capítulo 1

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Meu nome é Antonella e sou uma brasileira com cabelos negros e ondulados, que caem em cachos soltos ao redor do meu rosto

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Meu nome é Antonella e sou uma brasileira com cabelos negros e ondulados, que caem em cachos soltos ao redor do meu rosto. Já faz um ano que estou no Japão, estudando em uma universidade em Tóquio. A experiência tem sido, sem dúvida, enriquecedora, mas não posso deixar de mencionar a irritação que sinto por uma pessoa em específico. Um sentimento que só aumenta com o tempo. Mesmo já tendo aprendido um pouco de japonês, há nuances na língua que ainda me escape e, muitas vezes, isso me faz sentir um pouco perdida.

Mas vamos falar sobre ele: Rindou Haitani. Ele é, sem dúvida, o tipo de pessoa que faz meu sangue ferver. Com sua aparência sombria e uma aura de perigo que o cerca, Rindou é um verdadeiro enigma. Ele parece ter um prazer sádico em brigas — algo que nunca consegui entender. Apesar de ser considerado o irmão mais fraco em sua rivalidade familiar, a confiança que ele exala é quase palpável. Admiro um pouco de sua habilidade e estilo de combate, embora eu nem queira admitir isso. Mas ele é incapaz de ser razoável e suas decisões imprudentes frequentemente o levam a derrotas humilhantes.

Durante nossas interações na universidade, seu sarcasmo cortante e a maneira como tira sarro dos outros só fazem aumentar meu desprezo por ele. Às vezes, fico pensando se sob toda essa fachada de bad boy intenso existe alguém vulnerável. É um sentimento confuso, já que ele parece encontrar prazer em me provocar. Mas, no fundo, sei que detestá-lo é mais fácil do que admitir que posso ter um pouco de curiosidade em entender quem ele realmente é.

Estava mergulhada nas páginas de um livro, a música suave nos fones de ouvido me transportava para outro mundo. Ao meu lado, Hinata estava absorta no seu celular, dedicando mais atenção à tela do que à conversa que estávamos tendo antes. O ambiente da universidade estava agitado, mas eu escolhia ignorar o barulho ao meu redor, até que uma sombra passou pelo canto do meu olhar.

Era Rindou Haitani, em sua moto, com aquele semblante desafiador que eu já conhecia muito bem. O som potente do motor ressoava como um aviso e, por um momento, pensei que ele ia passar direto. Mas, como sempre, ele parecia ter outros planos. Acelera e, em um ato de provocação, inclina a moto como se estivesse prestes a atingir a mim e Hinata.

Instantaneamente, meu coração disparou, mas não meu espírito. Levantei o olhar e, em uma fração de segundo, ergui uma sobrancelha em desafio. Ele esperava que eu recuasse, que me intimidasse com sua presença ameaçadora. No entanto, não era bem assim que funcionava comigo.

Ele parou a moto ao meu lado, um sorriso sarcástico curvando seus lábios. Seu olhar desafiador se encontrou com o meu e, naquele instante, eu sabia que ele estava esperando alguma reação – um grito, um passo para trás – algo que indicasse que tinha conseguido me amedrontar. Mas eu não ia dar esse gosto a ele.

— Pode passar, Rindou — eu disse, tentando manter a voz firme. — Não tenho tempo para suas palhaçadas.

Hinata, por sua vez, levantou os olhos do celular, visivelmente curiosa com a tensão que se formava entre nós. O mesmo sorriso que ele sempre usava, quase como um truque que ele achava que funcionava, estava ali, e em seus olhos havia aquela faísca de desafio que eu conhecia tão bem. Ele não ia desistir tão facilmente.

HAITANI - Rindou haitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora