Onde Jungkook é apaixonado por seu melhor amigo, Taehyung
Taehyung sentiu seu mundo desabar quando Jungkook o confessou que era gay. Ele se sentiu um completo idiota por não perceber NADA sobre o que seu melhor amigo sentia. E agora, ele fará o pos...
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Eu estava ficando cada vez mais puto.
Sabe aquela sensação de arrependimento que vem em ondas? Pois é, parecia que a cada dia que passava eu me arrependia mais de ter me inscrito nesse caralho de trabalho acadêmico.
Não era só a pressão de fazer algo que estivesse à altura das expectativas - e meu professor, claro, queria perfeccionismo -, mas também os problemas internos do grupo que estavam me tirando do sério.
Um dos membros da equipe, Kwon Chansol, parecia não estar comprometido com nada. Era como se ele estivesse apenas assistindo tudo de camarote enquanto o resto de nós fazia o trabalho duro. E isso estava me irritando de um jeito que eu mal conseguia descrever. Era injusto e frustrante, porque eu sabia que, no final, se tudo desse errado, todo o grupo sofreria, mesmo aqueles que estavam ralando de verdade.
Toda vez que tentava organizar alguma reunião ou distribuir as tarefas, esse cara sempre tinha uma desculpa. Ou estava ocupado, ou tinha esquecido, ou simplesmente sumia sem dar notícias. E eu ali, tentando manter tudo em ordem, equilibrando o peso do trabalho nas minhas costas.
Minha cabeça estava a mil, e eu já não sabia mais se conseguiria entregar algo que realmente fizesse jus ao que o professor esperava. Quanto mais tentava me concentrar e resolver as coisas, mais frustrado eu ficava.
No dia seguinte, eu já estava decidido. Não dava mais para aguentar o comportamento desse cara sem fazer nada. Se ele continuasse a enrolar, todo o trabalho do grupo iria por água abaixo, e eu não podia deixar isso acontecer.
Assim que cheguei na faculdade, já fui direto procurar por ele nos corredores. Nem precisei procurar muito, já que o encontrei encostado na parede com os fones de ouvido e mexendo no celular como se não tivesse nenhuma responsabilidade no mundo. Aquilo me irritou ainda mais. Respirei fundo e fui até ele.
-- Ei! -- chamei, parando na frente dele. -- A gente precisa conversar.
-- Sobre o quê? -- ele tirou um dos fones e me olhou com cara de quem não estava nem aí.
-- Sobre o trabalho do grupo, oras! -- estava no meu limite. -- Você não fez sua parte até agora, e se você não fizer e me entregar em dois dias, vou relatar pro professor. Não vou me ferrar por sua causa.
Ele deu um sorriso debochado, como se eu estivesse brincando.
-- Relaxa, cara. É só um trabalho de faculdade. Tá levando muito a sério...
-- Só um trabalho? -- repeti, incrédulo. -- A gente vai apresentar esse trabalho na feira pública, seu idiota! Tem ideia de quem vai comparecer nessa feira?
-- Quem você pensa que é pra falar assim comigo? -- ele se aproximou, me encarando.
-- Alguém que está prestes a te expulsar do grupo. -- rebati, me aproximando também. Não vou recuar de medo.
