A respiração de Alara estava descompassada, o corpo tenso após as palavras de Tharok. O mundo ao seu redor parecia girar, mas havia algo naquele momento, algo quente, vivo, e pulsante no ar entre os dois. As palavras dele, sua presença, tudo queimava em um nível mais profundo, e ela não conseguia afastar a sensação de que estava sendo puxada para uma armadilha da qual não queria escapar.
"Você acha que pode me assustar com enigmas?" Alara desafiou, sua voz mais firme do que sentia por dentro, mas seu corpo traía a tensão que a consumia. O calor irradiando de Tharok parecia prender cada um de seus movimentos.
"Não quero te assustar, Alara", Tharok disse, dando mais um passo à frente. "Eu quero te ver como você realmente é." O som de sua voz, suave, envolvente, a atingiu com uma intensidade física, como se ele a estivesse tocando mesmo sem encostar nela.
Alara não sabia o que estava acontecendo consigo, mas era como se houvesse uma corrente invisível entre eles, algo mais forte do que o medo ou o mistério que os envolvia. A força que emanava de Tharok, misturada à escuridão da floresta, fazia com que seu corpo clamasse por respostas, mas de um tipo que ela não estava pronta para admitir em voz alta.
Ela deu um passo para trás, mas em vez de se sentir mais segura, sentiu o tronco de uma árvore fria contra suas costas, um contraste gritante com o calor que vinha de Tharok. Ele avançou, encurtando a distância entre eles. Alara podia ouvir sua respiração por trás da máscara, lenta e controlada, enquanto a dela se tornava cada vez mais errática.
"Você sente isso, não sente?" A voz dele era um sussurro grave e rouco, que parecia dançar pela pele dela como uma brisa quente. "Essa força que nos puxa um para o outro."
Ela engoliu em seco, seu corpo reagindo de maneiras que não conseguia controlar. Sentia o calor subir por suas veias, e sua pele parecia latejar a cada palavra de Tharok. "Eu não... não entendo o que está acontecendo." As palavras saíram trêmulas, mais um reflexo de seu desejo reprimido do que de qualquer medo.
Tharok estendeu a mão, lentamente, como se estivesse dando a ela a chance de recuar. Mas ela não recuou. Ele parou a centímetros de seu rosto, os dedos quase tocando sua pele. O calor dele era palpável, e a tensão entre os dois era eletrizante.
"Você vai entender", ele sussurrou. "Vai sentir."
A mão de Tharok finalmente tocou seu rosto, o toque surpreendentemente suave e cuidadoso, apesar da força e escuridão que ele exalava. O toque fez uma onda de calor percorrer o corpo de Alara, como se um fogo estivesse sendo aceso dentro dela, e ela não conseguiu evitar um leve suspiro de surpresa.
"Você é tão quente..." Tharok murmurou, seus dedos traçando o contorno da mandíbula dela, descendo lentamente pelo pescoço. O toque era quase reverente, mas ao mesmo tempo, carregado de uma intensidade que fazia o coração de Alara bater mais rápido.
Ela não conseguiu impedir sua própria reação. Sentia-se presa entre o desejo e o medo, entre a necessidade de fugir e a vontade de se perder naquele calor, naquele toque. Suas mãos tremiam, mas em vez de empurrá-lo para longe, seus dedos encontraram o tecido da camisa dele, segurando-se ali como se estivesse à beira de um precipício.
"Isso não é certo...", Alara sussurrou, mas seu corpo dizia o contrário. O calor que subia por seu ventre, o arrepio em sua pele, a forma como seu coração batia acelerado — tudo gritava que ela queria mais.
"Não existe certo ou errado aqui, Alara", Tharok murmurou, sua outra mão pousando delicadamente na cintura dela, apertando levemente, fazendo-a se aproximar mais. "Só o que você sente... o que nós sentimos."
O corpo dela respondeu antes de sua mente processar. Ela inclinou-se para ele, sentindo o calor intenso do corpo de Tharok contra o dela, os músculos tensos debaixo de suas roupas. O toque das mãos dele em sua pele era como fogo líquido, e Alara sentiu como se estivesse derretendo sob aquele toque.
A máscara de caveira ainda estava ali, como uma barreira entre eles, mas de alguma forma, isso só aumentava a intensidade do momento. O mistério, a escuridão, o perigo — tudo se fundia com o desejo que crescia dentro dela. Ela não podia ver o rosto dele, mas podia sentir. Sentia a força bruta e o controle por trás da máscara, e isso a deixava hipnotizada.
Sem pensar, Alara deslizou as mãos pelos ombros dele, sentindo os músculos tensos sob suas palmas, cada centímetro dele irradiando calor. Ela estava tão perto agora que suas respirações se misturavam, e a máscara de Tharok roçava contra sua testa.
"Você não vai fugir, vai?" A voz de Tharok era um rosnado baixo e rouco, uma pergunta que soava mais como um desafio.
Alara fechou os olhos, deixando-se perder por um momento. Ela sabia que deveria estar assustada, que deveria lutar contra o que estava sentindo, mas a verdade era que, pela primeira vez em sua vida, ela queria se entregar. Não havia mais espaço para a lógica, apenas para o desejo ardente que pulsava entre eles.
"Não..." A palavra escapou de seus lábios antes que pudesse pensar. E, naquele instante, tudo mudou.
Tharok puxou-a para si, com uma urgência quase primitiva, e Alara sentiu como se o chão tivesse desaparecido debaixo de seus pés. Seus corpos colidiram com força, e o calor que percorreu sua pele foi avassalador. A mão dele apertava sua cintura, enquanto a outra subia por sua coluna, trazendo-a para mais perto, até que não houvesse espaço entre eles.
O toque dele era dominador, mas também cheio de um cuidado inesperado, como se ele estivesse lutando para controlar a intensidade do que sentia. Alara não queria que ele controlasse. Ela queria tudo. Queria se perder naquele fogo, naquele desejo que consumia ambos.
A noite ao redor deles parecia desaparecer, o mundo se fechando apenas nos dois. Alara sentiu-se queimar por dentro, e, no fundo, soube que não havia mais volta.
Aquele era o ponto de não retorno — e ela o havia cruzado.
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Halloween obsession
RandomPerdida na floresta na noite de Halloween, Alara encontra Tharok, um serial killer mascarado de caveira. Em vez de atacá-la, ele a ajuda, mas a tensão entre os dois é palpável. Tharok, acostumado à violência, sente um desejo incontrolável por ela, n...