Entre Notas e Silêncios

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O sol despontava preguiçosamente no horizonte de Bristol, tingindo o céu com um suave degradé de laranja e rosa

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O sol despontava preguiçosamente no horizonte de Bristol, tingindo o céu com um suave degradé de laranja e rosa. Era o dia do concerto, 28 de setembro, e as ruas de pedra da cidade começavam a ganhar vida, com pessoas a caminho dos seus destinos. Bristol, com o seu charme e história vibrante, parecia acolher Camila de braços abertos. No entanto, ela sentia uma mistura de ansiedade e excitação a crescer-lhe no peito. Não era só mais um concerto; Ross tinha-lhe prometido que esta noite seria especial.

Enquanto caminhava pelos arredores do hotel, respirando o ar fresco da manhã, Camila sentia a mente inundada pelas memórias dos últimos dias. A intensidade crescente entre ela e Ross, os concertos cada vez mais energéticos e, claro, os momentos íntimos que partilhavam longe do palco. Mas naquela manhã, ela estava sozinha. Ross tinha saído cedo para os ensaios, e embora sentisse a sua falta, aproveitava aqueles momentos de solidão para refletir.

Ao passar por um pequeno café local, algo a chamou. O aroma a café fresco misturado com o som suave de uma banda de jazz que tocava ao fundo convidou-a a entrar. O espaço era acolhedor, com mesas de madeira desgastada e estantes cheias de livros e discos antigos. Ela aproximou-se do balcão, onde uma mulher de cabelos grisalhos e olhos bondosos lhe sorriu.

— O que vai ser, querida? — perguntou a mulher, com aquele típico sotaque britânico carregado.

— Um cappuccino, por favor — respondeu Camila, sorrindo de volta. Enquanto esperava pelo café, olhou à volta, admirando o ambiente. O lugar tinha algo de especial, como se cada canto contasse uma história.

— Não te vi por aqui antes — comentou a mulher enquanto preparava a bebida. — És nova na cidade?

— Sim, estou de passagem — disse Camila, sorrindo e evitando detalhes. Sabia que manter a descrição era o mais sensato, especialmente agora, com Ross a ganhar mais fama.

— Estás a viajar sozinha? — perguntou a senhora, com uma curiosidade natural, enquanto colocava o cappuccino à frente dela.

Camila hesitou por um instante. As palavras "sozinha" pareciam carregar um peso diferente agora, mas tecnicamente não estava errada.

— Estou com alguém, sim. Ele... tem um concerto hoje à noite — respondeu, evitando qualquer título específico. Ainda não eram exatamente "namorados", mas também não eram apenas amigos.

— Ah, música! Sempre a unir as pessoas. — A mulher sorriu, como quem já tinha testemunhado muitos romances nascerem à sombra de melodias. — Que tipo de música ele faz?

— Rock. — Camila sorriu, mas não entrou em detalhes. — Estão a fazer uma digressão pela Europa.

A senhora sorriu com um brilho de nostalgia no olhar.

— Rock, dizes tu? Fui uma jovem rebelde nos anos 70. Que saudades! O rock tem uma maneira de nos tocar na alma, de fazer vibrar as nossas emoções. Deve ser emocionante acompanhar essa vida de estrada.

ÚLTIMO APLAUSO || Ross LynchOnde histórias criam vida. Descubra agora