22. Xeque-mate

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Duas peças de um xadrez acirrado.

Rei e rainha, sob um xeque-mate quase que fatal. Por alguma razão, lembro-me de "Harry Potter e a pedra filosofal" - uma de minhas sagas favoritas.

- Você estava me esperando? - Arqueio as sobrancelhas em sua direção, observando o início de um sorrisinho crescer no canto de seus lábios.

Lábios estes, que lembro-me da maciez. De como os mesmos se encaixam tão perfeitamente aos meus. E consequentemente, de como nossos corpos trabalham vigorosamente bem, juntos. Parecemos nos encaixar bem de qualquer forma.

Talvez, sejamos a exceção do tão famoso "cargas iguais se repelem".

Somos a grande exceção da física.

- Eu esperava por isso. Mas, não acreditei que você seria tão corajosa assim. - Seu tom irônico, é mais para divertido enquanto ele dá de ombros.

Fingindo ofensa, lhe olho estupefata, embarcando em sua brincadeira.

- Você me subestima demais, loiro. - Sorrio, maldosa.

Ele dá uma risadinha, que quase me leva à um colapso, mas, apenas me mantenho firme, tentando manter a compostura.

- Dizem que são sempre as pessoas subestimadas, que entregam serviço. - Sorri, de canto. - O que você me diz?

Balbucia, me olhando intensa e profundamente, e me fazendo estremecer levemente sob seu olhar fugaz, que resvala sobre meu corpo, coberto por uma blusa cacharréu de algodão branca, e um jeans cor grafite. Meus cabelos presos em um rabo-de-cavalo na nuca, e alguns pequenos acessórios para complementar o look.

Parece essencial me autoavaliar agora. O nervosismo é tamanho. E frustrante.

- Que... eu quero verdadeira e profundamente, sumir daqui. - Sussurro, quase que de forma inaudível.

- Você seria covarde a tal ponto?

- Talvez. - Murmuro. - Você me impediria?

- Talvez. - Murmura, em resposta, me olhando fixamente. - Desça do carro, e seja corajosa, querida. - Sorri, de canto.

- Eu...

- Está com medo? - Provoca.

Medo. Talvez haja um pouco de medo aqui, sim. Mas, eu jamais admitiria em voz alta.

E, finalmente tomando compostura, sorrio arrogante.

- Medo de você? Nah.

No entanto, Bieber parece glorificado.

- De mim não. - Ri, presunçoso. - Mas, do sentimento em si.

E minha respiração, por um breve instante, parece parar, mergulhando-me em um apogeu de sensações distintas e confusas.

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