VENTIDUE | PRIMA NOTTE

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ATENÇÃO!
Esse será um capítulo HOT.
Não recomendo para menores de idade ou pessoas sensíveis à: linguagens explicitas, agressões, insinuação sexual ou coisas relacionadas.
Desde já, agradeço a atenção.

Boa Leitura!

C E C Í L I A


Sorri para meu reflexo. As peças do enxoval de casamento tinham sido totalmente escolhidas por Isabella. E desta vez a garota tinha acertado.

O vestido de seda, cor champanhe, era de alças finas, curtinho e com bordas pretas de renda. Pelo que parecia, a seda estava virando uma rotina em nossas vidas.

Meu cachos estavam bem emoldurados, descendo como cascatas encaracoladas pelas minhas costas.

Eveline tinha esse poder sobre mim. Constatei que, algo nela involuntariamente aflorava um lado extremamente perigoso meu. Esse ar de sedução, essa áurea confiante, esse olhar magnata. Eu sentia, pelas entranhas da minha pele, o espírito libertino que invadia meu ser. Sempre que envolvia ela. Era sempre algo desafiador. Um jogo. De olhares. De sedução. De pirraça. De brincadeira. Sempre havia um desafio envolvendo nós duas.

E isso era excitante para um caralho...

Abri a porta do banheiro com cautela e fechei atrás de mim. A cena toda parecia mais um filme para maiores de dezoito em que a protagonista vai enfim transar com o galã. Eveline era minha galã naquela noite.

"Achei que estava pretendendo se casar." - brincou. Ela estava de costas para mim, fechando as portas de vidro da sacada.

"Pensei em algo melhor." - respondi.

Colei as costas, estrategicamente, na porta, com uma perna dobrada sobre a madeira e a cabeça levemente inclinada para o lado. Me imaginando nessa posição, até eu mesma me pegaria.

Ela finalmente se virou, e sua reação foi no mínimo, inusitada. Eveline simplesmente travou o passo no chão, me olhando de cima a baixo e de baixo a cima, como um cão deseja um pedaço suculento de carne. Seu membro ficou quase que imediatamente ereto e pude sentir de longe o calor intenso que subitamente transmitia de seu corpo.

Ela estava com a blusa de botões branca aberta, de top e com a calça social frouxa pelo cinto aberto. Os cabelos curtos caídos perfeitamente em ondas belíssimas em seu rosto, as tatuagens trazendo àquele ar sexy em si. Eu queria tanto que ela me fodesse que sentia minha intimidade doer de desejo.

"Algo muito melhor..." - sussurrou. Ainda me encarava, como se fosse me comer a qualquer minuto ou como se não soubesse qual próximo passo dar.

"Pretende ficar aí a noite inteira?"

"Não eu... E-eu..."

Ri. Ela mexeu no cabelo nervosa, soltou um suspiro sôfrego e deu passos apressados até mim. Seu corpo cheirava a malandragem, seus olhos me olhavam intensamente e eu só conseguia pensar no quanto sua boquinha era deliciosamente rosa.

Como ela seria entre minhas pernas?

"Tem certeza disso?"

"Você não?"

"Se eu começar não vou conseguir parar."

"Ah, você é um cachorrinho que precisa ser domado?" - ela sorriu e desviou o olhar.

Sua mão grossa e tatuada subiu pela lateral do meu corpo, não tão lento quanto esperava, e pairou em meu queixo. Esperei por um beijo, mas foi muito melhor do que o esperado. Seus dedos desceram num carinho gostoso por minha pele e com firmeza ela me segurou pelo pescoço e me prensou contra a parede.

Amor Vermelho Sangue - Livro III | Trilogia Amor De BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora