O consolo do rei.

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Castelo real.

Após deixar os aposentos do duque, depois de cuidar do seu bem estar, já que Namjoon parecia indisposto e com uma tosse peculiar que lhe atacou, Félix, quando percebeu que ele já estava melhor, levou a bandeja para a cozinha e agora deixava o local e atravessava o largo corredor. Entrou na biblioteca para apanhar os livros que seriam necessários para as aulas do príncipe. Colocou dois em suas mãos e deixou o salão dos livros, caminhando agora na direção da sala de estudos. Folheava os livros analisando alguns textos, quando ergueu seus olhos na direção da escada a uma certa distância, vendo Lord Hyunjin descer os degraus com uma certa pressa, ajeitando os cabelos longos despretensiosamente, em seguida, sumindo pela porta. Seus olhos o seguiram até milorde sumir. Outrora, raramente o observava, sua existência era conhecida por si, mas, não lhe tinha atenção. Porém, ultimamente, tem notado até mesmo a forma com a qual ele colocava as mechas dos cabelos para trás, percebendo que a teima dos fios em voltar para roçar sobre seus olhos era interessante. Também notava que milorde só usava trajes negros, e variados tipos de lenços ou gargantilhas de seda em bordados ao redor do pescoço, o que lhe doava um ar galante, embora, não fosse a intenção dele. Não compreendia porque seus olhos o têm seguido com certa constância nos momentos em que o via de longe, mas compreendia que sempre que Hyunjin esbarrava derrubando suas flores, jamais irritou Félix, afinal essa situação acontece já há três anos, e nunca foi aborrecedor, contudo, ultimamente tem deixado sorrisos repentinos surgir quando lembrava da situação.

Milorde tinha reputação de um excelente espadachim e um rapaz deveras corajoso e especialista na arte do combate e expert em crimes ou lutas. Sem mencionar suas habilidades com cavalos e qualquer tipo de esporte. Tinha tamanha reputação, e conhecia seu modo indiferente de tratá-lo, embora sempre parecesse um pouco sem jeito quando derrubava suas flores, pois ora, lorde Hyunjin, o tão afamado espadachim do mundo, sem jeito por derrubar umas miseras flores de suas mãos? Ora, era absurdo pensar assim, no entanto, não era fruto da imaginação, era a verdade e sabendo bem disso, deixava Félix encantado, afinal, não era todo dia que alguém conseguia desmantelar Milorde Hyunjin.

" - Gostaria que acontecesse todos os dias."

Pensou o monge branco, se deparando com a peculiar vontade de ter sempre suas flores derrubadas por ele.

Félix balançou a cabeça afastando esses pensamentos e continuou seus passos, andando até às escadas.

- Félix.

Ouvindo a voz de lorde Suho, Félix virou-se e o viu vindo em sua direção. Suho parecia apressado.

- Milorde, bom dia.

- Bom dia, Félix. Me faça um favor.

- Diga.

- Entregue isso a meu filho, já faz uns dias que ele procura por essa jóia e não a encontrava, mas hoje eu a encontrei acima da lareira. Eu mesmo o faria, mas estou embaraçosamente atrasado.

- Está bem, Milorde. - Disse colocando anel em sua mão.

- Agradeço.

Suho afastou-se e desceu as escadas às pressas. Félix fitava o anel envolto por pequenos rubis. Não reparava antes, mas depois de uns dias percebeu que lord Hyunjin sempre usava aquela jóia.

"- Talvez um símbolo de um romance".

Refletiu Félix, levantando a hipótese de que talvez o anel que ele sempre usava e que tem procurado constantemente, fosse algo que significasse muito para si, algo a ver com uma possível paixão. Era natural, e porque não?! Contudo, Félix até mesmo se surpreendeu com a sensação de incomodo que aquela suposição lhe passava.

O padre II : A coroa do rei - Jikook - 2ª tempOnde histórias criam vida. Descubra agora