capítulo 9

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A  luz fraca que entrava pela fresta da cortina me fez abrir os olhos lentamente, sentindo uma dor latejante na cabeça

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A  luz fraca que entrava pela fresta da cortina me fez abrir os olhos lentamente, sentindo uma dor latejante na cabeça. A visão embaçada se ajustou, revelando um quarto estranho. As paredes eram cinza e o mobiliário simples: uma cama, um armário e uma escrivaninha.

Meu corpo doía em vários pontos, e eu tentava lembrar o que tinha acontecido.  As lembranças da noite horrível, da luta, do sangue, das pessoas gritando, voltavam como um filme em câmera lenta.

Então, percebi que não estava mais na rua.  Eu estava deitada em uma cama de casal, coberta por um edredom macio. A roupa que usava, uma camiseta preta que parecia um vestido, não era a minha.

Onde eu estava?  Como eu cheguei aqui?

As memórias voltaram lentamente, me fazendo arregalar os olhos.

Meu coração disparou.  O que Rindou tinha feito comigo?

De repente, a porta se abriu e Rindou entrou na sala. Seus cabelos arroxeados estavam bagunçados e seus olhos, que geralmente brilhavam com malícia, estavam escuros e cansados. Ele me olhou com uma expressão que eu não conseguia classificar.

— Você está bem? — , perguntou, a voz rouca e preocupada.

Meu corpo inteiro tremeu.  — Onde eu estou? —  consegui perguntar, a voz tremendo.

Rindou me olhou por um momento. Ele parecia ter passado por dias sem sono, seus olhos estavam vermelhos e sem vida. Seu corpo exibia os ferimentos da luta, com hematomas e cortes visíveis.

— Ohimesama. Você está na minha casa — Ele disse em um tom sério, mas com um toque de preocupação. — Você desmaiou durante a briga. Eu a trouxe aqui para cuidar de seus ferimentos e para garantir sua segurança  — Rindou explicou rapidamente, se aproximando devagar da cama onde eu me encontrava.

Abracei meu corpo naquele instante, ao perceber que não estava usando minhas roupas, mas possivelmente uma das camisetas dele.

—....S-seu...pervertido — Murmurei corada

Rindou suspirou, pareceu hesitante, como se estivesse se segurando para não dizer algo.

— E por que diabos eu seria um pervertido?! Eu mudei suas roupas para cuidar dos ferimentos e para que você pudesse se sentir mais confortável. Eu não te ver nua em nenhum momento.  — Ele resmungou, as bochechas levemente vermelhas, mostrando que estava frustrado com minha acusações.

— Xiu! — resmunguei — não quero saber. Pervertido!

Rindou respirou fundo, tentando conter sua frustração.

HAITANI - Rindou haitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora