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Enquanto a batalha se desenrolava, o olhar de Harry se fixou na figura imponente de Albus Dumbledore, o venerável bruxo de pé em meio a um exército de criaturas monstruosas e distorcidas que de alguma forma caíram sob seu domínio. O próprio ar parecia crepitar com energia escura enquanto eles se aproximavam do diretor, seus olhos brilhando com uma malevolência sobrenatural. Sem hesitar, Harry e Tom fizeram seu movimento, avançando com um propósito compartilhado de confrontar a figura traiçoeira que se voltou contra eles. A paisagem de Hogwarts se transformou em uma cena de pesadelo enquanto os dois bruxos lutavam para abrir caminho através das fileiras de criaturas, desviando de mandíbulas estalando e garras cortantes em uma tentativa desesperada de alcançar Dumbledore. Os reflexos de Harry se mostraram afiados como navalhas, sua varinha um borrão de movimento enquanto ele habilmente evitava os ataques direcionados a ele. Mas Tom, apesar de sua bravura e habilidade, não teve tanta sorte. Uma criatura particularmente cruel avançou, suas garras afiadas como navalhas arranhando o braço do ômega em uma explosão de dor e sangue. Tom gritou, seus olhos se arregalando em choque enquanto ele agarrava o ferimento, seu sorriso geralmente brilhante substituído por uma careta de agonia.  A visão do ferimento de Tom acendeu um inferno furioso dentro do coração de Harry, uma fúria avassaladora que o levou a liberar sua besta interior. Com um rosnado primitivo, o corpo de Harry se moveu e se transformou, suas roupas rasgando enquanto ele se transformava em um lobo preto imponente. Com as presas à mostra, o lobisomem avançou para a briga, seus olhos brilhando com uma fome anormal por vingança. As criaturas, pegas de surpresa pelo súbito aparecimento da besta feroz, não eram páreo para a força e velocidade selvagens de Harry. Com eficiência brutal, ele despachou os monstros, arrancando suas cabeças de seus ombros e jogando-as para o lado como se fossem brinquedos quebrados. Tão rápido quanto começou, o ataque terminou, o campo de batalha coberto com os cadáveres mutilados das criaturas que ameaçaram Tom.

Dumbledore atacou Harry com um feitiço mortal, sua varinha brilhando com uma luz intensa enquanto ele avançava com uma expressão de fúria incontrolável. Porém, antes que o feitiço pudesse atingi-lo, um feixe de luz verde cortou o ar, seguido pelo som seco de algo caindo ao chão. A mão de Dumbledore voou para longe de seu corpo, e o grito de dor do diretor ecoou no campo de batalha.

Harry virou-se rapidamente para ver de onde viera o ataque, e ali, em meio à confusão da guerra, estavam Bellatrix Lestrange e Severus Snape se aproximando, suas expressões frias e decididas. Severus seguiu diretamente para onde Tom estava, começando a trabalhar imediatamente para curar quaisquer ferimentos que Voldemort tivesse sofrido. Bellatrix, por outro lado, dirigiu-se a Harry, parando em sua frente e curvando-se profundamente, em sinal de submissão e respeito.

— Meu senhor. — Bellatrix disse educadamente, sua voz firme, mas carregada de reverência. Harry podia sentir a lealdade em cada palavra, e seu lobo interior rugiu de aprovação. A lealdade da serva de Tom agora também era sua.

Dumbledore, em estado de choque e dor, segurava o coto ensanguentado onde antes estivera sua mão. Seus olhos estavam arregalados enquanto ele olhava para Harry com uma mistura de fúria e descrença.

— Você é um lorde das trevas!? — ele gritou, a voz trêmula de raiva. — Seu traidor de merda!

O insulto mal saíra de seus lábios quando Bellatrix, com uma agilidade selvagem, deu um passo à frente e chutou o rosto de Dumbledore com toda a força. O diretor foi arremessado para trás, caindo no chão com um baque surdo. Bellatrix olhou para ele com desdém, como se ele fosse menos que nada.

— Calado! — Bellatrix gritou, sua voz cortante como uma lâmina. Ela o encarava com puro desprezo, seus olhos faiscando de ódio. — Você ousa falar assim com nosso Lorde? Seu tempo acabou, velho tolo.

Harry assistia a tudo, seu coração acelerado. O golpe inesperado de Bellatrix, o respeito absoluto que ela demonstrava por ele, fez seu lobo se inflar de orgulho. Ele olhou para Dumbledore caído no chão, um homem outrora poderoso agora reduzido a um amontoado de carne ferida e desesperada, e pela primeira vez, ele percebeu que o verdadeiro traidor sempre estivera diante dele.

Severus, enquanto isso, terminou de curar as feridas de Tom, que se levantou com um sorriso satisfeito. Tom, agora mais saudável do que nunca, olhou para Harry com um brilho de adoração nos olhos.

— Vejo que minha querida Bellatrix já mostrou a esse velho seu lugar, — Tom disse com uma risada suave, os olhos azuis do ômega brilhando de diversão.

Harry deu um passo à frente, seu olhar firme em Dumbledore, e então olhou para Bellatrix.

— Você fez bem, Bella.

Bellatrix sorriu, um sorriso largo e insano, enquanto mantinha os olhos fixos em Harry. Ela sabia que agora, com Harry ao lado de Tom, o mundo dos bruxos estava prestes a mudar para sempre.

A guerra estava apenas começando, mas o domínio de Harry sobre os Comensais e seu lugar como companheiro do Lorde das Trevas já estava selado.

— Às suas ordens, jovem senhor, — Bellatrix disse educadamente, baixando a cabeça em sinal de submissão, os olhos ainda brilhando com a adrenalina da batalha.

Harry olhou para Dumbledore, agora humilhado e derrotado no chão, rastejando em uma tentativa patética de escapar. O alfa sentiu uma onda de poder percorrer seu corpo, e seu lobo interior rugiu com satisfação. O homem que havia controlado, manipulado e mentido por tanto tempo agora estava à sua mercê.

Rodolphus Lestrange se aproximou, olhando para o diretor com desdém. Ele balançou a cabeça e, com um movimento rápido, nocauteou Dumbledore com a parte de trás da mão, o som surdo do golpe ecoando pelo campo de batalha. Dumbledore desmaiou instantaneamente, seu corpo caindo como um saco de ossos sem vida.

— O que faremos com o velho? — Rodolphus perguntou, sua voz fria, enquanto observava o diretor caído.

Harry manteve o olhar fixo no corpo desacordado por um momento, ponderando. Ele sabia que Dumbledore ainda tinha aliados, ainda havia pessoas que o viam como um herói. Matá-lo agora poderia ser satisfatório, mas talvez houvesse uma maneira melhor, mais estratégica de usá-lo.

— Ainda não o mataremos, — Harry respondeu, sua voz carregada de autoridade. — Quero que ele veja a derrota completa de tudo que ele tentou construir. Quero que sinta o desespero de ver suas mentiras e manipulações desmoronarem.

Bellatrix sorriu amplamente, apreciando o sadismo contido nas palavras de Harry. Rodolphus assentiu, arrastando o corpo inconsciente de Dumbledore mais para longe, para garantir que ele não escaparia.

— Como desejar, meu senhor, — Bellatrix murmurou, a excitação em seus olhos.

Harry então olhou para Tom, que assistia a tudo com um sorriso divertido nos lábios.

— Isso foi impressionante, amor, — Tom disse suavemente, aproximando-se de Harry. — Admiro seu senso de vingança.

Harry apenas assentiu, seus olhos ainda brilhando de determinação. Ele sabia que o fim estava próximo, e quando chegasse, o mundo bruxo nunca mais seria o mesmo.

— Aliás, eu sei que esse não é o melhor momento, mas o jantar romântico ainda está de pé? — Harry perguntou, com um sorriso brincalhão nos lábios.

Tom parou por um momento, seus olhos azuis brilhando de diversão enquanto soltava uma gargalhada sincera. Ele então puxou Harry para perto e, com um beijo intenso, respondeu com suavidade.

— Se você quiser, eu quero! — Tom murmurou com um sorriso bem-humorado, suas mãos deslizando pela cintura de Harry. — Mas, amor, você tem que prometer não começar outra guerra no meio do jantar. — Ele piscou, mantendo o tom leve, apesar do caos ao redor.

O momento de leveza entre eles parecia quase surreal no meio da destruição, mas era exatamente isso que os unia: o equilíbrio entre o caos e a conexão íntima que compartilhavam.



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