WILL GRAYSON III.

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Damon Torrance.
Presente.

— Me ligou? — cumprimentei Will assim que desci do carro. Ele estava encostado na lateral de um muro, segurando uma garrafa de whisky, o capuz do moletom puxado sobre a cabeça, e um semblante fechado que não deixava dúvidas de que algo sério estava por vir.

— É, liguei. — Ele respondeu sem tirar os olhos de algum ponto fixo no horizonte.

— Não atendi, mas Crane me passou o recado. Kai e Michael estão esperando a gente. — Eu avisei, tentando captar alguma pista no tom dele. Havia algo diferente naquela noite.

Will deu um gole na garrafa e depois a baixou, segurando-a ao lado do corpo enquanto seu olhar finalmente encontrou o meu.

— Preciso de um favor seu. — A voz dele saiu firme, e eu me concentrei, sabendo que, quando Will falava assim, era algo sério. — A gente sempre foi favor por favor, né?

Eu mantive o silêncio por alguns segundos, levantando uma sobrancelha. Will não pedia ajuda sem motivo, e algo me dizia que havia mais por trás desse pedido.

— Tem algo a ver com a vadia do ensino médio? — Perguntei, a provocação saindo naturalmente.

— Emory? Não. — Ele balançou a cabeça, sem humor algum.

Eu levantei as sobrancelhas, intrigado. Se não era Emory, então quem ou o que tinha levado Will a esse ponto? Já que eu estava me preparando para me divertir com Winter, talvez ele estivesse finalmente prestes a acertar as contas com o passado.

— E tem a ver com o que, então?

Ele olhou para a garrafa por um momento antes de responder, e então jogou-a de lado, o som do vidro batendo no asfalto ecoando no silêncio da noite.

— Vamos pro carro. Chegar lá você verá. — A voz de Will estava decidida, o que me deixou ainda mais curioso.

Eu o segui até o carro, sentindo a excitação e a curiosidade se misturarem em meu estômago. Seja lá o que fosse, sabia que seria interessante.

— Uiui, Will Grayson. — Debochei, entrando no clima. — Gosto quando você está assim. — Ele me lançou um olhar rápido, mas não disse nada, mantendo o ar misterioso. — Uau!

O silêncio no carro estava carregado, cada segundo se alongava como uma sombra pesada

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O silêncio no carro estava carregado, cada segundo se alongava como uma sombra pesada. Eu tentei puxar conversa, mas a única coisa que recebia de Will eram olhares de canto, o tipo de olhar que eu sabia que não queria dizer nada de bom. E, por mais que eu me achasse imune a qualquer tipo de intimidação, a preocupação começou a surgir.

Will guiava com a cabeça, fazendo gestos sutis na direção que ele queria que eu fosse, e foi só então que me dei conta de onde estávamos indo.

O estúdio da banda de Wemilly.

MY LITTLE PEST || Damon Torrance.Onde histórias criam vida. Descubra agora