capítulo 3

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O ciúme de Rindou se intensificou, mas ele tentou não demonstrar

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O ciúme de Rindou se intensificou, mas ele tentou não demonstrar. Ele sentou-se mais perto, sua presença quase me dominando por completo.

— Ohimesama — ele murmurou, sua cabeça se inclinando em minha direção, os lábios perto de meu ouvido. — Ran é um animal sem coração. Ele se diverte e depois descarta aqueles que lhe caem na rede. Fique longe dele, ou eu serei obrigado a punir até mesmo os pensamentos perversos que você possa ter.

Concordei com a cabeça, e cruzei tanto as pernas quanto meus braços, e olhei para Rindou, curvando os lábios em um sorriso malicioso.

— E eu sou uma brasileira — ronronei o olhando

O jeito sedutor em que eu agia provocou Rindou, e ele se aproximou mais próximo de mim, tomando posse de meu espaço pessoal. Ele se inclinou, seu olhar intensamente fixando nos meus.

— Uma brasileira desobediente — ele sussurrou, um sorriso divertido brincando em seus lábios. — Eu gosto disso em você. E eu também gosto de castigar mulheres rebeldes.

Antes que eu pudesse sequer pensar em responder, Rindou se aproximou ainda mais e beijou minha bochecha lentamente, sua mão firme em minha cintura. A sensação de seu beijo em minha pele me provocou arrepios, e senti meu coração disparar em minha garganta. Mas, antes que eu pudesse me entregar totalmente àquele momento, ele se afastou tão rapidamente quanto se aproximou.

— Você é minha, Ohimesama — ele murmurou, seu olhar intenso em meus olhos. — Lembre-se disso.

— Eu vou te matar, Haitani! — Rosnei levando minha mão a bochecha e limpando seu beijo com raiva

Mas, ao invés de sentir medo, Rindou apenas soltou uma risada baixa e divertida.

— Ah, Ohimesama — ele falou com um sorriso malicioso — O meu anjo vingativo é tão adorável quando está irritado. Você é tão irresistível quando está brava, sabia?

Ergui a mão em direção a ele e dei um tapa em seu rosto, o som estalado fez o rosto de Rindou virar, e os olhos de todos que estavam na sala arregalar.

Não era segredo que a universidade inteira tinha medo do Haitani, mas eu não abaixo a cabeça.

Rindou se virou devagar, a marca vermelha da minha mão no seu rosto. Ele sorriu, aquele sorriso malicioso que fazia meu sangue ferver de raiva, e então pegou minha mão que havia o golpeado. Ele trouxe-a a sua boca, e plantou um beijo provocativo na palma de minha mão.

— Ohimesama — ele sussurrou, sua voz grave carregada de uma intensidade que me deixava sem palavras. — Seu lado selvagem é incrivelmente sexy.

— Desgraçado! — rosnei

Rindou se aproximou mais de mim, seu corpo quase preso ao meu. Ele manteve minha mão presa entre nós, enquanto seus olhos percorriam meu rosto.

— Você me provoca, Ohimesama — ele sussurrou, seu tom levemente provocador. — E eu não consigo resistir a você quando está irritada. Você é meu pecado favorito.

O barulho da voz dele era como um encantamento, me hipnotizando e me fazendo esquecer, por um momento, a raiva que sentia. Os olhares nos rodeavam, mas parecia que estávamos em nosso próprio mundo, com Rindou e eu como protagonistas.

Mas, à medida que minha raiva diminuía, fui recuperando a razão. Tirei minha mão de entre as dele e me afastei, tentando encontrar distância física e emocional entre nós. Ele não ia levar minha força de vontade, ele não ia me possuir.

No mesmo instante me levantei, e olhei para os garotos da sala, até fixar em um. Andei em direção a ele, parando em frente a Mitsuya Takashi.

Ele me olhou com curiosidade, e então segurei em seu rosto colocando meus lábios ao dele em um beijo, que rapidamente foi correspondido por Mitsuya

Rindou observava nossas ações de perto, sua expressão se tornando sombria e uma pitada de irritação brilhando em seus olhos. Mas ele permaneceu silencioso, apenas observando nosso beijo.

Eu aproveitava a sensação dos lábios de Mitsuya sobre os meus, deixando que esse momento me afaste de Rindou por um instante. O beijo era intenso, cheio de emoção, mas também me trazia um senso de liberdade.

O beijo se intensificou, e Mitsuya me abraçando em uma espécie de proteção. Mas eu podia sentir o olhar de Rindou na minha nuca, e a tensão entre nós não podia ser ignorada.

Com relutância, me segurei em Mitsuya, acabando com o beijo, e voltei meus olhos para Rindou. Ele estava lá, olhando-nos com uma intensidade assustadora. Eu tentei manter uma expressão neutra, mas minha respiração ofegante entregava minha excitação.

Me virei para Mitsuya novamente, mordendo seu lábio inferior, logo deslizando minha língua sobre a dele de forma explícita. Ele parecia surpreso com essa abordagem já que as japonesas eram tímidas demais para algo ousado. Então mostrei o jeitinho brasileiro

Rindou continuava nos observando, seus olhos em meus lábios que trocavam beijos com os de Mitsuya. Ele parecia irritado, e uma parte de mim sentia satisfação em ver ele assim. Mas, por outro lado, uma parte de mim estava confusa. Por que a minha mente ainda estava nele mesmo que minha boca estivesse em Mitsuya?

Meu corpo se mexia em ondas sensuais, se encontrando de maneira calorosa com o de Mitsuya. Eu gostava da maneira que ele me tocava, como se estivesse faminto por mais.

A intensidade do beijo aumentou, e eu podia sentir nosso corpos se movimentando em sintonia. Mitsuya parecia cada vez mais ansioso, seus dedos passeando pelos meus cabelos com uma espécie de paixão. Eu me entreguei ao beijo, deixando a emoção e a estranha sensação de ser observada por Rindou tomarem conta de mim.

Abaixei minha mão pela lateral, agarrando a camisa de Mitsuya, enquanto continuava a explorar sua boca, nosso beijo se tornando cada vez mais profundo.

Quando nos afastamos, minha respiração estava entrecortada, e meus lábios estavam inchados. Eu podia sentir o coração de Mitsuya batendo forte contra o meu peito, uma prova de que, assim como eu, ele estava perdendo a cabeça com os beijos, quase esquecendo do mundo ao redor.

Apesar disso, quando eu olhei para Rindou, eu ainda podia ver aquela expressão sombria e enciumada.

Mitsuya me olhou com um sorriso de satisfação, e seu corpo estava quente e tremendo ao meu toque. Mas, apesar de todo o êxtase que eu estava sentindo, eu ainda sentia uma presença sinistra atrás de nós.

Rindou continuava nos observando, como uma nuvem de tempestade se aproximando. Ele não parecia nem um pouco feliz com o que acabara de presenciar.

HAITANI - Rindou haitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora