Capítulo 32

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Bella

Rui não me disse muito na verdade ele apenas confirmou tudo o que eu já suspeitava. A família dele é poderosa e perigosa e agora essa certeza pesa ainda mais. Cada palavra dele parecia validar o que eu já sabia mas também intensificava o medo e a incerteza que sentia. Eu pensava em tudo que tinha ouvido e o que isso significava para mim e para nosso futuro.

Entramos no chalé Rui ligou as luzes revelando um ambiente acolhedor e cuidadosamente decorado. O interior estava cheio de charme e conforto uma atmosfera reconfortante em contraste com a tensão do momento. O espaço era bem iluminado com móveis confortáveis e um toque rústico que parecia me convidar a relaxar.

Rui começou a me mostrar os cômodos e eu o segui tentando absorver o ambiente ao meu redor. Passamos pela sala de estar com uma grande lareira e sofás macios e depois pela biblioteca que tinha estantes cheias de livros. Ele parecia querer que eu me sentisse em casa mesmo que a situação fosse tudo, menos comum.

Finalmente chegamos à cozinha. Era um espaço grande com uma bancada de mármore e armários de madeira clara. Rui olhou para mim com um sorriso leve.

    -Quer comer alguma coisa?
Ele perguntou sua voz mostrando um tom de preocupação.

    -Sim quero que você faça um arroz. Uma janta bem feita.
Respondi brincando com o sorriso rosto

Rui riu, e eu não pude deixar de rir também. A leveza do momento era um contraste bem-vindo com a tensão que eu estava sentindo.

    -Se você quiser eu posso fazer isso. Estou à disposição.
Ele disse aproximando-se de mim e colocando as mãos em minha cintura.
  
-Eu não. Não quero comer comida queimada.
Eu brinquei olhando-o com um sorriso.
  
-E quem disse que eu não sei cozinhar?
Ele provocou com um olhar desafiador. Levantei uma sobrancelha curiosa.

    -Eu sei cozinhar só não preciso cozinhar.
Ele respondeu com um toque de humor na voz.

-Então quer cozinhar agora para que? Me impressionar é?
Perguntei e ele concordou com a cabeça e me deu um selinho.

-Então tudo bem eu topo um lanchinho mas vou ajudar.
Eu disse tentando mudar um pouco o clima. A ideia de cozinhar algo leve parecia uma coisa boa maneira de aliviar o estresse.

Rui concordou com a cabeça e começou a abrir os armários e a geladeira pegando ingredientes frescos e saudáveis. Eu o segui ajudando a escolher alguns vegetais e pães integrais. Rui começou a cortar os vegetais com uma habilidade impressionante enquanto eu organizava os ingredientes na bancada.

- Você sabe cozinhar bem.
Eu comentei observando-o em ação ele não me perdeu tempo e lançou uma piscadinha pra mim mexi no meu cabelo Rui cozinhando nem nos meus sonhos e pensamentos imaginaria que o Rui cozinha e que fica um gostoso cortando legumes.

Enquanto trabalhávamos juntos na cozinha havia uma energia palpável entre nós. Rui estava próximo o suficiente para que eu sentisse a sua presença a cada movimento. Cada vez que ele se curvava sobre a bancada eu sentia uma corrente elétrica passar entre nós. Era como se o ato de cozinhar se transformasse em uma dança sensual.

Eu comecei a preparar a mesa tentando encontrar formas de provocar Rui. Passei as mãos de forma deliberada e lenta sobre a bancada balançando o quadril um pouco mais do que o necessário enquanto preparava o pão.

Você Não Ama Ninguém - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora