Entre Notas e Novos Encontros

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O dia do segundo concerto em França amanheceu com um céu tão azul que parecia pintado

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O dia do segundo concerto em França amanheceu com um céu tão azul que parecia pintado. Camila acordou cedo, a mistura de excitação e nervosismo a invadir. As memórias da noite anterior ainda dançavam na sua mente, e a tensão entre ela e Ross estava mais viva do que nunca. Precisava de um momento só para si antes de se deixar levar pelo ritmo do dia.

Depois de um café rápido, decidiu explorar as ruas de uma charmosa cidade francesa. As boutiques e cafés eram encantadores, mas ao cruzar-se com um grupo de fãs, o sorriso que trazia desfez-se. Elas olhavam-na com uma mistura de desdém e curiosidade.

— Olha, é a sombra do Ross! — uma delas exclamou com um tom sarcástico. — Como é ser apenas uma fã?

Camila forçou um sorriso, mas as palavras dela cortaram como uma faca.

— Sou mais do que isso — respondeu, tentando manter a postura.

Sentindo-se um pouco desanimada, decidiu voltar ao hotel. Já lá, tentou afastar os pensamentos negativos, mas a insegurança persistia. Estava pronta para o espetáculo, mas não para a hostilidade que parecia estar à espreita.

À noite, enquanto se preparavam para o concerto, o camarim estava numa animação contagiante. Ross brincava com os membros da banda, a sua risada ecoando como uma melodia alegre. Rocky, o irmão de Ross, também estava ali, ajudando nos últimos detalhes.

— Então, Camila, pronta para mais uma noite de adrenalina? — perguntou Rocky, com um sorriso brincalhão.

— Pronta e nervosa — admitiu ela, tentando disfarçar a inquietação.

— Nervosa? Com a confiança que tens, deveriam estar nervosos com você! — Rocky exclamou, piscando.

Ross, que ouvira a conversa, aproximou-se, a preocupação a transparecer nos seus olhos.

— Como estás a sentir-te agora? — perguntou, com um tom suave.

Camila hesitou, olhando para baixo.

— Ah, apenas tentando não me deixar afetar pelas outras fãs — confessou, a frustração à flor da pele.

— Elas não sabem o que se passa entre nós — disse Ross, colocando uma mão no ombro dela. — E, sinceramente, não deveriam.

— É fácil para ti dizer, Ross. Tu és a estrela — respondeu, a voz um pouco mais elevada do que queria.

Rocky interveio, sempre com uma ideia na cabeça.

— O que precisamos é de um ritual de boa sorte! Que tal uma dança?

— Dança? — Camila riu, já se sentindo um pouco mais leve.

— Isso mesmo! Uma pequena festa antes do show. — Rocky insistiu.

Ross olhou para o irmão com um sorriso travesso.

— Está bem, mas se me fizeres dançar, vou precisar de uma bebida para me recuperar depois!

A energia no camarim rapidamente mudou. Todos começaram a dançar, com Rocky a liderar a animação. Camila viu Ross a deixar-se levar, a dançar de forma despreocupada, e isso fez com que ela sorrisse de verdade pela primeira vez no dia.

Após a diversão, Ross aproximou-se de Camila, a intensidade entre eles a crescer.

— Como te sentes agora? — perguntou, os olhos fixos nos dela.

— Melhor, na verdade. Tens um bom irmão — respondeu, olhando para Rocky, que estava a fazer palhaçadas.

— O Rocky é sempre assim. Mas a sério, não deixes que essas fãs te afetem. Sabes o que sinto, certo? — disse Ross, com a voz suave.

— Eu sei, mas às vezes é difícil acreditar — murmurou Camila, a insegurança a fazer-lhe companhia.

Ross inclinou-se mais perto, a atmosfera entre eles a mudar.

— Então, vamos fazer isto juntos. Vamos mostrar a todos que somos mais do que uma simples história de verão.

Ela olhou nos olhos dele e sentiu a determinação que tanto a atraía.

— Sim, vamos — concordou, sentindo-se mais forte.

Com a animação a aumentar, o grupo dirigiu-se ao local do concerto. A multidão já se reunia, um mar de rostos animados. Camila sentia os nervos a voltarem, mas Ross segurou-lhe a mão, os dedos entrelaçados.

— Estás pronta? — perguntou, o olhar intenso.

— Pronta — respondeu ela, a confiança a renascer.

O concerto começou, e Camila posicionou-se na parte de trás, observando o espetáculo. Ross e a banda estavam incríveis, e a energia da multidão era contagiante.

Durante uma música mais lenta, Camila viu um grupo de fãs perto dela, que a olhavam com expressões de inveja. Uma delas virou-se para a amiga.

— Olha lá, a tal Camila. Deve ser fácil ser só mais uma.

Camila sentiu a frustração a subir, mas, de repente, um olhar familiar a acalmou. Ross estava a procurá-la na multidão, e quando os olhares se cruzaram, tudo ao seu redor desapareceu. Ele sorriu para ela, e a conexão foi instantânea.

Após o concerto, a euforia estava no ar. Camila esperava que o encontro nos bastidores fosse tranquilo, mas a atmosfera estava carregada de expectativa. Quando finalmente se reuniram, Ross puxou-a para mais perto.

— Foste incrível hoje — disse ele, mas havia algo mais profundo nos seus olhos.

— Não fui eu que fiz tudo isso — tentou desviar Camila.

— Não sejas modesta. Tu és parte disso — ele insistiu, aproximando-se ainda mais.

Então, um grupo de fãs entrou no camarim. Camila segurou a respiração, mas Ross parecia não se importar. Continuou a falar com ela, até que ouviu uma voz alta.

— Olha quem está aqui! A famosa Camila!

As fãs riram, e a tensão voltou a aumentar.

— O que estás a fazer aqui, em vez de estar com o Ross?

Camila sentiu a vergonha a subir, mas Ross segurou-a firme pela mão, com um olhar desafiador.

— Ela está aqui porque quer, e vocês não têm nada a ver com isso — disse ele, a voz calma, mas firme.

As fãs ficaram em silêncio por um momento, surpreendidas com a atitude dele. Camila sentiu-se mais forte, a presença dele ao seu lado a encorajar.

— Não precisamos de ser hostis — uma delas tentou suavizar a situação. — Apenas achamos curioso, isso tudo.

— Curiosidade não é desculpa para falta de respeito — respondeu Camila, agora mais confiante.

O grupo acabou por se afastar, e Camila sentiu a tensão a dissipar-se.

— Obrigada — disse ela a Ross, que a olhou com um sorriso de aprovação.

— Sempre. Agora vamos aproveitar a noite — ele respondeu, puxando-a para dançar.

Enquanto a música preenchia o espaço, Camila percebeu que tinha mais do que uma simples conexão com Ross. Havia algo real, algo que estava a começar a florescer.

Naquele pequeno bar, longe dos holofotes, Camila encontrou um novo começo. Uma nova canção que estava apenas a começar a tocar.

ÚLTIMO APLAUSO || Ross LynchOnde histórias criam vida. Descubra agora