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Harry acordou com a luz suave da manhã iluminando o quarto. Ele se espreguiçou, sentindo os músculos relaxarem após uma semana intensa de cio. Ao seu lado, Tom estava encolhido, os lençóis entrelaçados ao redor de seu corpo pálido. Harry sorriu para si mesmo, mas seu sorriso se desfez ao ver o olhar emburrado e sonolento de Tom. O ômega tentou se levantar, mas logo suas pernas fraquejaram, fazendo-o desabar de volta na cama.

— Não ria, seu idiota! — rosnou Tom, a voz cheia de irritação, os olhos semicerrados enquanto olhava para o alfa com indignação.

Harry mordeu o lábio, tentando segurar o riso. — Desculpe! — murmurou, ainda com um tom divertido. Ele se inclinou, aproximando-se de Tom e, com ternura, depositou um beijo suave sobre a marca visível no pescoço do ômega, a marca de possessão que havia deixado durante seu cio.

Tom resmungou, virando o rosto em um gesto irritado, mas seu corpo cedeu ao toque carinhoso de Harry. — Você me destruiu, Potter — disse ele, em um tom baixo, mas sem a intenção de ser cruel, enquanto o corpo ainda exausto se acomodava de volta na cama. — Uma semana inteira, Harry... — Tom fechou os olhos, suspirando.

Harry observou Tom, admirando as marcas que cobriam o corpo do ômega, lembranças das noites intensas que haviam passado juntos. As pernas trêmulas de Tom eram um lembrete de que Harry não havia medido esforços para satisfazê-lo. Mas, mesmo sentindo a culpa surgindo por vê-lo tão exausto, o alfa não conseguia conter o orgulho que se misturava à sua preocupação.

— Vou cuidar de você, amor — murmurou Harry, seus dedos traçando suavemente a pele de Tom. — Não precisa se levantar... eu já volto com algo para você comer.

Tom, ainda emburrado, apenas deu um pequeno aceno de cabeça, com os olhos entreabertos, enquanto observava Harry se afastar da cama. Mesmo exausto, não conseguia negar que, apesar de tudo, sentia-se seguro e desejado nos braços de Harry.

Na mansão, todos pareciam andar nas pontas dos pés. O humor de Tom estava no nível mais baixo possível, e qualquer som mais alto que um sussurro era suficiente para provocar sua ira. A cada manhã, os elfos domésticos se apressavam em deixar o café da manhã na mesa e sumiam antes que o ômega os visse, temendo serem os próximos alvos de sua fúria.

Harry, por outro lado, seguia Tom por toda a mansão, tentando controlar o riso. Ele achava adorável o jeito como Tom resmungava e praticamente bufava de frustração a cada pequeno inconveniente. Desde que o ômega tinha passado uma semana inteira embaixo de seu cio, Tom parecia extremamente sensível e impaciente, qualquer coisa que saía do normal o irritava.

— Por que todo mundo está fazendo tanto barulho? — Tom gritou uma manhã, virando-se com os olhos faiscando para um grupo de comensais que sussurravam no corredor.

Os bruxos se encolheram, trocando olhares nervosos antes de rapidamente se afastarem, preferindo não testar a paciência do ômega. Tom já havia lançado feitiços em pessoas apenas por falarem mais alto, e ninguém queria ser o próximo a ser amaldiçoado.

Harry vinha logo atrás, observando tudo com um sorriso divertido, mas em silêncio. Ele sabia que Tom estava cansado, ainda se recuperando do cio intenso, e seu mau humor era, em parte, culpa dele. Quando Tom se virou para lançar um feitiço contra um dos elfos domésticos que deixara cair uma bandeja, Harry não conseguiu segurar o riso.

— Não ouse rir de mim, Harry! — Tom rosnou, o olhar afiado voltado para o alfa.

— Desculpe, amor — respondeu Harry, levantando as mãos em sinal de rendição, mas o sorriso malicioso ainda presente em seus lábios. — Mas você tem que admitir, é meio engraçado. Você quase amaldiçoou um elfo por derrubar uma xícara!

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