CAPÍTULO 27 - VOLTA

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Pov Narrador
As portas do avião se abriram e o calor familiar do Brasil logo envolveu a equipe de ginastas brasileiras. Rebeca, Flávia, Lorrane e as demais, ainda com os corações acelerados pela adrenalina das últimas competições em Paris, foram recepcionadas por uma multidão de fãs. Gritos de alegria e palavras de incentivo enchiam o ambiente, enquanto faixas coloridas e cartazes levantados pelas mãos de admiradores balançavam ao vento, tornando a chegada ainda mais inesquecível.

Cartazes com mensagens de carinho eram exibidos, e em alguns, fotos que capturavam momentos emocionantes da interação entre as equipes americana e brasileira durante as competições. Uma imagem, em particular, chamou a atenção: Simone, Jordan e Rebeca sorrindo lado a lado, em um gesto de respeito e amor, saudando-se após uma vitória. Esse gesto simples, mas profundo, havia viralizado nas redes sociais, marcando o que muitos chamavam de "um dos maiores atos de carinho entre competidoras".

As brasileiras ficaram impressionadas com a dimensão do que estava acontecendo ali. - Olha isso, Rebeca! - exclamou Flávia, apontando para uma das faixas com a foto da equipe brasileira no pódio - Que lindo! - Rebeca sorriu, visivelmente emocionada. - É, Flávia. A gente fez história.

Sem hesitar, as ginastas se aproximaram dos fãs. Entre selfies, autógrafos e conversas rápidas, era possível sentir o orgulho mútuo que unia atletas e torcedores. Rebeca, sempre carinhosa, fazia questão de agradecer a cada palavra de incentivo, enquanto Lorrane e Flávia já estavam posando para mais uma foto coletiva. A energia ali era contagiante, e até as atletas, acostumadas com grandes plateias, se surpreendiam com a recepção calorosa.

Do outro lado do mundo, a equipe americana também chegava em casa. O voo de Paris havia sido tranquilo, mas o cansaço da competição ainda estava presente nos corpos das ginastas. Contudo, assim que pisaram no aeroporto dos Estados Unidos, a cena que as aguardava as fez esquecer qualquer exaustão. Uma pequena multidão de jornalistas e fãs aguardava ansiosamente, prontos para receber suas campeãs.

Simone, sempre discreta, caminhava ao lado de Jordan, observando a movimentação com um sorriso suave no rosto. - Parece que estão todos aqui para nos receber - comentou Jordan, ajustando a alça da mochila no ombro. Simone assentiu, sentindo o peso da responsabilidade que sempre vinha com seu nome, mas também o calor da admiração que recebia.

Assim que passaram pelos portões de desembarque, flashes de câmeras e perguntas começaram a surgir. - Simone, como foi competir ao lado de Rebeca? Vocês pareciam ter uma conexão incrível! - Simone respondeu com seu típico sorriso gentil, destacando a importância da amizade e do respeito entre as atletas, independentemente da nacionalidade.

Jordan, por sua vez, também falou brevemente sobre o orgulho que sentia de fazer parte de uma geração que, além de buscar o ouro, buscava o fortalecimento de laços entre países. Após as entrevistas, as duas atletas, acompanhadas do restante da equipe americana, pararam para mais algumas fotos. Fãs e repórteres americanos estavam extasiados com a presença das campeãs, principalmente Simone, que sempre atraía uma atenção especial.

Quando finalmente conseguiram deixar o aeroporto, algo mais especial as aguardava: suas famílias. À medida que avançavam pelos corredores, Simone avistou sua mãe, Nellie, sorrindo radiante ao lado do pai e da irmã mais nova, Adria. Não houve hesitação. Simone largou suas malas e correu em direção à mãe, envolvendo-a em um abraço apertado, daqueles que só uma mãe e uma filha podem compartilhar.

- Estamos tão orgulhosos de você! - disse Nellie, com os olhos brilhando. - Você nos inspira todos os dias.

Simone sorriu, sentindo uma onda de alívio e felicidade ao estar novamente ao lado de quem mais amava. Abraçou seu pai e Adria logo depois, sentindo-se mais leve do que nos últimos dias. Estar em casa, rodeada de amor, era o que ela mais precisava naquele momento.

Jordan, que observava a cena, também encontrou sua família no meio da multidão. - Que bom é se sentir em casa. - comentou ela, sorrindo e olhando para simone de longe , que retribuiu o olhar, ambas saboreando o momento.

Enquanto isso, no Brasil, as atletas continuavam a celebrar sua chegada. Rebeca, agora rodeada por jovens ginastas que a viam como exemplo, parava para tirar mais uma foto, enquanto Flávia respondia às perguntas de repórteres locais.

A recepção foi demorada, mas ninguém ali estava com pressa. As atletas brasileiras sabiam que esses momentos eram tão importantes quanto as competições. Estar perto dos fãs, sentir o apoio da nação e saber que suas conquistas iam além das medalhas eram o que as mantinham motivadas a continuar.

Do outro lado, nos Estados Unidos, a cena se repetia de forma diferente, mas com a mesma essência: um momento de pausa, de reconhecimento e de amor. Para Simone, estar em casa e ouvir palavras de orgulho de sua família fazia tudo valer a pena. Ela sabia que logo teria que voltar aos treinos, às competições e à vida de atleta de elite, mas por enquanto, tudo o que importava era estar cercada de quem a amava.

Esse sentimento, de que no fim do dia o que vale são as conexões que criamos ao longo do caminho, unia essas duas equipes de lados opostos do oceano. Sejam as brasileiras sendo recebidas em seu país com a mesma paixão com que competiram, ou as americanas reencontrando suas famílias após uma jornada de conquistas, havia algo maior ali: o poder da comunidade, do respeito e do carinho que transcendia fronteiras.

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⏰ Última atualização: Sep 16 ⏰

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