Capítulo 28

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Bem... Talvez este seja o último de hoje.
Apreciem!

POV - Camila Cabello

Horas mais tarde

— Você não deveria andar sozinha pelo campo. Há cobras venenosas e também escorpiões.

— Que susto! — grito com a mão no peito.

Quando olho para trás, há um homem com um chapéu de cowboy me encarando com um olhar inamistoso.

Eu aproveitei que todos estavam conversando após o almoço e saí para dar uma volta.

Lauren estava em uma chamada de vídeo, então só deixei um recado com Sofia de que andaria ao redor da casa.

— Suas roupas não são adequadas para caminhar nesse sol — fala, apontando para minhas pernas nuas. — Sua noiva sabe que está aqui?

Analiso o cara parado a poucos passos, tentando entender por que ele está sendo tão grosseiro comigo. 

Ele tem a pele bronzeada do sol e me pergunto se é um funcionário, mas quando chego mais perto, sei que estou falando com um Jauregui. A arrogância em sua postura não deixa a menor dúvida.

Como já conheci Chris —, ele só pode ser o misterioso Justin.

Tentando diminuir o clima desconfortável, dou um passo para mais perto. 

— Prazer, meu nome é Camila Cabello — falo, oferecendo a mão em cumprimento.

Ele a olha, mas não me toca.

— Eu sei quem você é e se quer um conselho, não chegue tão perto de mim. Isso talvez custe seu relacionamento — diz, já se afastando.

Sua voz, apesar da ironia, trai amargura e agora mesmo que não estou entendendo nada.

— Por que você está sendo tão rude? O que eu lhe fiz?

— Nada, Camila Cabello.

Só agora noto que há um cavalo amarrado em uma cerca. Olho em volta e não consigo ver a casa.

Deus, eu me afastei tanto assim?

Ignorando a frieza do homem, pergunto:

— Poderia me dizer como volto à casa?

Ele já está montado em seu cavalo e começo a entrar em pânico, pensando se vai me deixar sozinha. 

Não sei se porque fiquei presa ao que ele disse sobre minhas roupas, mas, de repente, o sol começa a ficar mais forte, queimando minha pele nua dos braços e pernas. Eu me sinto tonta.

— O que você tem?

Eu me dobro ao meio, tentando colocar a cabeça entre os joelhos e puxar respirações. 

— Estou grávida. Às vezes minha pressão arterial enlouquece.

— Droga! — Apesar da agressividade com que solta a palavra, ele já está desmontando. 

Dou dois passos para trás, chocada e sem saber agora se posso confiar nele.

— Eu não sou um monstro. — Mesmo com medo, lembro que aquela frase é algo muito parecido com o que Lauren me disse há um tempo, em minha casa.

E o que me vem à cabeça é que tanto minha noiva quanto o primo, têm um péssimo conceito de si mesmos.

Já passei da fase do orgulho. Se ele não me ajudar, não acredito que conseguirei achar o caminho de casa sozinha.

CAMREN: Alma de Cowgirl (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora