Capítulo 6

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POV - Lauren Jauregui

Sou uma cética por natureza, então sempre que ouço uma pessoa dizer que não sabe como as coisas se desenrolaram em uma determinada noite, seja por uma bebedeira mal calculada ou por fazer sexo com alguém que não havia planejado, penso: okay, continue dando essa desculpa para si mesmo.

Hoje, essa é a exata sensação que estou experimentando.

Não consigo definir uma linha do tempo do momento em que estávamos na boate que mandei que abrissem especialmente para ela, até chegarmos aqui.

Em uma espécie de coreografia sem música, de pé, na suíte presidencial que estou ocupando, nossos corpos estão conectados como se tivéssemos feito isso desde sempre. Respirações e batimentos cardíacos em sintonia.

Quente, doce, macia.

Receptiva e um tanto selvagem.

Tudo nela evoca meus instintos.

É como se olfato, olhos, língua e pele não pudessem ter o suficiente da garota linda que caiu de paraquedas em minha noite.

Sua risada ou gemidos não são ensaiados, orquestrados para seduzir, apesar de causarem exatamente esse efeito em mim. Ela não me deixa ter dúvidas de que a atração entre nós é recíproca, mas não está jogando.

Na verdade, a sensação que tenho é exatamente oposta: está experimentando para aprender o quê e o quanto gosta do que estamos vivendo.

Isso me deixa totalmente insana.

As mãos em minha nuca me provocam em uma carícia constante. Os corpos parecem saber exatamente o caminho a seguir, cada toque natural.

Afasto a alça fina do vestido e investigo com a boca o pedaço de pele exposta, do ombro à curva do pescoço.

Ela estremece.

— Eu preciso de mais um pouco.

— Do quê? — pergunta com um choramingo.

— De você toda. 

Espontaneamente, ela afasta a outra alça. O vestido não expõe os seios, mas oferece uma sombra deles para meu olhar faminto. Meus lábios iniciam um passeio lento pela carne à mostra, alternando língua e dentes. Ela me aperta, as coxas se abrindo para acomodarem minha perna, os quadris circulando em necessidade.

Seguro-a pela bunda, trazendo-a mais para mim, fazendo-a subir e descer pela minha perna. Consigo sentir o calor do seu sexo através do tecido.

— Oh, Deus!

— Pegue o que precisa.

— Eu quero mais de você também — diz.

— Mais quanto? 

Ela não responde e temendo estragar tudo com palavras, sugo seus lábios, deixando-a decidir, porque uma vez que comece, não confio em mim mesma para recuar.

— Hummmmm...

— Gostosa. 

Porra, estou começando a me viciar em seus choramingos de tesão.

— O que você quer? — exijo uma resposta.

Ela aumenta o atrito contra minha coxa, se esfregando sem pudor.

Subo seu vestido e alcanço o pedacinho de pano que cobre seu sexo ansioso, os dedos brincando, mas ainda aceitando a barreira da peça.

Mordo o queixo. É uma persuasão lenta porque quero tomar meu tempo com ela.

CAMREN: Alma de Cowgirl (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora