MY LITTLE PEST || Damon Torrance.

TRAIÇÃO.

Damon Torrance
Presente...

Eu avancei, meu corpo movido pela adrenalina e pelo ódio que crescia dentro de mim a cada segundo. Eu estava focado em um objetivo: encontrar Wemilly e acabar com quem estivesse no caminho. Foi então que, no meio do pátio, uma figura me chamou atenção.

Erika Fane

Ela estava ali, no meio do pátio, me esperando como se soubesse que eu apareceria. Com aquele sorriso arrogante, o cabelo loiro preso firmemente, o olhar frio como gelo. Me aproximei, cada passo pesado de ódio contido. Eu sabia que ela era perigosa, mas não me importava.

— Sua putinha de merda — eu rosnei e levantou as sobrancelhas como se estivesse me cumprimentando.

Cadela.

— Loirinha, você é monstruosa. — As palavras saíram com desprezo, provocação. Eu queria ver o que ela faria, até onde iria.

Antes que pudesse reagir, Erika avançou. Rápida. Precisa. Meus instintos chutaram tardiamente, e senti o impacto dela no meu tronco. Ela varreu minhas pernas com um movimento perfeito, derrubando-me no chão com uma força que não parecia condizer com o corpo pequeno. O ar foi arrancado dos meus pulmões quando bati com as costas no chão, e a dor se espalhou como fogo.

Ela não parou. Em segundos, estava sobre mim, aplicando um mata-leão tão técnico que eu mal conseguia processar o que estava acontecendo. Suas pernas se apertaram ao redor do meu corpo enquanto seus braços sufocavam o ar da minha garganta. Era como lutar contra uma cobra que sabia exatamente onde apertar.

— Porra, quem te ensinou foi um gênio, — consegui resmungar entre dentes, mesmo com a visão começando a escurecer.

Ela não parou de apertar, mas havia algo no olhar dela, um brilho de diversão cruel, quase como se estivesse se divertindo com o meu desespero. Erika era pequena, mas tinha uma força e técnica que deixavam claro que ela havia treinado para isso.

— Não só me ensinou, como me contou as merdas que vocês estavam fazendo. — A voz dela era um sussurro venenoso, perto do meu ouvido. Havia satisfação no tom, como se ela estivesse saboreando cada palavra.

Minhas sobrancelhas se franziram, meu cérebro tentando processar o que ela estava dizendo. Algo não batia. Que merda era essa?

— Que merda você tá falando? — perguntei, minha voz saindo rouca, a pressão no meu pescoço dificultando a respiração. Cada palavra exigia mais força do que eu tinha para dar.

Ela aproximou a boca da minha orelha e sussurrou, sua voz arrepiando os cabelos da minha nuca.

— Tem coisas que você não precisa saber de detalhes.

Ela apertou ainda mais o golpe, e a dor se espalhou pelo meu corpo como uma corrente elétrica. A visão ao meu redor começou a escurecer ainda mais, mas o sorriso no rosto dela ficou ainda mais evidente, como se ela estivesse ganhando algum tipo de prazer distorcido ao ver minha confusão.

E então, ela disse tranquilamente:

— Michael traiu vocês, Damon. — O nome dele saiu da boca dela como veneno. — Ele vendeu todos vocês. E sabe por quê? — Ela se inclinou mais perto, sua respiração quente em meu ouvido. — Por noites de sexo sem limites e que nos livrássemos de Wemilly. Ele entregou cada um de vocês, todas as operações, todas as informações, por uma porra de cama.

Eu congelei. Cada palavra dela atingia minha mente como um soco no estômago. Michael? Ele? O cara que estava ao nosso lado o tempo todo? Que tinha lutado com a gente? Isso... isso não fazia sentido.