Capítulo 12

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Tá... Mais um capítulo hoje.
Vamos!

POV - Camila Cabello

Volcanic Bar - Boston

Dois dias depois


— Hey, está tudo bem?

Mesmo com a cabeça abaixada, percebo que uma preta linda, que eu vi assim que cheguei, caminha até mim. Ela está muito maquiada e pelo robe de seda que veste, sei que deve ter acabado de se apresentar.

Eu pensei que estava escondida, sentada aqui, quase atrás das cortinas, mas deveria ter imaginado que com o meu tamanho, não daria para me manter totalmente oculta.

— Sim — respondo sem olhá-la diretamente.

— Por que tenho a sensação de que você não deveria estar neste lugar?

Ela não se aproxima demais, o que internamente eu agradeço. Não quero que perceba que estou prestes a chorar.

Malditos hormônios!

— Você vai fingir que eu não existo?

Dessa vez eu a encaro. Não há por que ser rude. Ainda assim, não estou nem um pouco a fim de conversar, então dou de ombros.

— Não estou fazendo de propósito. Só gostaria de ficar sozinha.

Ela não se move e não fala mais nada, mas logo quando penso em insistir que não preciso de ajuda, percebo que o gerente do estabelecimento, um homem detestável, está nos observando.

— Olha, eu não quero lhe criar problemas. O chefe está olhando para nós de cara feia.

— Perdeu alguma coisa aqui? — ela fala para o homem mal-encarado, sem se deixar intimidar.

— Vocês vieram para trabalhar e não para ficar de fofoca.

— Eu já fiz minha apresentação e a.... — Ela olha para mim, esperando que eu me apresente.

— Camila.

— Camila ainda tem pelo menos uma hora antes de subir no palco, então caia fora!

— Eu ainda vou abaixar essa sua crista, Normani.

— Você é bem-vindo para tentar.

Quando ele sai, eu me levanto para evitar que ela se meta em confusão por minha causa.

— Aonde você vai?

— Eu tenho que começar a me arrumar. Não sou boa com maquiagem. Acho que demorarei bastante para conseguir fazer algo decente.

— Volte aqui.

Ela não é muito delicada para falar, mas eu também não, então não fico chateada.

Não quero que uma estranha me veja chorar, mas seria muita grosseria da minha parte ignorá-la, então, mesmo sem qualquer vontade de interagir, vou até onde está.

— O que há de errado?

Puxo algumas respirações para me acalmar antes de responder.

— Nada — minto.

— Claro que alguma coisa não está bem. — Ela faz um gesto para trás de si, apontando o palco. — Você quer fazer isso?

— O quê?

— Dançar nua.

— Por que está me perguntando?

— Porque eu apostaria alto que está louca para sair correndo.

CAMREN: Alma de Cowgirl (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora