Como já havia jantado apenas deitou e se aconchegou nas suas cobertas e chorou novamente. Precisava passar em qualquer que fosse a entrevista, precisava sair dali e tirar Louis também. Estava exausto mas algo reconfortava seu coração, Niall está indo atrás das coisas para tirar o mais baixo daquele lugar. Harry pegou no sono.
Na manha seguinte Harry acordou duas horas antes da entrevista para se arrumar, lavou os cabelos pois eles haviam perdido a definição e se recusava a ir em qualquer lugar desse jeito, vestiu sua melhor roupa, pegou seus documentos e saiu sem que ninguém o visse. Entrou no carro, passou o cinto de segurança e ligou o carro, quando estava saindo do estacionamento viu sua mãe o observando de dentro do hospital mas já não ligava para isso, não existia a necessidade de se importar com alguém como ela então apenas seguiu seu caminho de cabeça limpa e tranquila com apenas um objetivo em mente, conquistar o que desejava,
Chegando no local da entrevista se apresentou e foi direcionado a uma sala de espera do que parecia ser um consultório particular, havia poltronas da cor creme e o ambiente era todo iluminado, tinham algumas revistas penduradas próximo a parede mas estavam intocadas, ninguém mais lia isso hoje em dia. Toda a mobília era clara -para passar um ar mais limpo e de confiança aos clientes, eles precisavam se sentir bem para falar. Harry estava nervoso e gostava de observar as coisas quando estava assim, pelo seus anos de experiência no hospital, pelo menos três das pessoas na sala eram pacientes e os outro cinco eram concorrentes, Harry os avaliou um por um, se achou melhor que todos porém não se deve julgar alguém pela capa então preferiu apenas contar com a sorte.
Saiu de dentro do consultório dois um rapaz de terno vermelho e gravata preta, era muito bonito e arrumado, tinha cheiro amadeirado e passava uma energia confiante, ele cumprimentou a todos que estavam na sala e se retirou, logo fazendo-se perceber ser mais um integrante da entrevista. Logo o próximo foi chamado e então o outro até que foi a vez do cacheado.
-Olá, bom dia.- Disse Harry cumprimentando os entrevistadores e se sentando no local indicado.
-Olá, como vai? Gostaria que se apresentasse por gentileza.
-M e chamo Harry Styles, tenho 26 anos, acabei de me formar como psicólogo mas possuo experiencia na área de cuidados com pessoas mentalmente instáveis. Sou filho da dona do hospital psiquiátrico da cidade, trabalho lá desde os 14 então aprendi muitas coisas la e foi o que me incentivou a iniciar a psicologia.
-Ah sim, bacana. E você ja clinicou alguma vez?
-Não, apenas nos estágios. Tive a oportunidade de realizar meu tcc com um paciente da instituição e foi o mais próximo de clinicar que estive mas possuo muita vontade de começar o quanto antes para desenvolver minhas habilidades profissionais e pessoais também.
-E quais seriam suas vontades pessoais de crescimento? - Nessa hora Harry deu uma travada pois sabia que não podia comentar de Louis, era antiético e antiprofissional.
-Bom, eu quero me aperfeiçoar em algumas áreas e abrir meu próprio consultório daqui alguns anos. Ajudar aqueles que foram julgados de forma errada e mandados para locais como o que minha mãe gerencia.
-Então você gostaria de seguir a área de forense, isso?
-Acredito no meu potencial para isso, então sim.
E assim seguiu mais uma serie de perguntas que foram de fácil resposta para o maior, logo sendo informado que se aprovado eles entrariam em contato pelo numero deixado no currículo, Harry agradeceu e se despediu. Antes de ir para sua "casa" passou em uma panificadora e comprou alguns doces para Louis, tentaria falar com ele novamente hoje.
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Suicidal Love
FanficLouis sofre uma vida inteira de injustiças e decide se vingar, considerado incapaz pelo júri e então mandado para o hospital psiquiátrico em que Harry, futuro psicólogo, trabalha para passar o resto da vida.