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- É, vocês sabem fazer uma reunião - disse Hazel a Cedric.

- As coisas saíram um pouco do controle...

- Um pouco? - perguntou Alice, olhando o caos na sua frente.

O salão comunal da Lufa-lufa era agradável e acolhedor. O toque natural causava paz e tranquilidade, mas agora estava barulhento e nada tranquilo. O rádio tocava uma música dançante, a luz estava baixa haviam alunos da Sonserina e Corvinal, e até alguns da Grifinória e quase todos dançavam. Alguns alunos conversavam animadamente sobre o jogo. A todo momento parabenizavam Cedric Diggory pela vitória. Todos bebiam e festejavam, pareciam esquecer de todo o medo que sentiam por Sirius Black.

- Não há nada a se fazer, a não ser beber - disse Ártemis, pegando uma garrafa de cerveja amanteigada na mesa ao lado e virando-a de uma vez. Ela descartou a garrafa e pegou outra.

Hazel e Alice concordaram, pegando uma garrafa cada uma.

- Por que milagre, você não trouxe o Draco? - perguntou Hazel, bebendo um gole de sua garrafa em seguida.

- Até tentei, mas ele não quis. Disse que não gosta do pessoal da Lufa-lufa - ela deu de ombros.

- Já era de se imaginar - respondeu Ártemis. - Ele não gosta de ninguém.

- Em particular não gosta dos lufanos. Ele acha que são lerdos demais - disse Alice. Cedric colocou as mãos no peito, fingindo estar ofendido. - Sem ofensas, Ced.

- Cedric! - um garoto loiro o chamou, se aproximando.

- Ernie, o que manda? - respondeu Ceric distraídamente.

- Olha o que tenho aqui - ele levantou uma garrafa de uísque de fogo.

- Caramba, como conseguiu isso?

- Tenho minhas fontes - Cedric riu e negou com a cabeça. - Tome, fique com esta. Justin tem mais quatro dessas!

- Obrigado, mas eu não...

- Então passe para cá - disse Ártemis, pegando a garrafa da mão do menino. - Aliás, Ártemis Grindelwald - disse estendendo a mão para ele.

- Ernesto Macmillan - ele hesitou, porém apertou a mão dela. - Faça bom proveito.

Ernesto sorriu e se afastou, sumindo no meio das pessoas.

- Não sabia que bebia isso - disse Cedric.

- Nem eu - respondeu Ártemis. Ela abriu a garrafa e tomou um gole.

Sentiu sua garganta pegar fogo. E gostou da sensação. Então decidiu virá-la de uma vez. A sensação de queimação era o triplo da primeira.

- Estava com sede, né? - perguntou Alice, rindo.

- Um pouquinho - respondeu Ártemis.

- Você vai ficar com uma ressaca das grandes! - disse Hazel, negando com a cabeça.

- Nada me derruba - disse Ártemis, mandando um beijo para ela.

Ártemis sentiu a tontura bater quase que instantaneamente, sua visão já estava turva.

- Ei, quem é aquela garota? - perguntou Hazel a Diggory.

- Aquela secando Ártemis? Ana Abbot.

- O que? Cadê? Não consigo ver.

Hazel puxou um óculos de sua bolsa e entregou a Ártemis.

- Trouxe isso porque sabia que ia precisar. Parece que você está enxergando bem menos!

Ártemis colocou seus óculos e viu uma garota loira que a encarava

- Vai lá, Artemísia. Aposto que quer te beijar - disse Alice, empurrando o ombro da garota ao seu lado.

- Não é isso. Meu rosto deve estar sujo...

Alice colocou a mão em sua cabeça, negando.

- Para de ser lerda, garota! Não tem nada no seu rosto.

Hazel e Cedric riam enquanto Ártemis e Alice discutiam.

- De onde tirou que ela quer me beijar? Ela não disse nada!

- E nem precisa! Os sinais, Ártemis - ela bateu sua mão na testa. - Os Weasley's deviam ter pintado seu cabelo de loiro

Ártemis olhou para ela com um olhar repreensivo.

- Tenho que concordar com ela, Ártemis. Os sinais - disse Hazel.

- Vocês são malucos, sério. Vou provar que não é nada disso que estão falando.

- Vamos apostar. Se perder, vai fazer o que eu quiser - disse Alice. - Se ganhar, faço o que você quiser.

Ártemis sorriu, levantou sua garrafa e andou até onde Ana Abott estava. Ela conversava com uma garota. Quando se aproximou, a garota que estava a seu lado se afastou, lançando um último risinho para a amiga. Ártemis parou na frente de Ana, com um sorriso.

- Olá. Acho que não nos conhecemos, sou Ártemis Grindelwald - disse, estendendo sua mão para a garota, que rapidamente apertou.

- Ana Abbot.

- Olhe, vou ser direta. Por que está me encarando? Tem algo em meu rosto?

Ana Abbot de repente ficou vermelha. Ártemis tombou sua cabeça para ao lado esperando uma resposta

- Ah, eu... só estava... sabe... - disse Ana, desviando o olhar para o chão.

- Na verdade, não sei - Ártemis riu levemente. Ana Abbot a acompanhou, meio sem jeito. - Tudo bem, diga-me.

A garota respirou fundo e mirou os olhos de Ártemis.

- Você está bonita hoje. Assim como todos os dias, sinceramente - disse tudo de uma vez, ainda vermelha.

Ártemis sorriu e negou com a cabeça. Olhou para onde seus amigos estavam. Cedric estava no canto da sala, conversando com uns amigos. Alice e Hazel conversavam com Fred e George, que acabaram de chegar.

-Ok. Mais direta impossível. Quer sair daqui?

Ana Abbot a encarava com se aquilo fosse algo chocante, o que fez Ártemis rir.

- O que isso significa?

- C-claro... quero dizer, claro!

Ártemis pegou em sua mão e a guiou para o corredor dos dormitórios, a colocando na parede. O som da música no corredor estava abafado. Suas mãos estavam uma de cada lado da cabeça da cabeça dela. A Grindelwald não ficou muito tempo olhando nos olhos de Ana Abbot. Rápidamente beijou os lábios dela, só parando quando a falta de ar se fez presente.

- Era isso que queria? - perguntou Ártemis.

- É...

- Perdi uma aposta - disse Ártemis, rindo.

Ártemis se afastou, ia sair do corredor quando Ana tocou em seu ombro.

- Aonde você vai? - perguntou. Seus olhos cintilavam com a luz que entrava pela janela.

- Eu estava indo...

- Não vá - Ana Abbot respondeu e a puxou para outro beijo.

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WICKED GAME | HERMIONE GRANGEROnde histórias criam vida. Descubra agora