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Quinta-feira
Aula de poções

Os alunos da Grifinória e Sonserina já estavam na metade da aula dupla de poções, quando Draco entrou cheio de arrogância na masmorra, o braço na tipóia. Na mesma hora Ártemis e Harry se olharam com o mesmo pensamento. Na opinião deles, Draco estava agindo como se fosse o sobrevivente heróico de uma terrível batalha. Ártemis havia aceitado a bandeira branca de Malfoy, mas não deixou de achá-lo um completo idiota.

- Como vai o braço, Draco? - Pansy Parkinson perguntou, fazendo Harry revirar os olhos. - Está doendo muito?

- Está. - respondeu o garoto, fazendo uma careta.

Harry e Ártemis notaram ele piscando para Crabbe e Goyle, quando Parkinson desviou o olhar.

- Ele é um canalha. - Ártemis sussurrou para Harry, que concordou com a cabeça.

- Vá com calma, vá com calma. - disse o professor Snape.

Harry não se conteve em revirar os olhos. Draco sempre conseguia se livrar de qualquer coisa nas aulas de poções.

- Professor - chamou Draco. - vou precisar de ajuda para cortar as raízes de margarida, porque meu braço...

- Weasley, corte as raízes para Malfoy. - disse o professor Snape sem levantar a cabeça.

Rony ficou vermelho como um tomate.

- O seu braço não tem problema nenhum. - sibilou o garoto.

Draco sorriu satisfeito.

- Você escutou o que o professor disse, Weasley. Corte as raízes

Rony pegou a faca, puxou as raízes de Malfoy e começou a cortá-las de qualquer jeito. Os pedaços ficaram cortados de tamanhos diferentes.

- Professor - falou Draco. - Weasley está mutilando as minhas raízes.

Professor Snape se aproximou, olhou as raízes e lhe deu um sorriso desagradável.

- Troque de raízes com Malfoy, Weasley.

- Mas, professor...

Rony passara quinze minutos cortando suas raízes em tamanhos perfeitamente iguais.

- Agora. - disse o professor com uma voz rígida.

Rony entregou as raízes caprichosamente cortadas à Malfoy. Apanhou a faca para corrigir as que iria usar.

- E, professor, vou precisar descascar este pinhão. - Draco disse, a voz expressando riso e malícia.

- Potter, descasque o pinhão de Malfoy. - o professor lançou um olhar de desprezo, que sempre guarda para o garoto.

Harry descascou o pinhão o mais rápido que pôde e atirou-o para Draco, que riu mais satisfeito que nunca.

- Tem visto seu amigo Hagrid últimamente? - perguntou Draco aos três, baixinho.

- Não é da sua conta. - Rony respondeu, carrancudo.

- Acho que ele não continuará professor por muito tempo. - disse Draco, fingindo tristeza. - Meu pai não ficou nada satisfeito com o meu ferimento...

- Continue falando, Draco, e vou lhe fazer um ferimento de verdade. - rosnou Rony.

- ... Ele apresentou queixa aos conselheiros da escola e ao Ministério da Magia. Meu pai tem muita influência, sabe. E um ferimento permanente como esse - ele fingiu um longo suspiro. - quem sabe se o meu braço vai voltar um dia a ser o mesmo?

- Isso tudo era uma encenação, não era? - Ártemis sentiu a raiva passar por seu corpo. - Para fazer com que Hagrid fosse demitido.

- Você não pode estar falando sério. Aquele brutamontes não podia dar aulas. Mas de qualquer forma - ele sorri maldosamente. - Tem seus benefícios também, Grindelwald. Weasley, fatie minhas lagartas para mim.

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