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Lucille estava indo de volta para casa.
Draco já estava na casa dela — mas ela saiu para jantar porque sabia que Cedric não iria cozinhar nada para ela. Já fazia pelo menos uma semana desde que ela e Draco estiveram juntos, e ele foi o único a cuidar dela.
Cedric agiu como se não se importasse com Lucille.
E isso fez seu coração doer. Ela sentiu como se tivesse feito algo errado — ele sempre estava tão envolvido com Cho. É como se Lucille nem se importasse mais com ele e se ele a notasse ele revirava os olhos. E isso a estava afetando de uma forma que ela pensava nunca ter sido afetada.
Porque agora, tudo o que realmente tinha era Draco.
Seus pais abandonaram ela e Cedrico, então ela já os havia perdido... mas não, sentia que estava perdendo seu irmão também.
De qualquer forma, ela deslizou até a porta, abrindo-a com um saco de HogsMeade na mão. E como sempre. Cedric estava abraçado com Cho naquele momento no sofá, nem mesmo se importando que ela havia chegado.
Até que ele viu a sacola na mão dela.
— Você jantou? — Cedric perguntou casualmente, sua voz a assustando ligeiramente. Draco estava lá em cima esperando por ela e ela queria desesperadamente ir direto para lá.
— Não é para você. — ela murmurou enquanto colocava suas chaves no chão.
A expressão de Cedrico de repente se tornou vil.
— Fale mais alto, puta. Ninguém pode ouvir você quando você está resmungando.
As palavras que ele acabara de dizer a fizeram querer vomitar.
Não era certo ele chamá-la de prostituta — não quando sua contagem de corpos era de apenas dois e a única outra pessoa que a tocou, além de Draco, também a estuprou.
O que Cedric acabara de dizer a ela quase a fez querer se matar naquele segundo. Ele sabia o que ela tinha passado, ele sabia e ainda assim o chamou de prostituta.
Ela se inclinou sobre a lata de lixo e vomitou tudo o que já estava em seu estômago.
A vileza que continuava subindo em sua garganta era quase demais para revelar, era uma sensação dolorosa. Ela tentou se defender e, em vez disso, foi chamada de prostituta.
Ela podia ouvir passos descendo a escada, mas limpou a boca enquanto seus olhos lacrimejavam.
— Cedric, pare... você não está falando sério? — Ela começou a ficar assustada quando ele se levantou do sofá, um suspiro de raiva saindo de seus lábios.
Quando ele se aproximou dela, ela deu vários passos para trás — ela não o conhecia mais. Ela não conhecia mais o próprio irmão com quem foi abandonada.
— Não é como se você fosse comê-lo de qualquer maneira.
Ele zombou dela, pegando a sacola e quando ela olhou pelo canto viu Draco finalmente descendo as escadas. — Você quase não come as refeições que eu preparo-
— Cozinha. — ela corrigiu, esforçando-se ao máximo para segurar suas lágrimas.
— Que porra está acontecendo? —bDraco se aproximou, chamando a atenção de Cedrico e arrastando seu olhar para Lucille, que estava se esforçando tanto para não chorar. — Lucille-
— Você acha que ela é tão perfeita. — Cedrico revirou os olhos, parando no meio de Draco e Lucille. — Você está ciente do passado dela? Você está ciente de como ela deixou alguém estuprá-la?
Lucille franziu os olhos em confusão,
Cedrico sabia que Draco sabia que ela havia sido estuprada. Ele sabia que Draco a havia consolado quando isso aconteceu.
— Você sabia que ela costumava cortar os pulsos? — Cedrie riu. Na verdade, ele riu ao pensar em sua irmã se machucando.
— Isso é o suficiente-
— Ela não come. — Cedric lançou-lhe um olhar de desgosto, que fez uma lágrima escorrer de seus olhos. — Como você suporta o corpo dela? Como você toca nela depois que ela deixa alguém-
Draco não hesitou em golpear o rosto de Cedric com seu punho.
E Lucille soluçou. Ela soluçou porque não era justo — nada do que ele estava dizendo era justo com ela. Ela não deixou Jack estuprá-la. Ela não o deixou violar seu corpo daquele jeito — nunca quis que isso acontecesse. Cedric estava agindo como se ela quisesse ficar presa contra o balcão e não poder se mover enquanto era tocada sem consentimento.
Ela tentou seguir em frente, tentou esquecer e pensar em Draco. Mas como poderia, quando seu próprio irmão tocou no assunto? Como poderia deixar isso passar quando em alguns momentos de sua vida ela ainda sentia o toque dele sobre ela? Seu toque fez sua pele queimar e doer para gozar.
— Pare! Você vai matá-lo! — A voz de Cho tirou Lucille de seu transe soluçante.
E o que ela viu só a fez querer chorar ainda mais. Draco, em cima de Cedrico, com o rosto preto e azul coberto de sangue. Draco o mataria se ele continuasse — então Lucille o puxou.
Ela não queria. a dor que ele causou a ela a fez querer deixar Draco ir e deixá-lo assassinar Cedrico. Mas não podia, tudo o que ela podia fazer era se inclinar na lata de lixo que ela vomitou novamente com as palavras dele.
"Prostituta."
"Ela deixou alguém estuprá-la-."
Lucille soluçou mentalmente.
Como você deixa alguém violar seu corpo?
Os braços de Draco envolveram seu corpo magro, e ela limpou a boca novamente enquanto enterrava o rosto na curva do pescoço dele. Ele a carregou até o quarto dela, sem se importar que Cedric estava deitado no chão da sala, inconsciente.
— Está tudo bem, querida. — Draco a confortou enquanto se sentava na cama dela. — Você não é nada do que ele disse que você era. A maneira como você escolhe lidar com a situação é natural.
Ela continuou a agarrá-lo com mais força.
— E eu não culpo você, Lucille. — Ele gentilmente levantou a cabeça dela de seu ombro. — Você me ouviu? Você está viva e é isso que importa.
O coração dela derreteu completamente com as palavras dele, apesar do fato de ela estar chorando, ela deu a ele um sorriso fraco que ele retribuiu.
— Eu te amo, Lucille.
O que vocês acham que aconteceu com o Cedric para ele estar agindo assim?
Obrigada e boa leitura.
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𝐅𝐎𝐑𝐄𝐏𝐋𝐀𝐘 | Draco Malfoy
Romansa❪𝗗𝗥𝗔𝗖𝗢 𝗙𝗔𝗡𝗙𝗜𝗖❫ - Sério? Esta é a minha assistente? - O Sr. Malfoy reclamou enquanto olhava para a garota na frente dele. - Você poderia ter escolhido qualquer um, exceto a irmã de Diggory. As mulheres na recepção simplesmente olharam para...