Epílogo II

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POV - Lauren Jauregui

Três meses depois

É estranho ter a casa silenciosa. 

Camila é tão cheia de vida que quando ela está em qualquer ambiente, parece que o universo inteiro vibra em sua homenagem.

Eu sempre fui uma mulher ambiciosa, mas não no que dizia respeito a relacionamentos, então nunca sonhei com o que nós duas construímos.

Jamais fiz terapia e nem nada, mas se eu pudesse chutar, a forma como impedi que as pessoas se aproximassem emocionalmente de mim, tem a ver com a morte dos meus pais.

Hoje, olhando para trás, vejo que na minha cabeça tão jovem eu encarei a perda deles como se tivessem me abandonado. Não tive tempo de me despedir. Ganhei um beijo da minha mãe e um abraço do meu pai sem saber que seriam os últimos. 

E então, quando eles se foram, eu senti o quanto era perigoso depositar todo nosso amor em alguém. 

Uma aposta muito arriscada.

Quando Camila entrou em meu mundo, desde o primeiro momento, ela me deixou completamente louca.

Aquilo me assustou pra cacete.

Foi como mergulhar em um vício que eu nem vi chegando, para começo de conversa. Bastou uma dose e eu estava perdida.

Assim, eu tentei mantê-la a uma distância segura. Mesmo sabendo que não conseguiria mais deixá-la ir, achei que poderia controlar os sentimentos que ela me despertou, como faço com tudo o mais, porém, agora vejo que isso nunca foi uma opção.

Primeiro porque ela não permitiria. Já no primeiro dia em que veio ficar comigo, ela me colocou em meu devido lugar — aos seus pés —, dizendo que não dormiríamos em quartos separados. E segundo, porque o amor que eu sinto por ela não poderia ser contido. 

Ouço o som do código que destranca a porta e meu pulso acelera enquanto a espero entrar.

Ela está linda e sorridente, mas me olhando em dúvida, sem entender minha presença em casa, já que adiantei a volta da viagem.

— Achei que só a veria amanhã. 

— Eu quis fazer uma surpresa. O que eu posso dizer? Acho que você me viciou em comemorações.

— E o que exatamente estamos comemorando?

Hoje foi seu primeiro dia de aula e eu quis estar em casa quando ela chegasse. 

Também pedi à minha avó que tomasse conta de Dante por algumas horas porque tenho planos para nós duas. Ele já está comendo papinhas e frutas, então acho que ficará tudo bem.

— Sua estreia na vida universitária, garotinha. 

— Garotinha, é? Sou uma respeitável mãe de família. A primeira-dama do Texas, alguns diriam até mesmo que sou a dona do Texas.

Ela corre para mim e eu abro os braços, pegando-a no colo e já subindo as escadas.

— Você é muito debochada, linda.

— Talvez um pouquinho. — Ela ri. — Preciso confessar que se a ideia era me surpreender, você foi bem-sucedida nisso, senhora governadora. Eu estou muito feliz que esteja aqui.

— Como foi seu primeiro dia?

— Incrível! Eu estava sentindo falta de estudar, mas não quero conversar agora. Prefiro aproveitar minha mulher. Onde está Dante?

— Com a bisa dele. Não se preocupe, ele vai ficar bem.

Ela ergue a boca e mordisca minha orelha antes de sussurrar:

— Por que eu acho que você está cheia de maus pensamentos? 

Deito-a na cama e começo a me livrar rapidamente das minhas roupas. 

— Porque eu estou. Pensamentos muito safados que envolvem você suada, gritando meu nome e pedindo por mais.

— Meu Deus do céu! Você sabe como conquistar uma garota, cowgirl!

— Meu Deus do céu! Você sabe como conquistar uma garota, cowgirl!

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Tchau, tchau, pessoal!!!😘

CAMREN: Alma de Cowgirl (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora